.: Liquidificador II :.
Objetivo
Justifiticativa
Normas e Documentos de Referência
Laboratório
responsável pelos ensaios
Marcas Analisadas
Informações
das Marcas Analisadas
Ensaios Realizados e Resultados
Obtidos
Resultado Geral
Posicionamentos
Comentários
Conclusões
Consequências
Objetivo
A apresentação dos resultados
obtidos nos ensaios realizados em amostras de liqüidificadores
consiste em uma das etapas do Programa de Análise de Produtos,
coordenado pela Divisão de Orientação e Incentivo
à Qualidade do Inmetro e que tem por objetivos:
- prover mecanismos para que o Inmetro
mantenha o consumidor brasileiro informado sobre a adequação
dos produtos e serviços aos Regulamentos e às Normas
Técnicas, contribuindo para que ele faça escolhas
melhor fundamentadas, tornando-o mais consciente de seus direitos
e responsabilidades;
- fornecer subsídios para a indústria
nacional melhorar continuamente a qualidade de seus produtos,
tornando-a mais competitiva;
- diferenciar os produtos disponíveis
no mercado nacional em relação a sua qualidade,
tornando a concorrência mais justa;
- tornar o consumidor parte efetiva desse
processo de melhoria da qualidade da indústria nacional.
Deve ser destacado que esses
ensaios não se destinam a aprovar marcas, modelos ou lotes
de produtos. O fato das amostras analisadas estarem ou não
de acordo com as especificações contidas em uma norma/regulamento
técnico, indica uma tendência do setor em termos de
qualidade. Além disso, as análises coordenadas pelo
Inmetro, através do Programa de Análise de Produtos,
têm caráter pontual, ou seja, são uma "fotografia"
da realidade, pois retratam a situação do mercado
naquele período em que as análises são conduzidas.
Justifiticativa
A análise das amostras
de liqüidificadores está de acordo com o procedimento
do Programa de Análise de Produtos, visto que é um
produto muito consumido pela população e cujas características
estão relacionadas à segurança dos consumidores.
O Inmetro empreendeu análise
em amostras de liqüidificadores em julho de 1997, quando foram
testadas 10 marcas, de 10 fabricantes, sendo 06 marcas nacionais
e 04 importadas.
Pelos resultados, foi possível
concluir que a situação do produto nacional, na época,
era melhor que a do produto importado, e que para estes últimos,
houve elevada incidência de não conformidades que afetavam
a segurança do usuário e comprometiam o desempenho
dos aparelhos.
Uma importante etapa do
Programa de Análise de Produtos consiste em incentivar a
adoção de medidas de melhoria da qualidade para o
setor produtivo, dependendo da abrangência e da gravidade
das não conformidades encontradas. Dessa forma, através
de reunião envolvendo representantes do setor e do laboratório
responsável por aqueles ensaios, foram discutidas algumas
medidas, como a necessidade de revisão das normas técnicas.
Em virtude dos resultados
encontrados na análise realizada pelo Inmetro em 1997, e
para que seja verificado o comprometimento do setor produtivo com
as medidas de melhoria propostas, tornou-se necessário verificar
novamente a tendência da qualidade das marcas disponíveis
no mercado nacional.
Além disso, a Associação
Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos – Eletros,
entidade representativa do setor produtivo, também se mostrou
favorável à repetição dos ensaios. Ela
denunciou que existem, no mercado, marcas importadas sendo comercializadas
com preço mais baixo, porém, com qualidade duvidosa,
que colocam em risco a segurança dos usuários do produto
e propiciam uma concorrência desigual, em prejuízo
do fabricante nacional.
Neste relatório são
apresentadas as descrições dos ensaios realizados,
as não conformidades detectadas e as principais conclusões
a respeito dos resultados encontrados na análise em amostras
de liqüidificadores.
Normas e Documentos de Referência
- NBR NM-IEC 335-1: 11/1998 - Segurança
de Aparelhos Eletrodomésticos e Similares - Parte 1: Requisitos
Gerais;
- IEC 60335-2-14:2002 - Household and Similar
Electrical Appliances - Safety - Part 2:14: Particular Requirements
for Kitchen Machines;
- Resolução CONAMA 020 de
07 de dezembro de 1994 institui o Selo Ruído como forma
de indicação do nível de potência sonora
medido em decibel DB(A) de uso obrigatório para aparelhos
eletrodomésticos que venham ser produzidos, importados
e que gerem ruído no seu funcionamento;
- Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990,
do Ministério da Justiça (Código de Defesa
do Consumidor).
Laboratório responsável pelos ensaios
Os ensaios foram realizados pelo Laboratório
de Ensaios da Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul - LABELO, localizado em Porto Alegre, integrante
da Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios - RBLE e credenciado
pelo Inmetro para ensaios em aparelhos eletrodomésticos em
geral.
Marcas Analisadas
A compra das amostras foi
precedida por uma pesquisa de mercado realizada em 10 estados: Rio
de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Paraná,
Goiás, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Minas Gerais
e Amazonas. Foram encontradas cerca de 40 marcas, de 13 fabricantes
diferentes.
Considerando que uma das
diretrizes do Programa é analisar a tendência da qualidade
do produto em relação às normas e regulamentos
técnicos pertinentes, não é necessário
analisar todas as marcas disponíveis de um produto no mercado
nacional. Portanto, foram selecionadas 10 marcas de liqüidificadores,
de 09 fabricantes, sendo 01 marca importada.
A seleção
foi feita com base em critérios que envolvem a participação
no mercado e a regionalização dos produtos. Foram
compradas marcas consideradas tradicionais e líderes, assim
como outras de menor participação, fabricadas por
empresas de médio e pequeno porte. Como um dos objetivos
do Programa é verificar a qualidade do produto nacional em
relação ao importado, foi incluída na seleção
a única marca importada identificada na pesquisa de mercado.
A tabela a seguir relaciona
os fabricantes que tiveram amostras de seus produtos analisadas,
bem como os locais onde os produtos foram adquiridos.
