.: Programa Brasileiro de Avaliação
da Conformidade - PBAC :.
Sumário
Orientações
Estratégicas
Parte I Questões Estratégicas
Tema 1: Regulamentação,
Normalização, Blocos Econômicos. Barreiras Técnicas.
Quadro Compulsório e Quadro Voluntário
Tema 2: Reconhecimentos Multilaterais,
Bilaterais e Regionais
Tema 3: Desenvolvimento da Infra-Estrutura
para Avaliação da Conformidade e Interfaces com Outras
Áreas
Tema 4: Educação
e Conscientização dos Diferentes Segmentos da Sociedade
para a Avaliação da Conformidade e sua Importância
Tema 5: Equacionamento Financeiro
da Atividade de Avaliação da Conformidade no País
Outras Questões Estratégicas
Parte II Questões
Táticas e Operacionais
1. Elaboração
do Plano de Ação Quadrienal do PBAC
1.1 Contextualização
1.2 Metodologia
utilizada
2. Definição
do Mecanismo de Avaliação da Conformidade Adequado
às Especificidades de cada Produto
2.1 Contextualização
2.2 Metodologia
utilizada
3. Acompanhamento
e Avaliação do Sistema Brasileiro de Avaliação
da Conformidade SBAC
3.1 Indicadores
do SBAC
3.2 Metodologia
de Acompanhamento e Avaliação do Plano de Ação
Quadrienal
4. Implementação
do PBAC
Anexo
1: Glossário do PBAC
O tratamento sistêmico e integrado
de todas as variáveis a serem consideradas nos diversos processos
contidos no PBAC é um elemento fundamental que permeia todos
os seus níveis – estratégico, tático e operacional.
Dentro desse enfoque, é preciso que os programas de avaliação
da conformidade sejam estabelecidos e desenvolvidos de acordo com
os princípios gerais que nortearam a elaboração
do Programa como um todo.
Esses princípios podem ser resumidos, em termos gerais, como
a necessidade de uma interação harmoniosa com os principais
atores envolvidos nas atividades de avaliação da conformidade.
Na elaboração dos programas de avaliação
da conformidade, portanto, devem ser respeitados: a legislação
brasileira; o conjunto de políticas e diretrizes do Sinmetro;
as práticas internacionais de avaliação da conformidade;
e também a participação dos diferentes segmentos
da sociedade atingidos pelo processo.
O presente programa se constitui em um dos elementos integrantes do
eixo "tecnologia industrial básica", tornando-se
valiosa ferramenta de apoio à Política Industrial, Tecnológica
e de Comércio Exterior do País. Essas linhas genéricas,
para efeito do desenvolvimento e implantação de programas
de avaliação da conformidade, encontram sua tradução
prática no respeito às seguintes orientações
estratégicas:
- Dar foco às questões ligadas
à proteção do meio ambiente, bem como à
saúde e à segurança do consumidor.
- Desenvolver programas de avaliação
da conformidade com a melhor relação custo-benefício
para os segmentos impactados, selecionando o mecanismo de avaliação
da conformidade em função do risco associado ao
produto e do custo-benefício do programa como um todo.
- Contribuir com o esforço de exportação,
facilitando o acesso a mercados, bem como fortalecendo o mercado
interno e propiciando a concorrência justa.
- Facilitar aos Agentes Reguladores o exercício
de suas atividades de regulamentação e fiscalização.
- Informar, educar e conscientizar os diferentes
segmentos da sociedade, quanto à importância da atividade.
- Criar mecanismos facilitadores do acesso
das micro e pequenas empresas aos programas de avaliação
da conformidade.
- Identificar, com a devida antecedência,
as necessidades de infra-estrutura (padrões metrológicos,
regulamentos, normas, laboratórios e organismos acreditados).
- Criar e manter um sistema de acompanhamento
e retroalimentação dos programas de avaliação
da conformidade.
- Criar e divulgar um sistema de gerenciamento
de reclamações, apelações e denúncias,
relativas aos programas de avaliação da conformidade.
- Criar condições para que
todos os agentes reguladores possam desenvolver seus programas
de avaliação da conformidade em total sintonia com
o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade.
- Desenvolver a atividade de avaliação
da conformidade em total sintonia e priorizando os recursos para
ações que se alinhem à execução
da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio
Exterior do País.
O detalhamento de cada tema é precedido
de uma introdução, destinada a situar a problemática
abordada. Nas planilhas que se seguem, encontram-se identificados:
em primeiro lugar, o estágio atual em que se encontra a questão;
em seguida, o estágio a ser alcançado no futuro; finalmente,
as ações propostas, destinadas a promover e consolidar
a mudança. Diante da abrangência de alguns temas, tornou-se
conveniente dividir as respectivas planilhas em dois ou mais sub-temas,
utilizando como critério de divisão a área
abordada.
Tema
1: Regulamentação, Normalização, Blocos
Econômicos. Barreiras Técnicas. Quadro Compulsório
e Quadro Voluntário Contextualização
Contextualização
Com a globalização da economia,
as nações passaram a reconhecer a necessidade da criação
de uma estrutura industrial cada vez mais efetiva, dispondo não
somente de capital, tecnologia, energia e infra-estrutura, mas também
de instituições e sistemas de normalização,
de regulamentação, de metrologia e de avaliação
da conformidade - AC. Os papéis desempenhados pelo Estado
sofreram profundas transformações ao longo dos últimos
anos.
A conseqüente mudança de atuação foi marcada
pelo estabelecimento de ampla gama de políticas públicas
e pelo exercício do poder de regulamentação,
capaz de facilitar os fluxos de capital e de produtos. Por um lado
o Estado, através da regulamentação,
desempenha papel fundamental na defesa dos interesses da sociedade,
pressionando e estimulando a atividade para o fortalecimento e desenvolvimento
de normas, regulamentos técnicos e sistemas de avaliação
da conformidade.
Por outro lado, o surgimento dos blocos econômicos e a utilização
sempre crescente de barreiras técnicas no comércio
internacional e no cenário econômico mundial passaram
a exercer grandes pressões e demandas nas atividades de avaliação
da conformidade, que necessariamente devem ser consideradas quando
da execução do PBAC. Dentro dos blocos econômicos,
deve aumentar a demanda das empresas para o aprimoramento dos programas
de normalização e de avaliação da conformidade,
objetivando facilitar e disciplinar os fluxos comerciais entre os
países integrantes.
A elaboração de normas, a realização
de ensaios e a utilização de diferentes mecanismos
de avaliação da conformidade constituem uma estratégia
de política industrial do País para inserir os produtos
brasileiros com competitividade no mercado internacional e prevenir-se
da invasão de produtos estrangeiros com qualidade duvidosa.
Visando alcançar essa competitividade no mercado internacional,
torna-se necessário intensificar a revisão e a elaboração
de normas e regulamentos técnicos, no sentido de simplificá-los,
privilegiando o estabelecimento de requisitos essenciais, principalmente
aqueles ligados às áreas de saúde, segurança
e meio ambiente.
Ações Estratégicas
Propostas
Ambiente Interno
Estágio atual
|
Estágio a ser alcançado
|
Ações estratégicas
|
1.1 Acervo de normas técnicas no Brasil não
direcionado para atender à demanda da AC, inexistindo
normas para muitos produtos.
|
1.1.1 Atividade de normalização no país
articulada com as demandas do SBAC.
|
1.1.1.a Identificar as necessidades de normalização
para apoiar o desenvolvimento de programas de AC
|
1.1.2 Acervo de normas técnicas atualizado
e adequado às necessidades dos Agentes Reguladores,
dos programas de AC e do mercado globalizado.
|
1.1.2.a Implantar instrumentos para agilizar a elaboração
e revisão de normas técnicas utilizadas pelos
programas de AC.
|
1.1.2.b Identificar e divulgar a situação
e as tendências da normalização internacional
e regional.
|
1.2 Sistema de fiscalização de produtos
regulamentados demandando ampliação e modernização.
|
1.2.1 Fiscalização específica
para AC, na RBMLQ, com pessoal capacitado e métodos
de trabalho automatizados.
|
1.2.1.a Ampliar e capacitar o efetivo de pessoal da
RBMLQ-Inmetro.
|
1.2.1.b Equipar e automatizar a RBMLQ - Inmetro para
perfeito atendimento às demandas.
|
1.3 Participação incipiente dos Agentes
Reguladores no processo de normalização.
|
1.3.1 Participação ativa dos Agentes
Reguladores no processo de normalização.
|
1.3.1/1.3.2.a Instituir instrumentos para ampliar
a participação dos Agentes Reguladores nas atividades
de normalização objeto de regulamentação
técnica.
|
1.3.2 Existência de um maior número de
regulamentos técnicos referenciados às normas
técnicas.
|
1.4 Desarticulação dos Agentes Reguladores
com o SBAC.
|
1.4.1 Existência de modelo de regulamentação
integrado e harmonizado com o SBAC.
|
1.4.1.a Padronizar a elaboração de regulamentos
técnicos, criando uma linguagem única, referenciada
ao SBAC.
|
1.4.2 Participação ativa dos Agentes
Reguladores no Conmetro e em seus Comitês Assessores.
|
1.4.2.a Identificar e implementar dispositivos que
promovam a participação dos Agentes Reguladores
no SBAC.
|
1.4.3 Regulamentos técnicos elaborados e executados
pelos Agentes Reguladores de forma articulada com o SBAC.
|
1.4.3.a Aprimorar os dispositivos de articulação
entre os Agentes Reguladores e o SBAC.
|
1.5 Utilização insuficiente do SBAC
para atendimento à demanda de AC no âmbito compulsório.
|
1.5.1 Existência de sistema ordenado e operante
para identificar e atender às demandas de AC no âmbito
compulsório.
|
1.5.1/1.5.2.a Preparar e instituir os instrumentos
necessários à identificação e
ao atendimento das demandas de AC no campo compulsório.
|
1.5.2 Número consideravelmente maior de produtos
avaliados no âmbito do SBAC.
|
1.6 Ausência de planejamento no atendimento
à demanda no âmbito voluntário.
|
1.6.1 Existência de sistema ordenado e operante
para atender às demandas de AC no âmbito voluntário.
|
1.6.1.a Preparar e instituir os instrumentos necessários
ao funcionamento do Sistema, no campo voluntário.
|
1.7 Existência de sistemas e programas setoriais
paralelos de AC.
|
1.7.1 Programas públicos setoriais de AC estruturados
dentro do SBAC.
|
1.7.1.a Identificar os programas públicos
setoriais paralelos de AC e estimulá-los
a aderirem ao SBAC.
|
Ambiente Externo
Estágio atual
|
Estágio a ser alcançado
|
Ações estratégicas
|
1.8 Desarticulação entre Agentes Reguladores
e Inmetro na atividade de notificação internacional
dos regulamentos técnicos.
|
1.8.1 Atividade de notificação internacional
dos regulamentos técnicos articulada e funcional, com
participação ativa dos Agentes Reguladores.
|
1.8.1.a Aprimorar os dispositivos de articulação
entre Agentes Reguladores e Inmetro no que diz respeito a
notificação internacional de regulamentos técnicos.
|
1.9 Fragilidade nas negociações internacionais,
devida ao desconhecimento sobre a situação atual
e as tendências de uso da AC como barreira técnica
aos produtos nacionais.
|
1.9.1 Nas negociações internacionais,
utilização de informações acerca
do uso da AC como barreira técnica a produtos nacionais
e de facilitação à exportação
desses produtos.
|
1.9.1.a Sistematizar o monitoramento estratégico
das informações sobre a situação
atual e as tendências das regulamentações
estrangeiras nos segmentos de interesse.
|
1.9.1.b Disponibilizar dados sobre exigências
de outros mercados para os produtos brasileiros de maior exportação,
permitindo comparação às exigências
nacionais e, conforme o caso, equiparação.
|
Tema
2: Reconhecimentos Multilaterais, Bilaterais e Regionais
Contextualização
Os acordos de reconhecimento são
ferramenta fundamental para as práticas recomendadas no Acordo
de Barreiras Técnicas ao Comércio, da Organização
Mundial do Comércio. Nesse contexto, o alinhamento às
tendências internacionais (single voice, adequabilidade,
participação etc.), a atuação efetiva
em fóruns internacionais e os reconhecimentos multilaterais
e internacionais do SBAC são pontos fortes, reconhecidos,
da atividade de avaliação da conformidade no País.
Entretanto, embora o Brasil disponha, no âmbito do SBAC, de
sistemas de acreditação e programas de avaliação
da conformidade alinhados com as práticas internacionais,
existem ainda várias oportunidades de melhoria. Entre elas,
destaca-se a forma não-contínua e não devidamente
orientada da participação brasileira em fóruns
internacionais, as deficiências na divulgação
das conclusões e recomendações ali adotadas
e a fragilidade dos acordos voluntários.
Um fator agravante é a capacidade reduzida de influência,
por parte dos países do hemisfério sul em geral, sobre
a maioria das decisões e propostas surgidas em tais fóruns.
Atuando isoladamente, o Brasil fica com a sua responsabilidade aumentada.
De forma genérica, pretendem-se alcançar, no futuro,
reconhecimentos multilaterais em fóruns internacionais e
regionais de todos os programas de avaliação da conformidade
considerados convenientes para o país.
Em particular, espera-se o reconhecimento do International Accreditation
Forum para a sistemática de acreditação
de sistemas de gestão ambiental. Espera-se igualmente o reconhecimento
do Programa de Manejo Florestal no Programme for the Endorsement
of Forest Certification schemes e do Programa de Produção
Integrada de Frutas no Eurepgap.
Principais Ações Empreendidas
Já foram obtidos reconhecimentos
em diversos fóruns internacionais, entre os quais:
- IAQG – reconhecimento da certificação
de sistemas de gestão dos fabricantes da área
aeronáutica espacial, através da American Aerospace
Quality Group – AAQG, sua subdivisão para
as Américas;
- IAF - reconhecimento da certificação
de sistemas de gestão (ISO 9000) pelo fórum internacional
de acreditadores;
- ILAC e EA - reconhecimento da acreditação
de laboratórios de calibração e ensaios;
Quanto às iniciativas ainda não
finalizadas, podem-se citar:
- a apresentação
de candidatura, que será feita até junho de 2004,
para assinatura do Multilateral Agreement da IATCA, fórum
de certificação de auditores de Sistemas de Gestão
da Qualidade - SGQ e Sistemas de Gestão Ambiental – SGA;
- a adesão
ao PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification
Schemes, com vistas ao reconhecimento de seu esquema de certificação
de manejo florestal – Cerflor;
- com vistas
à participação, o monitoramento do surgimento
de fóruns na área de APPCC – Análise de Perigos
e Pontos Críticos de Controle; e
-
a melhoria
da participação, com regularidade, nos fóruns
internacionais e regionais, com especial atenção
ao IAAC, ILAC, IAF, IATCA, EA,ISO/CASCO,
PEFC e Eurepgap.