Tabela
I
Marcas
|
Modelo
|
Fabricantes/Importadores
|
Origem
|
Local de
Compra
|
A
|
-
|
Fabricante A
|
SP
|
Sup. Sendas – Petrópolis/RJ
|
B
|
-
|
Fabricante B
|
SP
|
Sup. Sendas – Petrópolis/RJ
|
C
|
-
|
Fabricante C
|
MG
|
Casa & Vídeo – Petrópolis/RJ
|
D
|
-
|
Fabricante D
|
PR
|
Casa & Vídeo – Petrópolis/RJ
|
E
|
-
|
Fabricante E
|
CE
|
Carrefour – Rio de Janeiro/RJ
|
F
|
-
|
Fabricante F
|
SP
|
Sup. Sendas – Petrópolis/RJ
|
G
|
-
|
Fabricante G
|
EUA
|
Sup. Extra – Rio de Janeiro/RJ
|
H
|
-
|
Fabricante H
|
SP
|
Casa & Vídeo – Petrópolis/RJ
|
I
|
-
|
Fabricante I
|
SP
|
Lojas Americanas – Rio de Janeiro/RJ
|
J
|
-
|
Fabricante J
|
MG
|
Ponto Frio – Rio de Janeiro/RJ
|
Com relação às informações
contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, você vai observar
que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um
período de 90 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
- As informações geradas pelo Programa
de Análise de Produtos são pontuais, podendo ficar desatualizadas
após pouco tempo. Em vista disso, tanto um produto analisado e
julgado adequado para consumo pode tornar-se impróprio, como o
inverso, desde que o fabricante tenha tomado medidas imediatas
de melhoria da qualidade, como temos freqüentemente observado.
Só a certificação dá ao consumidor a confiança de que uma determinada
marca de produto está de acordo com os requisitos estabelecidos
nas normas e regulamentos técnicos aplicáveis. Os produtos certificados
são aqueles comercializados com a marca de certificação do Inmetro,
objetos de um acompanhamento regular, através de ensaios, auditorias
de fábricas e fiscalização nos postos de venda, o que propicia
uma atualização regular das informações geradas.
- Após a divulgação dos resultados, promovemos
reuniões com fabricantes, consumidores, laboratórios de ensaio,
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnica e outras entidades
que possam ter interesse em melhorar a qualidade do produto em
questão. Nesta reunião, são definidas ações para um melhor atendimento
do mercado. O acompanhamento que fazemos pode levar à necessidade
de repetição da análise, após um período de, aproximadamente,
de 1 ano. Durante o período em que os fabricantes estão se adequando
e promovendo ações de melhoria, julgamos mais justo e confiável,
tanto em relação aos fabricantes quanto aos consumidores, não
identificar as marcas que foram reprovadas.
- Uma última razão diz respeito ao fato
de a Internet ser acessada por todas as partes do mundo e informações
desatualizadas sobre os produtos nacionais poderiam acarretar
sérias conseqüências sociais e econômicas para o país.
Ensaios Realizados e Resultados Obtidos
Foram compradas 03 amostras
de cada uma das marcas selecionadas. Este número de amostras
foi definido pelo laboratório, sendo o necessário
para a realização dos ensaios descritos pelas normas
técnicas.
Para que o consumidor possa
compreender adequadamente os termos utilizados na descrição
dos ensaios, o item 6.1 apresenta um pequeno glossário com
as definições principais.
Os ensaios e verificações
realizados foram divididos em seis categorias, descritas nos itens
6.2 a 6.7.
- Glossário;
- Selo Ruído;
- Classificação;
- Marcações e Instruções;
- Detalhes Elétricos;
- Detalhes Mecânicos;
- Detalhes Construtivos.
1.
Glossário:
Os principais termos usados
na descrição dos ensaios são os seguintes:
- Tensão
nominal: tensão do aparelho declarada pelo fabricante.
Essa informação indica para o consumidor se o aparelho
pode ser utilizado em 127V, 220V ou ambas (bivolt);
- Potência
nominal: consumo de energia atribuído ao aparelho
pelo fabricante;
- Corrente nominal:
corrente elétrica atribuída ao aparelho pelo fabricante;
- Freqüência
nominal: freqüência atribuída ao
aparelho pelo fabricante;
- Cordão
de alimentação: cordão flexível,
para ligar o aparelho à rede elétrica, mais conhecido
como "fio da tomada". Deve ser preparado, fornecido
e substituído, em caso de defeito, apenas pelo fabricante
ou agente autorizado;
- Partes vivas:
partes do aparelho que conduzem energia elétrica, cujo
contato causa choque elétrico;
- Isolação
básica: isolação aplicada às
partes vivas para assegurar o mínimo de proteção
contra choque elétrico;
- Dispositivo
de proteção: Serve para evitar situações
de perigo que possam ocorrer em condições anormais
de funcionamento. Possui a função de cortar o funcionamento
do aparelho, evitando maiores riscos ao usuário.
2.
Selo Ruído:
O Programa Silêncio
foi instituído em 1990, através da Resolução
002 do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, e tem entre
seus objetivos o incentivo à "fabricação
e uso de máquinas, motores, equipamentos e dispositivos com
menor intensidade de ruído quando de sua utilização
na indústria, veículos em geral, construção
civil, utilidades domésticas, etc."
Nesse contexto, o Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis – IBAMA,
em conjunto com o Inmetro, criou um programa de etiquetagem de aparelhos
eletrodomésticos, denominado Selo Ruído, visando
disponibilizar ao consumidor uma informação confiável,
que pode influir na sua decisão de escolher um produto mais
silencioso, declarando os valores de emissão de ruído,
e que o atenda em termos de desempenho.
Através da Resolução
CONAMA 020 de 1994, foi instituída a compulsoriedade
da etiquetagem de aparelhos eletrodomésticos geradores de
ruído. Para a implantação deste programa, foram
incluídos, inicialmente, no cronograma estabelecido pela
subcomissão do Selo Ruído, os produtos liqüidificadores
e secadores de cabelo, ou seja, todos os liqüidificadores e
secadores de cabelo comercializados no país, sejam nacionais
ou importados, devem apresentar o Selo Ruído em local visível
na embalagem do produto. (1)
(1) Fonte: Nabuco de Araujo,
M. A., AZEVEDO, J. A.
Selo Ruído: Um Programa de Etiquetagem
em Eletrodomésticos
Encontro para a Qualidade de Laboratórios-ENQUALAB
2003, São Paulo-SP
Anais p.248 - 255
Duas marcas estavam sendo
comercializadas sem o selo ruído.
3.
Classificações:
De acordo com a norma técnica,
todo aparelho eletro-eletrônico deve possuir um grau adequado
de proteção contra choque elétrico, podendo
ser classificado como:
- Classe 0: A única proteção
é a básica e não há fio-terra para
isolação (o fio-terra tem como função
impedir que a corrente elétrica gerada a partir de uma
falha, como curto-circuito, por exemplo, circule pelo corpo humano).;
- Classe 1: Além da proteção
básica, possui fio terra;
- Classe 2: Possui proteção
dupla, também chamada de "reforçada".