Ações Estratégicas Propostas
Estágio atual
|
Estágio a ser alcançado
|
Ações estratégicas
|
2.1 Número de reconhecimentos em fóruns
internacionais para programas de AC não adequado às
necessidades.
|
2.1.1 Obtidos reconhecimentos em fóruns internacionais
dos programas de AC considerados convenientes para o país.
|
2.1.1.a Identificar e definir claramente os fóruns
importantes para reconhecimento multilateral, com foco nos
setores de: certificação de pessoas, manejo
florestal, produção integrada de frutas e APPCC.
|
2.1.1.b Promover a adequação
dos procedimentos internos aos requisitos exigidos.
|
2.2 Participação insuficiente
em fóruns internacionais em geral.
|
2.2.1 Participação em fóruns
internacionais/regionais, de forma sistematizada, com efetiva
influência nos processos decisórios (IAAC, ILAC,
IAF, IATCA, EA e ISO/CASCO).
|
2.2.1.a Sistematizar a participação
em fóruns internacionais, mostrando com clareza a posição
brasileira.
|
2.2.1.b Fortalecer a participação sistemática
do Brasil no IAAC, ILAC, IAF, IATCA, EA e ISO/CASCO.
|
|
|
2.2.1.c Capacitar os membros da delegação
brasileira para participarem dos fóruns internacionais,
fortalecendo sua posição nas negociações.
|
2.2.1.d Criar dispositivo, passível de consulta
em tempo real, que propicie não só a consolidação
prévia da posição brasileira a ser levada
aos fóruns, como também o efeito multiplicador
dos resultados e do estágio do trabalho em cada fórum.
|
2.4 Baixa utilização dos acordos de
reconhecimento mútuo pelos Agentes Reguladores e setores
produtivos envolvidos.
|
2.4.1 Ampla utilização dos acordos de
reconhecimento mútuo pelos Agentes Reguladores e setores
produtivos envolvidos.
|
2.4.1.a Estimular os Agentes Reguladores e os setores
produtivos envolvidos a conhecer e utilizar os acordos de
reconhecimento mútuo.
|
2.4.1.b Promover a ampla divulgação
dos acordos de reconhecimento mútuo firmados
|
2.5 Insuficiência de recursos financeiros para
custeio da participação brasileira em fóruns
internacionais.
|
2.5.1 Disponibilidade de recursos financeiros para
participações em fóruns internacionais.
|
2.5.1.a Sistematizar a participação
brasileira em fóruns internacionais.
|
2.5.1.b Identificar as fontes e obter recursos para
viabilização e manutenção do programa
de participação em fóruns, inclusive
por meio de acordos de cooperação
|
Tema
3: Desenvolvimento da Infra-Estrutura para Avaliação
da Conformidade e Interfaces com Outras Áreas
Contextualização
Na configuração de uma proposta
consistente de estruturação e desenvolvimento de um
sistema capaz de atender às demandas da sociedade brasileira,
destacam-se duas etapas de fundamental importância. Uma delas
é a definição de estratégias para ampliar
a oferta e melhorar a qualidade do efetivo de recursos humanos e
tecnológicos envolvidos na atividade de avaliação
da conformidade.
A outra etapa é a identificação, com a maior
antecedência possível, das necessidades de acreditação
de organismos de avaliação da conformidade, bem como
da elaboração de normas e regulamentos técnicos
e da disponibilidade de padrões metrológicos. Com
respeito às deficiências de infra-estrutura, é
importante ressaltar que o sucesso de qualquer programa de desenvolvimento
proposto depende do equacionamento satisfatório dos aspectos
estratégicos a elas relacionados.
Principais Ações Empreendidas
As ações empreendidas
até o presente, em termos de infra-estrutura para certificação
de sistemas, levaram ao credenciamento de 36 Organismo de Certificação
de Sistemas da Qualidade - OCS e 22 - Organismo de Certificação
de Sistemas de Gestão Ambiental - OCA. Além disso,
o número de programas de avaliação da conformidade
implantados no Brasil é, atualmente, superior a 50 no campo
compulsório e superior a 150 no campo voluntário.
Estágio atual
|
Estágio a ser alcançado
|
Ações estratégicas
|
3.1 Deficiência na integração
dos atores envolvidos no processo de AC.
|
3.1.1 Organizações envolvidas com a
atividade de AC atuando de forma integrada dentro do SBAC.
|
3.1.1.a Definir com clareza as interfaces das atividades
de normalização, acreditação,
regulamentação, fiscalização,
metrologia científica e legal e comércio, exterior
e interno, com as atividades de AC.
|
3.1.1.b Estabelecer plano de ação quadrienal,
em que todos os atores envolvidos na atividade de AC saibam
claramente o que fazer e como atuar de forma integrada.
|
3.2 Deficiência na integração
e de interação entre os Agentes Reguladores
e o SBAC, incluindo o desenvolvimento de atividades paralelas
pelos diversos Agentes Reguladores.
|
3.2.1 Reconhecimento, pelos Agentes Reguladores, do
Inmetro como órgão acreditador oficial do Sistema.
|
3.2.1/3.2.2/3.2.3.a Estimular os Agentes Reguladores
a utilizar a infra-estrutura de AC e as sistemáticas
estabelecidas no âmbito do Sinmetro.
|
3.2.2 Agentes Reguladores no SBAC, efetivamente integrados.
|
3.2.3 Agentes Reguladores exigindo a utilização
do SBAC
|
3.3 Organismos de AC praticando avaliações
diferenciadas para o mesmo produto, com o mesmo objetivo.
|
3.3.1 Organismos de AC praticando avaliações
de forma homogênea e consistente, e no âmbito
do Sistema.
|
3.3.1.a Conscientizar os usuários de certificação
de produtos e sistemas de gestão das vantagens de utilizar
a certificação dentro do Sistema.
|
3.3.1.b Estabelecer dispositivos para inibir a atuação
dos organismos acreditados fora do Sistema.
|
3.4 Falta de conhecimento, pela sociedade, da diferença
entre acreditação e certificação
de laboratórios.
|
3.4.1 Conscientização e disseminação
dos conceitos de acreditação e certificação
de laboratórios.
|
3.4.1.a Esclarecer a sociedade quanto ao significado
da acreditação e a sua diferenciação
em relação à certificação.
|
3.5 Número insuficiente de laboratórios
acreditados pelo Inmetro, especialmente para alguns setores
da economia, em particular, saúde e alimentação.
|
3.5.1 Quantidade de laboratórios suficiente
para atender à demanda existente, em todos os setores
demandantes.
|
3.5.1.a Identificar as demandas não atendidas
por acreditação de laboratórios.
|
3.5.1.b Identificar os laboratórios potencialmente
capazes de suprir a demanda não atendida.
|
3.5.1.c Avaliar o interesse dos laboratórios,
estimulando-os a obter a acreditação pelo Inmetro.
|
3.5.1.d Estimular as Redes Metrológicas Estaduais
a apoiar os laboratórios de calibração
e de ensaios na adequação aos requisitos de
acreditação.
|
3.5.1.e Identificar fontes de financiamento para investimento
em laboratórios.
|
3.6 Distribuição geográfica inadequada
dos laboratórios e organismos de inspeção
acreditados, principalmente nas regiões N, NE e CO.
|
3.6.1 Distribuição geográfica
de laboratórios e organismos de inspeção
acreditados adequada às demandas.
|
3.6.1.a Fomentar a formação de infra-estrutura
laboratorial e de organismos de inspeção, principalmente
nas regiões e setores econômicos mais deficientes.
|
3.6.1.b Fomentar a demanda por laboratórios
acreditados, através do estímulo à criação
de Programas de AC em regiões carentes de laboratórios.
|
3.7 Reduzido leque de auditores nos OAC para cobrir
todas as 39 especialidades previstas pelo IAF.
|
3.7.1 Leque ampliado de auditores nos OAC.
|
3.7.1.a Capacitar auditores atuais e novos segundo
as especialidades previstas no Nace.
|
3.8 Número reduzido de auditores de sistemas
de gestão certificados dentro do SBAC.
|
3.8.1 Número de auditores de sistemas de gestão
certificados adequado às necessidades do SBAC.
|
3.8.1.a Criar dispositivos para incentivar a certificação
de auditores dentro do SBAC.