Os liqüidificadores
devem ser, pelo menos, de classe 0, ou seja, devem possuir
pelo menos a proteção básica contra choque
elétrico.
Nesta categoria, todas
as marcas analisadas foram consideradas Conformes.
4.
Marcações e Instruções:
Esta categoria verifica
se o corpo do aparelho e o manual de instruções que
o acompanha trazem todas as informações sobre o produto
que devem estar disponíveis ao usuário.
Algumas marcações
no aparelho são exigidas pela norma e devem estar escritas
em português, de forma que permita sua fácil leitura
e entendimento por parte do usuário. Além disso, as
marcações devem ser feitas de forma indelével,
ou seja, duradoura, de modo que permaneçam legíveis
durante a vida útil do produto:
As principais marcações
são:
- Tensão nominal ou faixa de tensão
em volts (V);
- Símbolo da natureza da fonte ou
a freqüência nominal;
- Potência nominal em watts (W) ou
quilowatts (kW) ou corrente nominal em ampères (A);
- Nome, marca comercial ou marca de identificação
do fabricante ou do vendedor responsável;
- Referência do modelo ou do tipo.
O manual de instruções
deve trazer todas as informações consideradas relevantes
sobre o produto, de modo que o usuário tenha orientações
sobre o uso correto e a manutenção adequada do aparelho.
Estas instruções devem ser redigidas de forma clara
e em português, como estabelecido pelo Código de Proteção
e Defesa do Consumidor.
A tabela a seguir mostra
o número de não conformidades encontradas para cada
marca nas verificações de Marcações
e Instruções, assim como alguns comentários
sobre as mesmas:
Tabela
II
Marcas
|
Resultado
|
Comentários
|
A
|
Conforme
|
-
|
B
|
02 não conformidades
em 12 itens verificados
|
- O valor marcado para freqüência
de alimentação é "50/60 Hz",
mas não consta instrução do modo de
ajuste (*);
- A marcação das velocidades
é feita através de símbolos, gerando
dúvidas de interpretação. Não
se distingue claramente as posições de desligado,
mínima e máxima velocidade.
|
C
|
02 não conformidades
em 12 itens verificados
|
- O valor marcado para freqüência
de alimentação é "50/60 Hz",
mas não consta instrução do modo de
ajuste (*);
- Na posição de uso, não
é visível a etiqueta informando o modelo ou
referência do tipo de aparelho.
|
D
|
02 não conformidades
em 12 itens verificados
|
- O valor marcado para freqüência
de alimentação é "50/60 Hz",
mas não consta instrução do modo de
ajuste (*);
- No aparelho consta palavra em inglês
(Multiclean) para designar uma função
do aparelho.
|
E
|
03 não conformidades
em 12 itens verificados
|
- Manual de instruções não
apresenta texto padronizado informando que "Se o cordão
de alimentação está danificado, ele
deve ser substituído pelo fabricante ou agente autorizado
ou pessoa qualificada, a fim de evitar riscos.";
- No aparelho constam palavras em inglês
para designar funções do aparelho (Autoclean
e Pulse);
- Marcações não permaneceram
legíveis após ensaio.
|
F
|
01 não conformidade
em 12 itens verificados
|
- O valor marcado para freqüência
de alimentação é "50/60 Hz",
mas não consta instrução do modo de
ajuste (*).
|
G
|
06 não conformidades
em 12 itens verificados
|
- Indicações de tensão
e potência não estão descritas utilizando
o Sistema Internacional de Unidades;
- Marcação das chaves cuja
operação possa causar riscos feitas através
de palavras e abreviações em inglês
(Off, Lo, Med, Hi, Off);
- A marcação das velocidades
é feita através de palavras e abreviações
em inglês (Off, Lo, Med, Hi, Off);
- Instrução do modo de ajuste
da freqüência de alimentação feita
através de palavras em inglês (*);
- Etiqueta do aparelho em espanhol e inglês;
- Marcações não permaneceram
legíveis após ensaio.
|
H
|
03 não conformidades
em 12 itens verificados
|
- O valor marcado para freqüência
de alimentação é "50/60 Hz",
mas não consta instrução do modo de
ajuste (*);
- Manual de instruções não
apresenta texto padronizado informando que "Se o cordão
de alimentação está danificado, ele
deve ser substituído pelo fabricante ou agente autorizado
ou pessoa qualificada, a fim de evitar riscos.";
- No aparelho consta palavra em inglês
para designar função do aparelho (Autoclean).
|
I
|
01 não conformidade
em 12 itens verificados
|
- O valor marcado para freqüência
de alimentação é "50/60 Hz",
mas não consta instrução do modo de
ajuste (*).
|
J
|
Conforme
|
-
|
(*) Na marcação da freqüência
de alimentação consta a inscrição "50/60
Hz", o que, segundo a norma, torna obrigatória a instrução
do modo de ajuste. Como os liqüidificadores fazem o ajuste
automaticamente, a marcação correta, portanto, seria
"50-60 Hz", com hífen.
Em resumo, das 10 marcas
analisadas, 08 foram consideradas Não Conformes em, pelo
menos, um dos itens verificados. São elas: Marca B; Marca
C; Marca D; Marca E; Marca F; Marca G; Marca H e Marca I.
Apenas as amostras das
marcas Marca A e Marca J foram consideradas Conformes.
5. Detalhes Elétricos:
Os ensaios que pertencem
a essa categoria são:
5.1. Proteção
Contra Acesso às Partes Vivas:
Os aparelhos devem ser construídos
de modo a proporcionar proteção adequada contra contato
acidental com partes vivas, o que pode causar choque elétrico
ao usuário.
Apenas a marca A foi
considerada Não Conforme, pois a parte inferior do aparelho
permite acesso às partes vivas.
5.2. Potência
e Corrente Absorvida:
O
ensaio verifica se a potência do aparelho, durante sua operação,
difere da potência nominal, declarada pelo fabricante.
Quando
a potência medida é maior que a potência nominal,
significa que o aparelho consome mais energia do que o previsto.
A não conformidade detectada neste ensaio não está
relacionada, portanto, à segurança do usuário
do produto, porém, significa que o custo com energia elétrica
será maior, principalmente, por se tratar de um aparelho
que é usado diariamente.
Tabela
III
Potência e Corrente Absorvida
Desvio Permitido: +20%
|
Marcas
|
Potência Nominal (W)
|
Potência Medida (W)
|
Desvio Medido (%)
|
Resultado
|
A
|
330
|
319,2
|
-3,3
|
Conforme
|
B
|
350
|
270,0
|
-28,0
|
Conforme
|
C
|
400
|
346,0
|
-13,5
|
Conforme
|
D
|
350
|
312,0
|
-10,9
|
Conforme
|
E
|
350
|
335,9
|
-4,0
|
Conforme
|
F
|
250
|
343,0
|
+37,2
|
Não Conforme
|
G
|
600
|
324,0
|
-46,0
|
Conforme
|
H
|
350
|
374,0
|
+6,8
|
Conforme
|
I
|
250
|
311,4
|
+24,6
|
Não Conforme
|
J
|
250
|
209,2
|
-16,3
|
Conforme
|
Das 10 marcas analisadas, 02 foram
consideradas Não Conformes. São elas: Marca F e
Marca I.
5.3. Ensaio
de Corrente de Fuga:
Este ensaio verifica, por
medição, se há fuga de corrente do aparelho,
ou seja, se mesmo desligado, mas ligado no fio da tomada, o liqüidificador
consome energia, o que pode representar aumento no valor da conta
de luz.
A corrente de fuga é
a corrente elétrica que "escapa" do aparelho e
que tem como principais causas emendas e isolação
mal feitas de fios ou mesmo fios desencapados. Além do consumo
de energia, a corrente de fuga representa risco à segurança
do usuário, pois pode causar choque elétrico.
A medição
é realizada com o aparelho em funcionamento normal.
Todas as marcas analisadas
foram consideradas Conformes.
Complementando o ensaio,
após a medição durante o funcionamento normal,
uma segunda medição é realizada aplicando-se
uma sobretensão (elevação súbita da
tensão de operação) no aparelho, para verificar
se existe risco de choque elétrico para o usuário.
Novamente, todas as marcas
analisadas foram consideradas Conformes.
5.4. Resistência
à Umidade:
Este procedimento simula
o comportamento da isolação básica do liqüidificador
em caso de transbordamento de líquido e condições
de umidade elevada.
Os aparelhos devem ser construídos
de modo que o transbordamento do líquido contido no copo
do liqüidificador, em funcionamento normal, não afete
sua isolação elétrica.
Em relação
ao ensaio que simula a umidade do ambiente, o liqüidificador
é colocado em uma câmara com umidade e temperatura
controladas, durante 48 horas. Após esse período,
as amostras são submetidas novamente ao ensaio de corrente
de fuga, a fim de se verificar se a isolação básica
do aparelho foi comprometida e se o mesmo oferece risco de choque
para o usuário.
Todas as marcas analisadas
foram consideradas Conformes.
A tabela abaixo traz um
resumo dos resultados obtidos nos ensaios da categoria de detalhes
elétricos:
Tabela
IV
Marcas
|
Proteção contra Acesso
às Partes Vivas
|
Potência e Corrente Absorvida
|
Ensaio de Corrente de Fuga
|
Ensaio de Umidade
|
Resultado Geral
|
A
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
B
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
C
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
D
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
E
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
F
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
G
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
H
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
I
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
J
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
6. Detalhes Mecânicos:
Os ensaios que pertencem a essa categoria
são:
6.1. Funcionamento em Condição
Anormal:
De acordo com a norma, o liqüidificador
deve ser projetado de modo a evitar risco de incêndio e danos
mecânicos que prejudiquem a segurança ou a proteção
contra choque elétrico, em conseqüência de funcionamento
anormal ou manuseio descuidado por parte do usuário.
Neste ensaio, o liqüidificador é
operado em uma condição de bloqueio, ou seja, o rotor
do aparelho é travado, por um determinado período
de tempo. Durante o seu funcionamento, a temperatura dos enrolamentos
não deve ultrapassar os valores indicados na norma para a
classe de isolação do motor, declarada pelo fabricante
do aparelho.
Apenas a amostra da marca Arno trazia essa
informação. Como a marcação da classe
do motor não é considerada uma informação
obrigatória, o ensaio só foi conclusivo para a
amostra da marca A, que foi considerada Conforme.
A tabela a seguir relaciona as marcas, as
temperaturas medidas e o resultado:
Tabela
V
Funcionamento em Condição
Anormal
|
Marcas
|
Temperatura Máxima Medida
|
Temperatura Máxima Permitida
|
Resultado
|
A
|
179,0º
|
210º (motor classe H)
|
Conforme
|
B
|
253,0º
|
Falta informação
|
Não aplicável
|
C
|
194,8º
|
Falta informação
|
Não aplicável
|
D
|
130,0º
|
Falta informação
|
Não aplicável
|
E
|
141,6º
|
Falta informação
|
Não aplicável
|
F
|
158,0º
|
Falta informação
|
Não aplicável
|
G
|
219,0º
|
Falta informação
|
Não aplicável
|
H
|
194,0º
|
Falta informação
|
Não aplicável
|
I
|
147,0º
|
Falta informação
|
Não aplicável
|
J
|
193,0º
|
Falta informação
|
Não aplicável
|
6.2. Estabilidade e Riscos Mecânicos:
Os liqüidificadores são aparelhos
destinados a uso em superfície plana, como pisos, bancadas
e mesas e, portanto, devem apresentar estabilidade adequada.
Neste ensaio, o liqüidificador não
deve tombar quando é colocado em qualquer posição
de utilização normal sobre uma superfície inclinada.
Quanto aos riscos mecânicos, exige-se
que as partes móveis do aparelho sejam dispostas e protegidas
de modo a proporcionar, em utilização normal, proteção
adequada contra lesões pessoais e choque elétrico.
Todas as amostras das marcas analisadas
foram consideradas Conformes nestes itens.
6.3. Resistência Mecânica:
Exige-se que o liqüidificador seja
construído de modo a apresentar resistência mecânica
adequada quando submetido a utilização normal. O ensaio
é feito através de um dispositivo de impacto que aplica
golpes em pontos presumivelmente fracos do aparelho.
Após o ensaio, o aparelho não
deve apresentar danos que possam comprometer o funcionamento, assim
como oferecer risco de lesões e choque elétrico ao
usuário.
Todas as marcas analisadas foram consideradas
Conformes neste ensaio.
6.4. Resistência ao Enferrujamento:
As partes ferrosas do liqüidificador
devem ser adequadamente protegidas contra o enferrujamento, de modo
a não prejudicar a conformidade do aparelho em relação
à norma.
Todas as marcas analisadas foram consideradas
Conformes neste item.