|
3.8.1.b Criar dispositivos para incentivar a utilização
de auditores de sistemas de gestão certificados.
|
3.9 Inexistência de critérios para certificação
dos profissionais que atuam nos OAC, com exceção
dos auditores de sistemas de gestão.
|
3.9.1 Disponibilidade de critérios mínimos
para certificação dos profissionais que atuam
nos programas de AC.
|
3.9.1.a Desenvolver critérios para certificação
dos profissionais que atuam nos Organismos de AC.
|
3.10 Critérios e procedimentos não-homogêneos
de qualificação de auditores pelos OCC.
|
3.10.1 Organismos de certificação de
SGQ e SGA acreditados atendendo aos critérios mínimos
definidos no âmbito do SBAC.
|
3.10.1.a Avaliar a aplicabilidade da Norma 19011 e
estudar a necessidade de geração de diretrizes
para sua aplicação.
|
3.11 Acreditação de organismos no
âmbito do SBAC não garante abordagem consistente
por parte dos auditores.
|
3.11.1 Abordagem consistente pelos auditores dos OCS/
OCA.
|
3.11.1.a Realização de ações
de comunicação destinadas a promover a homogeneização
do entendimento das normas.
|
3.12 Equipe pouco consistente, muitas vezes sem qualquer
identificação com as políticas e valores
do OCS/ OCA.
|
3.12.1 Equipe homogênea, atuando de forma alinhada
com as políticas e valores do OCS/ OCA.
|
3.12.1.a Criar as condições necessárias
para garantir a utilização de auditores alinhados
com as políticas e valores do OCS/ OCA.
|
3.13 Foco das auditorias de manutenção
da acreditação de OCC concentrado nos aspectos
documentais em detrimento dos aspectos práticos.
|
3.13.1 Auditorias de manutenção da acreditação
de OCC com foco primordial nos processos de certificação.
|
3.13.1.a Otimizar as auditorias de supervisão
e testemunha nos organismos acreditados, focando mais aspectos
práticos.
|
Tema 4: Educação
e Conscientização dos Diferentes Segmentos da Sociedade
para a Avaliação da Conformidade e sua Importância
Contextualização
O Programa Brasileiro de Avaliação
da Conformidade – PBAC – só se consolidará se a sua
importância for bem entendida por todos. Entretanto, a sociedade
brasileira, em geral, ainda não conhece e não compreende
o que é a avaliação da conformidade e quais
são os seus benefícios.
Assim, deve ser prevista como ponto estratégico, de grande
importância para o PBAC, a elaboração de um
plano de formação e informação, em diferentes
níveis e adequado às especificidades de cada segmento
da sociedade. Esse plano deve conter em sua estruturação
uma idéia clara da importância da avaliação
da conformidade, das suas áreas de abrangência e do
papel a ser nela desempenhado por cada agente envolvido nessa atividade.
Uma vez de posse das informações divulgadas, caberá
ao consumidor exercer de forma consciente o seu poder de compra,
uso e descarte de produtos, colaborando assim para o fortalecimento
da atividade de avaliação da conformidade em nosso
País.
Principais Ações Empreendidas
Entre as ações de
informação e conscientização desenvolvidas
pelo Inmetro, destacam-se:
- O lançamento do Portal do Consumidor,
em parceria com o Departamento de Proteção e Defesa
do Consumidor do Ministério da Justiça - DPDC.
- A elaboração e divulgação
de diversos materiais sobre AC, entre os quais livretos e cartilhas,
um CD Rom, e a coleção Educação
para o Consumo Responsável.
- A produção e veiculação
de filmes sobre AC.
- A divulgação através
da mídia dos resultados do Programa de Análise
de Produtos.
- A criação, por meio da
Portaria Inmetro 19, de 02/01/02, de um grupo de trabalho interno
destinado a definir práticas para o uso das marcas diferenciadas
e suas aplicações.
Ações Estratégicas Propostas
A Sociedade e o SBAC
Estágio atual
|
Estágio a ser alcançado
|
Ações estratégicas
|
4.1 Baixo conhecimento pela sociedade brasileira sobre
o significado, conceitos básicos e benefícios
ligados à AC.
|
4.1.1 Atividade de AC e sua importância reconhecidas
e entendidas pela sociedade, garantindo as bases para o seu
crescimento e consolidação no Brasil.
|
4.1.1.a Intensificar e ampliar as atividades de divulgação
sobre os conceitos básicos de AC, sua importância
e benefícios para a sociedade, levando em consideração
os aspectos regionais e culturais.
|
4.1.1.b Integrar as diversas iniciativas pontuais
de divulgação das atividades de AC.
|
4.2 Programas de AC não vistos como ferramenta
de apoio às atividades regulamentadoras e fiscalizadoras.
|
4.2.1 Visão clara da importância dos
programas de AC como ferramenta de apoio às atividades
regulamentadoras e fiscalizadoras.
|
4.2.1.a Intensificar e ampliar as atividades de divulgação
sobre os conceitos básicos de AC, sua importância
e benefícios para as atividades regulamentadoras e
setores produtivos.
|
4.2.1.b Estabelecer parcerias com Agentes Reguladores
e setores produtivos, visando à ação
conjunta de divulgação da AC.
|
4.2.2 Informações sobre o SBAC atualizadas
e concentradas na web, trazendo maior visibilidade e uso.
|
4.2.2.a Instituir um sistema de atualização
permanente das informações sobre o SBAC contidas
na web.
|
4.3 Uso indiscriminado da marca Inmetro, confundindo
os usuários de AC.
|
4.3.1 Utilização correta das diferentes
formas de identificação das marcas de AC, em
suas diferentes aplicações.
|
4.3.1.a Definir dispositivos que garantam a correta
utilização das marcas de AC, no âmbito
do SBAC.
|
4.4 Pouca percepção, por parte das empresas
exportadoras, sobre as vantagens competitivas decorrentes
da AC.
|
4.4.1 Uso intensivo da marca do Sistema pelas empresas
exportadoras.
|
4.4.1.a Conscientizar as empresas exportadoras das
vantagens de uso da marca do Sistema decorrentes dos acordos
de reconhecimento multilateral.
|
O ensino formal
como ferramenta
Estágio atual
|
Estágio a ser alcançado
|
Ações estratégicas
|
4.5 Carência de profissionais de nível
superior e técnico especializados em AC.
|
4.5.1 Existência de massa crítica de
profissionais especializados em AC.
|
4.5.1.a Fomentar a criação de cursos
de especialização em AC.
|
4.5.1.b Capacitar multiplicadores para divulgação
dos conceitos ligados à AC.
|
4.6 Inexistência da prática do ensino
de conceitos de AC nos níveis fundamental, médio
e superior.
|
4.6.1 Ensino sistemático de AC nas escolas
fundamental, média e superior, como tema transverso.
|
4.6.1.a Introduzir conceitos de AC no ensino fundamental,
médio e superior, em articulação com
o MEC.
|
4.6.1.b Capacitar professores para o ensino de AC
na escola fundamental.
|
4.6.1.c Fomentar a criação de material
didático adequado, em quantidade e qualidade, às
necessidades de ensino da AC.
|
4.7 Fluxo restrito, no âmbito do Sistema, das
informações atualizadas sobre práticas
de AC.
|
4.7.1 Pleno compartilhamento, no âmbito do Sistema,
de informações atualizadas sobre as práticas
de AC utilizadas no Brasil e no exterior.
|
4.7.1.a Criar dispositivos para facilitar o fluxo
e a disseminação do conhecimento em AC no âmbito
do Sistema.
|
Tema 5: Equacionamento
Financeiro da Atividade de Avaliação da Conformidade
no País
Contextualização
Um aspecto fundamental da atividade de
avaliação da conformidade, que necessita ser equacionado,
é a necessidade de torná-la auto-sustentável
do ponto de vista financeiro. Para isso, deverá ser desenvolvido
um estudo que identifique, para cada programa de avaliação
da conformidade, o montante e a composição dos custos,
o volume de investimentos necessários e as respectivas fontes
potenciais geradoras de receitas, envolvidos na sua implementação.