6.5. Resistência ao Calor, Fogo e Trilhamento:
Neste ensaio, através da simulação
de situações de acidente, as partes externas e não
metálicas do aparelho são submetidas, durante funcionamento
normal, a solicitações que verificam se as amostras
analisadas são resistentes ao calor e à combustão,
ou seja, se pegam fogo e, caso haja princípio de incêndio,
se há propagação de chama.
A resistência ao calor é verificada
submetendo-se a parte analisada ao ensaio de pressão de
esfera, tendo a temperatura do ambiente controlada. Uma esfera
é pressionada contra o aparelho durante o período
de uma hora, após o qual é retirada para que a parte
analisada seja imersa em água fria, de modo que esfrie até
aproximadamente a temperatura ambiente dentro de dez segundos. É
realizada, então, a medição do diâmetro
da impressão provocada pela esfera, cujo valor não
pode exceder 2mm.
A resistência à combustão
e propagação da chama é verificada através
da colocação de um fio incandescente em contato com
as partes do aparelho.
Ao término do ensaio, as partes analisadas
não devem apresentar qualquer dano físico que comprometa
a conformidade dos aparelhos aos requisitos técnicos normativos,
e consequentemente, colocar em risco a segurança do usuário.
Todas as marcas analisadas foram consideradas
Conformes nos dois ensaios.
A tabela abaixo descreve o resultado geral
obtido pelas amostras em relação aos ensaios da categoria
de detalhes mecânicos:
Tabela VI
Marcas
|
Funcionamento em Condição
Anormal
|
Estabilidade e Riscos Mecânicos
|
Resistência Mecânica
|
Resistência ao Enferrujamento
|
Resistência ao Calor, Fogo e Trilhamento
|
Resultado Geral
|
A
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
B
|
Não Aplicável
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
C
|
Não Aplicável
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
D
|
Não Aplicável
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
E
|
Não Aplicável
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
F
|
Não Aplicável
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
G
|
Não Aplicável
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
H
|
Não Aplicável
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
I
|
Não Aplicável
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
J
|
Não Aplicável
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
7. Detalhes Construtivos:
Os ensaios que pertencem a essa categoria
destinam-se a verificar uma série de características
relacionadas à construção do aparelho. O atendimento
a essas exigências garante o uso correto e seguro do liqüidificador
em funcionamento normal.
7.1. Construção:
A tabela a seguir relaciona as marcas, os
respectivos resultados e os comentários sobre as não
conformidades constatadas:
Tabela
VII
Construção
|
Marcas
|
Resultado
|
Não Conformidades
|
A
|
Conforme
|
-
|
B
|
Conforme
|
-
|
C
|
Conforme
|
-
|
D
|
Conforme
|
-
|
E
|
Conforme
|
-
|
F
|
02 não conformidades
em 18 itens verificados
|
- Ocorreu desgaste da bucha do copo, onde é fixada
a lâmina de corte. O líquido contido no copo
vazou para o interior do aparelho, entrando em contato com
as partes elétricas do motor e causando o rompimento
da isolação básica do mesmo. Essa situação
oferece risco de choque elétrico ao usuário;
- O aparelho permite que alimentos ou líquidos penetrem
em locais onde poderiam causar falhas elétricas ou
mecânicas.
|
G
|
01 não conformidade
em 18 itens verificados
|
- A placa fixada no gabinete do aparelho possui aresta
cortante.
|
H
|
01 não conformidade
em 18 itens verificados
|
- O botão seletor de funções não
está fixado de maneira confiável, pois pode
ser retirado e recolocado ao contrário.
|
I
|
02 não conformidades
em 18 itens verificados
|
- Em caso de vazamento pela bucha de fixação
da hélice, o líquido entra em contato com
o motor, afetando a isolação elétrica
e oferecendo risco de choque elétrico ao usuário;
- O aparelho permite que alimentos ou líquidos penetrem
em locais onde poderiam causar falhas elétricas ou
mecânicas.
|
J
|
Conforme
|
-
|
Em resumo, das 10 marcas analisadas,
04 foram consideradas Não Conformes. São elas: Marca
F; Marca G; Marca H e Marca I.
7.2. Condutores Internos e Externos:
São verificadas as características
relacionadas aos fios que compõem a parte elétrica
do liqüidificador, como por exemplo, se eles são lisos
e livres de cantos pontiagudos e se estão eficazmente impedidos
de entrar em contato com parafusos.
A vibração decorrente do funcionamento
do aparelho pode acarretar desgaste da isolação dos
fios, que ao entrar em contato com parafusos com cabeças
expostas no lado externo do gabinete, oferecem risco de choque elétrico
ao usuário.
Este item também inclui verificações
no cordão de alimentação (fio da tomada), como
o atendimento às exigências de seção
nominal, ausência de contato com pontas e bordas cortantes
do aparelho, risco de mau contato devido à deformação
da solda dos condutores, ancoragem adequada contra esforços
de tração e torção, entre outras.
Esses ensaios destinam-se a comprovar a
segurança do aparelho contra falhas elétricas e riscos
de choque elétrico.
A seguir são apresentados os resultados,
assim como os comentários relacionados:
Tabela
VIII
Condutores Internos e Externos
|
Marcas
|
Resultado
|
Principais Não Conformidades
|
A
|
Conforme
|
-
|
B
|
04 não conformidades
em 32 itens verificados
|
- Na ligação entre o cordão de alimentação
e a fiação interna, a luva utilizada como
isolação complementar não apresenta
meios eficazes para fixação. Nesse caso, a
luva pode deslocar-se e comprometer a isolação
elétrica da fiação interna, oferecendo
risco de choque elétrico ao usuário;
- A isolação do cordão de alimentação
é danificada pela carcaça do aparelho;
- Cordão de alimentação rompeu durante
o ensaio, na ancoragem;
|
C
|
Conforme
|
-
|
D
|
03 não conformidades
em 32 itens verificados
|
- Seção nominal inferior à exigida;
- Deslocamento do cordão de alimentação,
no ensaio de tração, foi maior que o permitido
na norma;
- Ancoragem do cordão de alimentação
é inadequada.
|
E
|
Conforme
|
-
|
F
|
03 não conformidades
em 32 itens verificados
|
- A fiação do motor entra em contato com
partes cortantes dos parafusos que o sustentam;
- O cordão de alimentação pode ser
empurrado para o interior do aparelho e ser danificado ao
entrar em contato com as partes móveis.
|
G
|
01 não conformidade
em 32 itens verificados
|
- Os condutores do cordão de alimentação
não possuem isolação adicional das
partes acessíveis metálicas.
|
H
|
07 não conformidades
em 32 itens verificados
|
- O cordão de alimentação é
consolidado por solda;
- O orifício de entrada para o cordão de
alimentação no aparelho é desprovido
de bucha de proteção e danifica a isolação
do mesmo devido à pressão e aos cantos agudos;
- Cordão de alimentação rompeu durante
o ensaio, na ancoragem;
|
I
|
04 não conformidades
em 32 itens verificados
|
- A fiação do motor entra em contato com
partes cortantes dos parafusos que o sustentam.
|
J
|
Conforme
|
-
|
Resumindo, das 10 marcas analisadas,
06 foram consideradas Não Conformes. São elas: Marca
B; Marca D, Marca F; Marca G, Marca H e Marca I.
As amostras das marcas A, C, E e J foram
consideradas Conformes em todos os itens.
7.3. Componentes:
Os liqüidificadores não devem
possuir dispositivos que, em caso de defeito no aparelho, provoquem
a operação do dispositivo de proteção
da instalação. O dispositivo de proteção,
como explicado no glossário do item 6.1, possui a função
de cortar o funcionamento do aparelho, evitando maiores riscos ao
usuário.
Todas as marcas analisadas foram consideradas
Conformes neste item.
7.4. Parafusos e Ligações:
Segundo a norma, parafusos e porcas que
fazem uma ligação mecânica entre partes diferentes
do aparelho devem ser protegidos contra o afrouxamento, o que pode
oferecer risco de choque elétrico ao usuário, no caso
da fiação interna ter sua isolação comprometida
e entrar em contato com esses parafusos, devido à vibração
provocada pelo funcionamento do liqüidificador.
Todas as marcas analisadas foram consideradas
Conformes neste item.
A tabela abaixo traz um resumo dos resultados
obtidos nos ensaios da categoria de detalhes construtivos:
Tabela
IX
Marcas
|
Construção
|
Condutores Internos e Externos
|
Componentes
|
Parafusos e Ligações
|
Resultado Geral
|
A
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
B
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
C
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
D
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
E
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
F
|
Não Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
G
|
Não Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
H
|
Não Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
I
|
Não Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
J
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Resultado Geral
A tabela apresentada a seguir descreve os
resultados obtidos pelas amostras de cada uma das marcas analisadas
e o resultado geral:
Tabela X
Marcas
|
2. Selo Ruído
|
3. Classificação
|
4. Marcações e Instruções
|
5. Detalhes Elétricos
|
6. Detalhes Mecânicos
|
7. Detalhes Construtivos
|
Resultado Geral da Análise em
Liqüidificadores
|
A
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
(*)
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
B
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
(*)
|
Não Conforme
|
C
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
D
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
(*)
|
Não Conforme
|
E
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
F
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
(*)
|
Não Conforme
|
G
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
(*)
|
Não Conforme
|
H
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
(*)
|
Não Conforme
|
I
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
|
Não Conforme
|
Conforme
|
Não Conforme
(*)
|
Não Conforme
|
J
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Observações:
- Não Conforme
(*) Estas Não Conformidades significam risco à
segurança do usuário do produto.
- 80% das marcas analisadas foram consideradas
Não Conformes no item Marcações e Instruções;
- 30% das marcas analisadas estavam sendo
comercializadas sem o Selo Ruído.
- 30% das marcas analisadas foram consideradas
Não Conformes no item Detalhes Elétricos;
- 60% das marcas analisadas foram consideradas
Não Conformes no item Detalhes Construtivos;
- Em relação aos itens
que dizem respeito à segurança do usuário,
o resultado foi o seguinte:
- Marcas Não Conformes: A;
B; D; F; G; H e I.
- Marcas Conformes: C, E
e J.
- Pelo resultado geral, observa-se que
90% das amostras analisadas não atende às normas
do produto. Apenas 01 marca, Marca J, foi considerada Conforme
com todos os requisitos normativos verificados.
Posicionamentos
Após a conclusão
dos ensaios, os fabricantes que tiveram amostras de seus produtos
analisadas receberam cópias dos laudos de seus respectivos
produtos, enviadas pelo Inmetro, tendo sido dado um prazo de 09
dias úteis para que se manifestassem a respeito dos resultados
obtidos.
A seguir, são relacionados
os fabricantes que se manifestaram formalmente, através de
faxes enviados ao Inmetro, e trechos de seus respectivos posicionamentos:
Fabricante H (Marca:
H):
"(...)
Primeiramente manifestamos
nosso agradecimento pela iniciativa do Inmetro de incluir nosso
produto no seu elenco de pesquisa.
Com referência
às "não conformidades" suscitadas no ensaio
do produto de nossa fabricação (...), comentamos o
que segue:
Relativamente ao item
25.11 da Norma que refere-se a condutores de cordões de alimentação,
esclarecemos que o produto Sield objeto do presente ensaio foi produzido
na semana 12 do ano de 2002. O sistema de consolidação
observado no produto já foi alterado, sendo que atualmente
utilizamos sistema de terminais prensados.
Com relação
aos demais itens citados no relatório como "não
conformes" com a Norma, informamos que tomaremos todas as providências
corretivas necessárias em total reconhecimento a importância
de tal Norma.
(...)"
Fabricante C (Marca:
C):
"De acordo com os
itens não conformes no relatório nº D050/2003, a Black
& Decker informa que:
- A respeito do item 7.3 da norma
[Marcações e Instruções], já
estamos alterando nossas especificações para nos
adequarmos;
- A respeito do item 7.15 da norma [Marcações
e Instruções], gostaríamos de maiores
esclarecimentos, pois existe a marcação do modelo
na parte inferior do aparelho, conforme item 22 do relatório;
(...)"
Inmetro: A norma exige
que a marcação do modelo ou a referência do
tipo deve estar visível quando o aparelho é instalado
em posição de funcionamento normal. Na amostra analisada,
verificou-se que a marcação do modelo realmente está
presente na parte inferior do aparelho, entretanto, não está
visível na posição de funcionamento normal.
Fabricante E (Marca:
E):
"(...)
Em resposta ao relatório
de ensaio do liqüidificador *** , apresentamos abaixo as considerações
sobre os tópicos apresentados como Não Conforme:
# Item 7.12.5 [do
laudo]:
No manual de instruções
no tópico "restrições e advertências"
aparece que qualquer irregularidade no produto deve ser levado ao
agente autorizado, para eventuais reparos ou esclarecimentos. Contudo,
a inclusão do texto padrão será feita nos manuais
de todos os produtos.