Os resultados desse estudo permitirão que sejam tomadas as
providências no sentido de viabilizar o equilíbrio
financeiro da atividade.
Principais Ações Empreendidas
As ações já
iniciadas incluem:
- o equacionamento do financiamento da
avaliação da conformidade para a fabricação
e manutenção de extintores de incêndio, capacetes,
fabricação e requalificação de cilindros
de gás natural veicular – GNV, isqueiros, cestas de alimentos,
pára-brisas, produção integrada de maçãs
e registro de instalador de GNV.
- a utilização de metodologia
desenvolvida especialmente pela Fundação Getúlio
Vargas – FGV, na análise de produtos com conformidade avaliada,
visando a futuras negociações com os segmentos envolvidos,
tendo já sido realizados os estudos referentes a pneus
novos e reformados, brinquedos, fios e cabos de aço.
Ações Estratégicas
Propostas
Estágio atual
|
Estágio a ser alcançado
|
Ações estratégicas
|
5.1 Desequilíbrio financeiro no exercício
da atividade devido ao aumento, em quantidade e complexidade,
da demanda por programas de AC, junto ao não-crescimento,
na mesma proporção, dos recursos disponibilizados.
|
5.1.1 Auto-sustentação financeira da
atividade de AC no Brasil.
|
5.1.1.a Estabelecer políticas claras e critérios
de captação de recursos financeiros através
da utilização da marca de conformidade.
|
5.1.1.b Estabelecer critérios para a captação
de recursos financeiros para programas de AC junto a entidades
de fomento e fundos setoriais.
|
5.1.1.c Racionalizar os custos decorrentes da implantação
de programas de AC
|
5.2 Dificuldade nas negociações financeiras
com os setores produtivos demandantes por programas que utilizam
marca de conformidade.
|
5.2.1 Negociações financeiras dos programas
que utilizam marca de conformidade com base em planilhas de
custos.
|
5.2.1.a Desenvolver metodologia de cálculo
orientativa das negociações.
|
5.3 Micro e pequenas empresas (MPE) operando fora
do SBAC, por dificuldade de absorver os custos provenientes
da introdução da AC em sua estrutura financeira.
|
5.3.1 MPE atuando no âmbito do SBAC, gerando
produtos e serviços com conformidade avaliada, ajudando
a promover a concorrência justa e a proteção
do consumidor, beneficiando-se da vantagem competitiva.
|
5.3.1.a Elaborar metodologia para a formação
de consórcios de MPE, para viabilizar o seu acesso
aos programas de AC.
|
5.3.1.b Desenvolver plano para captação
de recursos junto aos próprios parceiros ou junto aos
órgãos de fomento ou agentes de financiamento.
|
5.4 Desconhecimento sobre a natureza e o grau de auto-sustentabilidade
da atividade de AC no Brasil, impossibilitando o direcionamento
de ações corretivas.
|
5.4.1 Monitoramento sistemático do equilíbrio
econômico-financeiro da atividade de AC no Brasil, com
base em instrumentos capazes de identificar as deficiências
e permitir as ações corretivas.
|
5.4.1.a Desenvolver metodologia que apure os custos
e receitas anuais da atividade de AC.
|
5.4.1.b Instituir indicadores para monitoramento do
grau de auto-sustentabilidade da atividade de AC.
|
Outras Questões Estratégicas
No âmbito das atividades de Avaliação
da Conformidade, existem outras questões, em forma de demandas,
tendências, novas práticas, ameaças ou oportunidades,
que necessitam ser abordadas com a devida antecedência, objetivando
o fortalecimento da atividade.
Organismo Designado
(ESTE TEMA SERÁ DESENVOLVIDO PELO
CBAC)
Requisitos Essenciais
Outra questão atual é a tendência,
já em vigor na União Européia, e em implantação
por Agentes Reguladores no País, de concentrar os regulamentos
nos chamados requisitos essenciais, que são aqueles ligados
à saúde, à segurança do consumidor e
ao meio ambiente. Os demais requisitos, relativos ao desempenho
e a outras questões similares seriam tratadas no campo voluntário,
diminuindo os custos da avaliação da conformidade.
Responsabilidade Social
O exercício pelas empresas da sua
Responsabilidade Social é um tema que vem sendo amplamente
debatido em todos os setores da atividade produtiva. O consumidor,
cada vez mais ciente de seu lugar dentro da cadeia de consumo, passa
a exercer o papel de consumidor-cidadão, agente de transformação
social.
Demanda-se assim que as empresas revejam suas estratégias,
incorporando uma postura ética e responsável junto
a seus funcionários, fornecedores, consumidores, comunidade
e meio ambiente, adotando modelos de gestão com Responsabilidade
Social. De outro lado, as nações, na permanente luta
pela soberania e hegemonia, criam cada vez mais dispositivos para
proteger seus mercados.
No contexto mercadológico, a Responsabilidade Social ganha
sentido de vantagem competitiva, valor agregado, diferencial estratégico.
A tendência é que, com o tempo, torne-se requisito,
podendo mesmo vir a se tornar uma barreira comercial.
Avaliação do Ciclo de Vida
Independentemente do material de que são
feitos, todos os produtos provocam impactos no meio ambiente, seja
em função de seu processo produtivo e das matérias
primas utilizadas na fabricação, seja em decorrência
de sua utilização e disposição final.
A Avaliação do Ciclo de Vida - ACV é uma técnica
para identificação e quantificação dos
aspectos ambientais e dos impactos potenciais associados a um produto,
desde a extração das suas matérias primas elementares
até a sua disposição final.
É uma ferramenta que, além dessa "contabilidade"
ambiental, em termos de retiradas e devoluções, permite
avaliar os impactos ambientais potenciais relativos às entradas
e saídas do sistema, para cada tipo de produto. As normas
da família ISO 14000 relativas a ACV estão sendo introduzidas
no Brasil pela ABNT, que já publicou a Norma NBR ISO 14040
em 2001, estando a publicação das demais prevista
para o ano de 2004. Além de fornecer às empresas elementos
para a tomada de decisão e avaliação de alternativas
sobre procedimentos de manufatura, essas normas podem auxiliar na
elaboração das declarações de rótulos
ambientais ou na seleção de indicadores ambientais.
É certo que, em um futuro próximo, além de
contribuir para fornecer mais informações ao consumidor,
a ACV se tenha tornado um poderoso instrumento gerencial de planejamento.
Entretanto, ainda resta estabelecer a credibilidade da metodologia,
bem como alcançar o seu reconhecimento internacional.
Acesso das MPE a Programas de AC
Considerando o destaque
do papel desempenhado pelas micro e
pequenas empresas no contexto global da produção,
esse tema assume importância especial. É sabido que,
atualmente, por dificuldades de absorver os custos da avaliação
da conformidade (em particular aqueles relacionados aos ensaios
laboratoriais) em sua estrutura financeira, muitas Micro e Pequenas
Empresas - MPE acabam impossibilitadas de se adequar ao SBAC. Como
parte da discussão em torno do tema, vêm-se buscando
soluções alternativas, entre as quais a certificação
em consórcio, na tentativa de resolver esse problema.