#Item 7.13 [do laudo]:
Acreditamos que as palavras
"auto clean" e "pulse" não trazem confusão
pois se tratam de palavras comumente usadas para designar as funções
em liqüidificadores. Contudo, modificações já
estão sendo feitas para a próxima campanha.
(...)"
Fabricante B (Marca: B):
"Após avaliação
do relatório citado junto a nossa engenharia de produto,
temos os seguintes posicionamentos e dúvidas:
Item 2 [do laudo]–
Marcações e Instruções:
- (Item 7.3 da norma) – Precisamos de
maiores esclarecimentos do Inmetro neste item, visto que o aparelho
em questão opera em ambas freqüências (50 ou
60 Hz) independente de chave comutadora.
- (Item 7.10 da norma) – Estamos alterando
a gravação dos símbolos de modo a facilitar
a identificação das velocidades de rotação
das lâminas.
(...)
Item 13 [do laudo]
– Fiação Interna:
- (Item 23.6 da norma) – Devido ao fato
do produto avaliado ser antigo, ou seja, fabricado em abril de
2002, o projeto já foi alterado (em janeiro de 2003) para
uso de conectores isolados e crimpados por dispositivo mecânico.
Item 15 [do laudo]
- Ligação de alimentação e cordões
flexíveis externos:
- (Item 25.12 da norma) – Devido ao
fato do produto avaliado ser antigo, ou seja, fabricado em abril
de 2002, o projeto foi alterado há 8 meses.
- (Item 25.15 da norma) – Temos uma
dúvida no ponto em que é dito no relatório,
que "o cordão de ligação rompeu".
O cordão se rompeu na entrada do aparelho ou na conexão
com os fios internos (motor e interruptor)?
Se o rompimento
foi interno, o projeto já foi alterado há 7
meses com o uso de conectores isolados e crimpados mecanicamente.
Se o rompimento
ocorreu na entrada do produto, precisaremos de maiores informações
quanto ao procedimento de teste que foi realizado, visto que
em momento algum durante nossos testes internos detectamos
tal falha.
(...)"
Inmetro: Em relação
à dúvida referente às Marcações
e Instruções, a norma não possibilita a utilização
da marcação de freqüência "50/60Hz"
sem a presença de uma chave ou outro sistema que realize
a comutação de uma freqüência para outra.
Essa marcação indica que o aparelho opera em 50Hz
ou 60Hz.
Para o caso do produto
analisado, deveria estar escrita a marcação "50-60Hz",
como evidenciado pelo texto da norma: "Os aparelhos que
têm uma faixa de valores nominais e podem ser operados sem
ajuste ao longo da faixa, devem ser marcados com os limites inferior
e superior da faixa separados por hífen.". Apesar
de não operar ao longo da faixa, e sim em 50Hz ou 60 Hz,
o liqüidificador é um exemplo de aparelho que pode ser
operado sem ajuste.
Sobre o questionamento
referente ao rompimento do cordão de ligação
(item 25.15 da norma), o laboratório responsável pelos
ensaios esclarece que o rompimento ocorreu na ancoragem no gabinete,
no ponto em que o cordão é ligado, internamente, no
aparelho. O teste foi realizado conforme a norma, aplicando-se tração
de 60N e torque de 0,25Nm, 25 ciclos, no cordão de alimentação.
O fabricante, em resposta,
emitiu o seguinte posicionamento:
"(...) Após
os esclarecimentos (...), temos a declarar:
- Devido ao fato do produto
pelos senhores testado ser de uma série antiga (abril de
2002), os itens então reprovados já foram alterados
e adaptados a norma ao longo deste período.
- A marcação
(50/60Hz), item esclarecido pelos senhores no último fax
(...), já foi alterado nos moldes (...), adequando-se assim
a norma.
Desta forma, informo
que o nosso produto atual se encontra à disposição
do Inmetro para uma avaliação assim que for necessário.
(...)"
Fabricante D (Marca: D):
"(...)
Agradecemos o seu Relatório
de Ensaio (...) no qual tomamos conhecimento dos resultados obtidos
(...)
Informo que estão
sendo tomadas as ações para conformidade do liqüidificador
modelo ***, objeto desta análise, com as normas (...)
- Item 7.1 [Marcações
e Instruções] - Estamos alterando as etiquetas
de produtos e seus respectivos manuais, quando aplicável,
alterando de 50/60Hz, o que indica modo de comutação
para 50-60Hz, que indica a faixa de operação.
- Item 7.13 [Marcações
e Instruções] - Estamos verificando a alteração
de imagem no uso da palavra "Multiclean" neste produto.
Inclui-se aqui alterações de arte, embalagens, fotos,
manuais, entre outras.
- Item 25.8 [Condutores Internos
e Externos] - Foi solicitado ao fornecedor, a adequação
do item à referida norma, alterando a seção
medida de 0,47mm2. Para 0,50 mm2.
- Item 25.15 [Condutores Internos
e Externos] - Foi solicitado ao fornecedor, a adequação
do item à referida norma, segundo ensaio de tração.
(...)
Mediante o exposto,
esperamos que as ações tomadas atendam aos itens
das normas referenciadas, adequando assim, plenamente os nossos
produtos. (...)"
Fabricante A (Marca:
A):
"(...)
Atendendo sua solicitação,
transcrevemos abaixo nossos comentários sobre os resultados
dos ensaios a que foi submetida uma amostra de nosso liqüidificador
modelo BA/BSA.
(...)
Relatório: Capítulo
8 – Proteção contra o acesso às partes vivas.
Item 8.1.2 – O pino-padrão
é aplicado sem força apreciável através
das aberturas em aparelhos classe 0, classe II. Não deve
ser possível tocar as partes vivas.
Observação:
Não Conforme
Justificativa: Parte
inferior do aparelho dá acesso às partes vivas.
Nossos comentários:
O pino padrão de ensaio, com a forma e dimensões mostradas
na figura 2 (página 57) da NBR NM IEC 335-1, não toca
as partes vivas.
(...)"
Inmetro: Em relação
ao item 3 do relatório de ensaio (Item 8 da norma - Proteção
contra o acesso às partes vivas), informamos que, no
sub-item 8.1.1, a amostra da marca Arno foi considerada conforme
no que diz respeito ao plugue de alimentação na posição
de parcialmente introduzido. Entretanto, como a parte inferior do
aparelho permite acesso do dedo padrão de ensaio, a amostra
foi considerada não conforme.