Certificação Integrada de
Sistemas de Gestão
Dentro de uma mesma empresa, pode ocorrer
a implantação simultânea de diferentes sistemas
de gestão, como o de qualidade, o ambiental, o de saúde
ocupacional, o de segurança no trabalho, o de responsabilidade
social ou o de segurança de informações, cuja
certificação está sujeita a conjuntos diferentes
de normas. Isso sem falar dos esquemas setoriais – automotivo, aeroespacial,
de serviços de saúde, alimentação, bebidas
etc. A idéia da Certificação Integrada de um
único Sistema de Gestão, contemplando as diferentes
dimensões (qualidade, saúde etc.) surge não
só como um facilitador do processo, como também acena
com a possibilidade de redução de custos.
Desenvolvimento Sustentado do Turismo
O turismo constitui uma das atividades
econômicas de maior potencial estratégico no Brasil.
Entretanto, levando em conta que a sua exploração
tende a gerar impactos ambientais, no meio físico, social
e cultural, é indispensável conhecer e controlar esses
efeitos, no sentido de garantir a sua sustentabilidade a longo prazo.
Uma das respostas ao reconhecimento da importância da sustentabilidade
no turismo foi a criação e adoção de
iniciativas voluntárias por parte de empresários,
o que, por um lado, foi muito positivo mas, por outro, resultou
em uma proliferação descontrolada de instrumentos.
Embora ainda não se tenha notícia da ocorrência
desse efeito indesejado no Brasil, ele já é uma realidade
em outros países. Essa diversidade acaba por comprometer
a própria eficácia das medidas, gerando confusão
entre as operadoras pequenas e médias, que normalmente predominam
na indústria de turismo.
A Organização Mundial de
Turismo – OMT vem estudando esse tema há alguns anos, tendo
identificado uma atuação dos governos na maior parte
dos sistemas de certificação atualmente existentes.
Uma das conclusões a que chegaram é a de que os sistemas
de certificação em turismo são potencialmente
benéficos para a sociedade, para o meio ambiente, para os
próprios governos, para as empresas privadas e para os consumidores.
Em um relatório, emitido em abril de 2003 em Madrid, afirmam
que os sistemas de certificação da sustentabilidade
em turismo devem ser estabelecidos e aplicados em respeito às
características geográficas, políticas, socioeconômicas
e setoriais de cada país. Segundo a OMT, o atendimento às
recomendações contidas naquele documento, quanto ao
estabelecimento dos sistemas de certificação, critérios
a serem atendidos etc., deve levar em consideração
essas peculiaridades.
Denominação de Origem
As denominações de origem
controlada, como as aplicáveis ao vinho do Porto, ao champanhe,
aos charutos Havana etc., são uma modalidade de propriedade
intelectual, assim como as patentes, marcas registradas e direitos
autorais. O Acordo de Lisboa (1958), que instituiu a proteção
internacional das apelações de origem, destinou-se
a impedir o uso de indicações geográficas para
produtos não originados na região indicada pelo rótulo.
Além de proteger os consumidores de práticas enganosas,
considera-se a denominação de origem um sinal de distinção.
Pode também ser utilizada como forma de proteção
aos produtos gerados pela atividade inovadora de agentes privados,
modalidade menos conhecida e menos praticada. No Brasil, a primeira
iniciativa do gênero surgiu em 1993, com a criação
do Conselho do Cerrado das Associações dos Cafeicultores
do Cerrado, em Patrocínio, Minas Gerais, que permitiu a demarcação
de uma região de origem para a produção de
café de alta qualidade, registrado como Café do Cerrado.
Somente em 1996 foi promulgada a lei que conferiu ao Instituto Nacional
de Propriedade Industrial - INPI a responsabilidade de regulamentar
e controlar o registro de indicações geográficas.
A denominação cachaça de Minas encontra-se
protegida naquele Estado desde 2001, como também, no âmbito
federal, as expressões cachaça, Brasil e cachaça
do Brasil. Como resultado de iniciativas no campo da identificação
de qualidade e origem de produtos agrícolas, o Estado de
Santa Catarina vem, desde janeiro de 2002, emitindo os seguintes
selos: Denominação de Origem Controlada – DOC; Indicação
Geográfica Protegida – IGP; Produto de Agricultura Orgânica
– ORG; Produto de Origem Familiar – FAM; e Certificado de Conformidade
– CCO.
Uma das principais causas das mudanças
climáticas no planeta tem sido o aumento da concentração
de gases na atmosfera. Esses gases retêm o calor solar refletido
pela superfície da Terra, provocando o efeito estufa, cujas
conseqüências representam sérias ameaças
à saúde humana e aos ecossistemas naturais.
Os efeitos mais visíveis do aquecimento global são,
entre outros, as mudanças nos padrões de chuvas e
ventos que podem levar à redução da produção
agrícola, aceleração da extinção
das espécies, alteração no suprimento de água
doce, proliferação de doenças tropicais, derretimento
das calotas polares, elevação dos níveis dos
mares, desaparecimento de ilhas, inundação de cidades
litorâneas ou eventos climáticos extremos (furacões
e enchentes, por exemplo).
Entre os principais responsáveis pela emissão dos
gases poluidores estão os automóveis, as indústrias
e os depósitos de lixo (ao se decompor, o lixo libera gás
metano). Além desses, podem-se citar as usinas de geração
de energia elétrica, já que a maior parte delas utiliza
combustíveis fósseis, como carvão, óleo
e gás. Outros grandes responsáveis pelas mudanças
climáticas são as queimadas de florestas e os produtos
que utilizam gás CFC, como aerossóis e geladeiras.
Compatibilidade Eletromagnética
A questão da Compatibilidade Eletromagnética
deve ser tratada de forma abrangente e não pontual. O desenvolvimento
de um programa abrangente para adequação dos produtos
elétricos, eletrônicos e eletro-eletrônicos com
relação à interferência eletromagnética
é uma necessidade para o país. Deve ser destacado
que o assunto é objeto de normas internacionais consagradas
e em uso há muito tempo, sendo requisito obrigatório
para produtos que queiram ser exportados a mercados da Europa, América
do Norte, Ásia e Oceania.
Hoje no Brasil, somente os equipamentos eletro médicos e
os de telefonia são submetidos a ensaios obrigatórios
para medida e controle de interferência eletromagnética.
A interferência eletromagnética tem impacto e importância
crescentes, principalmente na segurança operacional de equipamentos
e conseqüentemente nas pessoas que os utilizam. É cada
vez mais comum o uso de sofisticados dispositivos eletrônicos
em praticamente todos os bens de consumo modernos, incluindo-se
desde eletrodomésticos, como um aparelho de DVD ou um forno
de microondas, até centrais de controle em automóveis.
Os bens de Tecnologia da Informação com processadores
de freqüências elevadas (Gigahertz), equipamentos de
Telefonia móvel e vários outros emitem e recebem sinais
eletromagnéticos. As interferências causadas pela proximidade
destes sinais podem criar situações de mal funcionamento
ou pane. Desta forma, é necessário que o assunto seja
objeto de tratamento, em caráter prioritário, pelos
agentes reguladores, como em muitos países (Europa, Ásia,
América do Norte), que há muito tempo adotaram tais
ensaios como obrigatórios.
Parte II – Questões Táticas e Operacionais
Muitas das questões táticas
e operacionais contempladas no PBAC já se encontram implementadas,
algumas carecendo de aprimoramento e outras precisando ser desenvolvidas,
de forma a alcançar o grau desejado de aperfeiçoamento
contínuo e de sustentabilidade do Sistema Brasileiro de Avaliação
da Conformidade. Em forma de processo ou de projeto, encontram-se
descritas a seguir todas as questões táticas e operacionais
essenciais ao PBAC.
1.1 Contextualização
O Plano de Ação Quadrienal
tem por objetivo definir os produtos, processos e serviços
para os quais serão desenvolvidos programas de avaliação
da conformidade. Partindo da premissa de que a atividade de avaliação
da conformidade causa impacto em diferentes segmentos da sociedade,
o Plano se propõe a reuni-los a fim de identificar e priorizar
suas demandas. A partir de um levantamento minucioso, obtêm-se
informações acerca de um conjunto de produtos, o que
permite traçar prioridades, com vistas a orientar e otimizar
os esforços do Inmetro.
A primeira versão, elaborada no ano 2000, utilizou uma metodologia
própria que incluiu consulta aos principais grupos de clientes
do Sistema. Esta gerou uma carteira de produtos, processos e serviços
para os quais foram iniciados programas de avaliação
da conformidade, que se encontram atualmente em desenvolvimento.
Os 30 itens inicialmente selecionados para compor o Plano de Ação
do PBAC para o horizonte de 2000 - 2003 foram ampliados, em um segundo
momento, para 40, em função do aumento da demanda
por programas de avaliação da conformidade.
A maior procura deveu-se, por sua vez, à redução
das barreiras tarifárias entre os países, paralela
a um aumento significativo das barreiras técnicas. Considerando
que alguns itens constituem agrupamentos de produtos, esse número
acaba alcançando, na prática, a casa dos 60 itens.
Considerando a dinâmica que envolve as demandas nessa área,
torna-se necessário atualizar anualmente o Plano, introduzindo
as modificações necessárias à manutenção
de suas características operacionais.
1.2
Metodologia utilizada
A metodologia utilizada para elaboração
do Plano de Ação Quadrienal do SBAC tem o objetivo
de sistematizar e tornar participativo o processo de identificação
e priorização dos produtos, processos e serviços
que serão alvo de programas de avaliação da
conformidade, dentro do período contemplado pelo Plano. A
fim de produzir o resultado esperado, a metodologia foi dividida
nas 5 (cinco) fases descritas a seguir.
Fase 1 – Pesquisa
junto à sociedade
Pesquisa conduzida junto a entidades representantes
de diversos segmentos da sociedade, entre associações,
órgãos públicos e privados, entidades de classe,
Agentes Reguladores e outros. Tem por objetivo obter indicações
de produtos, processos e serviços que se enquadrem nos critérios
de priorização para o desenvolvimento de programas
de avaliação da conformidade. O instrumento utilizado
para a pesquisa é um questionário, composto por questões
qualitativas e quantitativas.
Fase 2 – Definição
dos critérios de priorização
Visto que um programa de avaliação
da conformidade demanda bastante infra-estrutura, torna-se necessário
dar foco à atividade, em particular os Programas que serão
desenvolvidos. Assim, na lista de produtos obtida na pesquisa junto
à sociedade, é fundamental priorizar determinados
itens em detrimento de outros, com base em critérios claramente
definidos. Para analisar os fatores ambientais que influenciam a
operacionalização de cada produto, processo ou serviço,
foram definidos os seguintes 3 (três) critérios qualitativos
de avaliação.
- Critério 1: Saúde,
Segurança e Meio Ambiente – Identifica o grau de
impacto negativo da não-conformidade do produto, com
ênfase nos aspectos relacionados a saúde, segurança
ou meio ambiente. Essa análise não deverá
se basear no potencial de impacto do produto, mas sim no histórico
de ocorrências de problemas anteriores, relativos a pelo
menos um destes três fatores.
- Critério 2: Fortalecimento
do mercado Interno – Refere-se aos aspectos relacionados
à comercialização do produto no mercado
interno, tais como a ocorrência ou não de práticas
desleais de concorrência, de problemas de desempenho do
produto ao ser consumido, sua acessibilidade etc.
- Critério 3: Balança
Comercial – Refere-se ao impacto positivo atual ou potencial
do produto na balança comercial do Brasil durante os
4 (quatro) anos seguintes. Por esse critério, também
deverá ser avaliada a existência ou não
de barreiras técnicas à comercialização
do produto, processo ou serviço. Ou seja, mesmo que ele
não possua um alto potencial exportador, o fato de existirem
barreiras técnicas à sua comercialização
deverá ser levado em conta na avaliação.
Com base nos critérios descritos
anteriormente, os produtos devem ser classificados de acordo com
os graus de prioridade a seguir:
Grau de prioridade
|
Avaliação
|
A
|
Impacta fortemente em pelo menos 1 (um) dos 3 (três)
critérios de avaliação
|
B
|
Impacta medianamente em pelo menos 1 (um) dos 3 (três)
critérios de avaliação
|
C
|
Tem pequeno ou baixo impacto, ou não impacta em nenhum
dos 3 (três) critérios de avaliação
|
Fase
3 – Priorização junto à sociedade
A priorização é feita
a partir de reuniões, que utilizam a técnica da discussão
focada, com representantes da sociedade, compostas por no máximo
15 pessoas, com duração máxima de 5 horas cada
uma. Em um processo que ocorre em plenária, conduzido por
um especialista, os participantes avaliam cada produto, com base
nos critérios descritos na fase 2, segundo a sua percepção
e sentimento pessoal. Em seguida, é realizada uma análise,
para apurar o enquadramento de cada item.
Não sendo alcançado um consenso mínimo, o mediador
da reunião tem a responsabilidade de estimular, entre os
participantes do grupo, a argumentação para os posicionamentos
contrários. E a discussão se repete até que
exista uma concentração aceitável em um dos
graus de prioridade e que o grupo se sinta confortável para
prosseguir com o processo, obtendo-se, em último caso, o
posicionamento da maioria absoluta dos participantes. O resultado
da reunião é uma proposta de classificação
dos produtos, processos e serviços em cada um dos grupos,
A, B ou C, de prioridade.
Fase 4 – Validação
junto ao CBAC
Após as análises anteriores
e uma vez obtido um consenso mínimo junto à sociedade
sobre os produtos a serem priorizados, deve-se apresentar a carteira
ao Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade
- CBAC, para que seja feita a validação da proposta
formulada pelos representantes dos diferentes segmentos da sociedade.
Fase 5 – Aprovação
junto ao Conmetro
Após a validação junto
ao CBAC, o passo seguinte é o encaminhamento dos produtos
selecionados ao Conmetro, para sua aprovação.
2. Definição
do Mecanismo de Avaliação da Conformidade Adequado
às Especificidades de cada Produto
2.1 Contextualização
Na década de 90,
tornou-se crescente a necessidade do uso, pela sociedade brasileira,
de instrumentos de análise e
acompanhamento da qualidade de produtos e serviços como,
por exemplo, a avaliação da conformidade. Num primeiro
momento, utilizou-se no Brasil o mecanismo da certificação
que, além de atender à necessidade emergente, transmitia
a segurança necessária ao consumidor. Entretanto,
com o aumento na quantidade e na variedade das demandas, foi-se
percebendo que o mecanismo da certificação, em muitos
casos, não era o mais adequado às especificidades
de alguns produtos, sendo que, em outros, onerava de tal forma o
processo produtivo que inviabilizava a comercialização.
Na busca de uma solução,
foram investigados os instrumentos de avaliação da
conformidade utilizados em outros países, entre eles a declaração
da conformidade pelo fornecedor, a inspeção, a etiquetagem
etc. Mas, apesar da diversidade de mecanismos encontrados, não
foi identificada nenhuma sistemática destinada a selecionar,
entre eles, aquele que melhor atenderia às características
de cada produto.
O objetivo da definição
de mecanismos de avaliação da conformidade é
estabelecer uma forma sistemática de selecionar, entre as
diferentes possibilidades existentes, o mecanismo mais adequado
às especificidades de cada diferente
produto, processo ou serviço cuja conformidade
se pretenda avaliar, inclusive a sua natureza voluntária
ou compulsória. Essa sistemática, uma vez estabelecida,
serve de subsídio aos estudos de viabilidade de programas
de avaliação da conformidade, através
de um sistema informatizado.