Ainda em relação
ao item 3 do relatório de ensaio (Item 8 da norma - Proteção
contra o acesso às partes vivas), informamos que, no
sub-item 8.1.2, que trata do ensaio de aplicação do
pino-padrão sem força apreciável através
das aberturas em aparelhos de classe 0, a amostra da marca Arno
foi considerada conforme.
Diante do exposto, fica
confirmada a não conformidade na Proteção
contra o acesso às partes vivas.
Fabricante G (Marca: G):
"(...)
Em resposta (...), temos
a informar que:
Estamos cientes de todas
as não conformidades apontadas neste relatório e estamos
providenciando as adequações necessárias para
cumprimento às normas do INMETRO.
Para as próximas
importações estas não conformidades estarão
ajustadas.
(...)
Fabricante F e I (Marcas: F e I):
"(...)
As não conformidades
que V. Sas. constataram se devem, certamente, a serem artigos ainda
dos primeiros lotes que fabricamos. Alguns dos problemas apontados
já haviam sido corrigidos, os outros, nós tomamos
providências imediatas para corrigir.
Agradecemos ao Inmetro
essa valiosa contribuição para a melhora da qualidade
e desempenho de nossos produtos.
Item 2 [Marcações
e Instruções]– Resposta: (...) Para nos adequarmos
à norma estamos alterando a identificação do
produto, de 50/60Hz para 50-60Hz;
Item 4 [Potência
e Corrente Absorvida] – Resposta: A identificação
da potência dos aparelhos foi corrigida, de forma que os mesmos
já estão atendendo plenamente os requisitos da norma;
Item 5 [Aquecimento]
– Resposta: Apesar de não estar mencionado no produto e por
não ser exigido pela NBR, os motores atendem a classe térmica
B de 130°C;
Item 9 [Funcionamento
em Condição Anormal] – Resposta: O motor atende
às especificações da classe B, na qual a temperatura
máxima é de 175°C em condições anormais;
Item 12 [Construção]
– Resposta: Estamos realizando modificações no produto,
permitindo o desvio de umidade (...);
Item 13 [Fiação
Interna] – Resposta: O produto já foi corrigido, fixando-se
a fiação interna, de modo que não entre em
contato com as partes cortantes do mesmo.
(...)"
Comentários
Um número correspondente
a 80% das marcas analisadas apresentou não conformidades
relacionadas às marcações obrigatórias
que devem constar no corpo dos aparelhos, em particular às
funções dos liqüidificadores, que são
feitas, na maioria das vezes, com palavras ou abreviações
em inglês ou ainda utilizando símbolos, o que pode
causar confusão ao usuário na identificação
das posições de "desligado", "auto-limpeza",
"pulsar" , velocidades mínima e máxima,
etc.
Para fazer uso seguro e
correto do liqüidificador, o consumidor deve ler o manual de
instruções que acompanha o produto e, em caso de dúvida,
entrar em contato com o fabricante.
Sobre os itens da categoria
de detalhes elétricos, 03 marcas estavam em desacordo
com as normas, mas apenas uma apresentou não conformidade
que significa risco à segurança do consumidor, por
permitir acesso a partes que podem causar choque elétrico.
As outras duas marcas foram consideradas não conformes devido
ao consumo excessivo de energia, o que significa aumento na conta
de luz do consumidor.
Em relação
aos ensaios da categoria de detalhes construtivos, cabe um
alerta ao setor produtivo: 60% das marcas analisadas foram consideradas
não conformes em itens relacionados diretamente à
segurança dos usuários. Em sua maioria, são
deficiências de projeto que podem ocasionar falhas na isolação
dos aparelhos e oferecer risco de choque elétrico.
Não foi possível
realizar o ensaio de funcionamento em condição
anormal (item 6.6.1), da categoria de detalhes mecânicos,
pois apesar da norma exigir o ensaio, ela não considera obrigatória
a marcação da classe do motor, necessária para
informar a temperatura máxima permitida nos enrolamentos
do motor. Este ensaio verifica riscos de incêndio e danos
mecânicos que podem comprometer a proteção contra
choque elétrico, tratando-se, portanto, de um item que afeta
a segurança do consumidor.
Para outros assuntos relacionados
ao produto liqüidificador, acesse o Portal do Consumidor (www.portaldoconsumidor.gov.br).
Conclusões
De acordo com os resultados
encontrados na análise de liqüidificadores, podemos
concluir que a tendência do produto comercializado no mercado
nacional é de estar não conforme com os requisitos
normativos, pois um número correspondente a 90% das marcas
analisadas não atendeu aos requisitos estabelecidos pelas
normas e documentos de referência. Apenas 01 marca, a J, foi
considerada conforme em todos os itens, que envolveram verificações
de classificação, marcações
e instruções (12 itens), detalhes elétricos
(4 itens), mecânicos (5 itens) e construtivos
(52 itens).
Uma comparação
entre os resultados da análise realizada em 1997 e a presente
revela que, nos ensaios que dizem respeito à segurança
e proteção contra choque elétrico, considerados
críticos, manteve-se a tendência de não conformidade,
com índice de 70%.
As normas utilizadas
como base para os ensaios de 1997 sofreram revisões e, em
alguns casos, foram substituídas por normas com critérios
de aceitação internacional, ampliando e definindo
com maior clareza o conjunto de ensaios necessários para
verificar a segurança dos aparelhos. Entretanto, em termos
gerais, pode-se afirmar que não houve melhoria na qualidade
do produto. Assim como constatado na análise de 1997, apenas
01 marca estava de acordo com as normas.
Outro problema detectado
foi o fato de algumas marcas estarem sendo comercializadas sem o
Selo Ruído, o que está sendo devidamente informado
ao órgão fiscalizador do produto, o Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e Recursos Renováveis – IBAMA, para que
sejam tomadas as devidas providências.
Uma das etapas do Programa
de Análise de Produtos consiste em promover, junto com o
setor produtivo, a melhoria da qualidade dos produtos. Nesse contexto,
o Inmetro recomendou aos fabricantes que revissem os projetos de
seus produtos, para que os mesmos se adeqüem às normas.
Essas recomendações foram aceitas pelo setor, sendo
que a quase totalidade dos fabricantes se pronunciou favoravelmente,
no sentido de implantar os aperfeiçoamentos necessários.
Paralelamente, será
agendada uma reunião com os segmentos envolvidos, objetivando
definir e consolidar as ações de melhoria.
Consequências
Data
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Consequência
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10/08/2003
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Divulgação
no Programa Fantático - Rede Globo de Televisão |
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