2.2 Metodologia utilizada
A metodologia desenvolvida para definição
dos mecanismos de avaliação da conformidade não
se destina a estabelecer prioridades nem a inserir ou retirar produtos
da carteira do PBAC. A partir da lista de produtos, definida dentro
dos critérios do Plano, e dos subsídios fornecidos
pela equipe técnica, o software atua em etapas sucessivas,
analisando os aspectos saúde, segurança, desempenho
e meio ambiente relativos aos produtos e processos.
Aliás, um dos objetivos da metodologia é identificar,
entre esses aspectos, o escopo da avaliação. Na primeira
etapa, é feita a análise de risco, para identificar
o efeito conjugado da probabilidade de ocorrência de dano
e do impacto causado por sua eventual ocorrência. A segunda
etapa abrange a análise do impacto social, considerando aspectos
como a configuração do produtor, o porte da empresa
etc. Isso é necessário, por exemplo, para evitar que
exigências muito rigorosas tirem do mercado vetores econômicos
importantes.
A terceira etapa, de análise econômica, abrange aspectos
como importação e exportação, barreiras
técnicas, importância do produto no contexto geral
do setor, comportamento de outros países em relação
ao produto etc. A análise política, feita na quarta
etapa, identifica, por exemplo, aspectos regionais daquela produção,
enquanto a quinta etapa, de análise técnica, analisa
questões como a velocidade de mudança tecnológica
e o ciclo de vida do produto, que afetam a conveniência de
utilizar este ou aquele mecanismo. Como produto final, têm-se
recomendações e orientações que sugerem,
além do aspecto a ser avaliado, ou seja, o foco do programa,
o mecanismo de avaliação da conformidade mais adequado,
bem como o caráter, voluntário ou compulsório,
da avaliação.
3. Acompanhamento
e Avaliação do Sistema Brasileiro de Avaliação
da Conformidade
– SBAC
3.1 Indicadores do SBAC
Com o objetivo de dar transparência
e aumentar a credibilidade do SBAC, além de aperfeiçoar
seu sistema de reclamações, uma das ações
definidas no âmbito do PBAC é a criação
de um conjunto de indicadores de desempenho. A identificação
de indicadores de desempenho permite o acompanhamento e a avaliação
dos trabalhos realizados, além de ser um importante instrumento
de avaliação da gestão do SBAC. Como ponto
de partida, foi definido um conjunto de seis indicadores, subdivididos
nas três dimensões a seguir.
Indicador de
Abrangência
Indicador 1: Valor
econômico dos produtos com conformidade avaliada no âmbito
do SBAC.
Índice
|
Memória de Cálculo
|
Índice de participação dos produtos
com conformidade avaliada no Produto Interno Bruto
|
Produto Interno Bruto correspondente aos produtos com conformidade
avaliada
|
Produto Interno Bruto
|
Indicadores
de Eficiência
Indicador 2: Concentração
dos processos de certificação de sistemas de gestão
no âmbito do SBAC.
Índice
|
Memória de Cálculo
|
Índice de certificação de sistemas de
gestão pelas normas ISO 9000 e ISO 14000
|
Nº de certificados ISO 9000 e ISO 14000 emitidos no âmbito
do SBAC
|
Nº total de certificados ISO 9000 e ISO 14000 emitidos
|
Indicador 3: Concentração
dos processos de avaliação da conformidade no âmbito
do SBAC.
Índice
|
Memória de Cálculo
|
Índice de participação de produtos com
conformidade avaliada no âmbito do SBAC
|
Nº de produtos com conformidade avaliada no âmbito
do SBAC
|
Nº total de produtos com conformidade avaliada
|
Indicador 4: Grau
de atendimento às reclamações sobre produtos
objeto de avaliação da conformidade no âmbito
do SBAC.
Índice
|
Memória de Cálculo
|
Índice de tratamento de reclamações
sobre produtos com a conformidade avaliada
|
Nº de respostas às reclamações sobre
produtos com a conformidade avaliada, nos últimos 3
meses
|
Nº total de reclamações sobre produtos com
a conformidade avaliada, nos últimos 3 meses
|
Indicadores
de Foco
Indicador 5: Participação
da acreditação para certificação voluntária
de produtos no âmbito do SBAC.
Índice
|
Memória de Cálculo
|
Índice de acreditação para certificação
voluntária
|
Nº de escopos voluntários para os quais existem organismos
acreditados
|
Nº total de escopos voluntários e compulsórios
para os quais existem organismos acreditados
|
Indicador 6: Avaliações
da conformidade emitidas no âmbito do SBAC para produtos e
sistemas de gestão nos setores identificados como prioritários
no Programa de Incentivos às Exportações -
PEE, do Governo Federal.
Índice
|
Memória de Cálculo
|
Índice de empresas exportadoras com certificação
de produto ou sistema de gestão – qualidade, ambiental,
etc.
|
Nº de empresas com certificação de produto
ou sistema de gestão no âmbito do SBAC que exportam
produtos identificados no PEE
|
Nº total de empresas que exportam produtos identificados
no PEE
|
3.2 Metodologia de Acompanhamento e Avaliação
do Plano de Ação Quadrienal
A metodologia desenvolvida prevê
duas etapas de avaliação da implementação
do Plano: a primeira, no nível operacional, é realizada
pelo próprio Inmetro, e a segunda, no nível estratégico,
envolve a direção do Inmetro e o CBAC. Na base teórica,
foram usados os conceitos de 5W e 1H (what, who, where, when, why
e how, respectivamente, o que, quem, onde, quando, por quê
e como) e do ciclo PDCA, de Deming (plan, do, check e act, respectivamente,
planejar, fazer, verificar e agir corretivamente). No Plano está
detalhado o quê deve ser feito e o por quê.
O como e onde estão contidos nos procedimentos de gestão
do Inmetro. Por meio de um cronograma de barras, detalhando as responsabilidades
e os prazos necessários para que as ações sejam
concluídas, têm-se o quem e o quando. O gerenciamento
da implementação do Plano de Ação Quadrienal
está apoiado na análise de três documentos,
o Relatório Mensal Detalhado, o Relatório Mensal Agregado
e o Relatório Informativo para a Sociedade.
O primeiro deles é o instrumento correspondente à
etapa C (verificação) do ciclo de Deming. Ele deve
conter o conjunto atualizado dos cronogramas de barras, elaborados
para cada um dos produtos, serviços, sistemas de gestão
e pessoal contemplados pelo Plano, juntamente com um texto analisando
os eventuais desvios e as dificuldades encontradas.
O Relatório Mensal Detalhado serve de base à tomada
de decisão acerca da necessidade ou não de ações
corretivas, tanto no nível operacional quanto no estratégico.
O resumo desse relatório, juntamente com as ações
corretivas a serem implementadas no nível estratégico
e o resultado da análise estratégica de novas demandas
e condicionamentos externos, deve compor o segundo documento, o
Relatório Mensal Agregado. Finalmente, as informações
geradas pelos resultados desse processo devem ser divulgadas, periodicamente,
para a sociedade, através do Relatório Informativo.
4. Implementação
do PBAC
A implementação do
PBAC requer o estabelecimento de Planos de Ação e
a tomada das providências necessárias para transformar
em resultados, as ações estratégicas propostas
na Parte I deste documento. Será necessário, em primeiro
lugar, formular detalhadamente as ações ainda não
iniciadas, identificando prazos, fontes de recursos e entidades
responsáveis pela execução das mesmas.
Considerando as necessidades de recursos humanos e financeiros,
uma das providências importantes será o estabelecimento
de prioridades a serem respeitadas nos respectivos cronogramas de
execução. Imediatamente após a conclusão
dos estudos de viabilidade técnica, a serem conduzidos pelo
Inmetro, no conjunto de demandas do Plano de Ação
Quadrienal 2004 – 2007, estudos estes que definirão os programas
de avaliação da conformidade que serão efetivamente
desenvolvidos, deve ser feito um levantamento das necessidades no
período, em termos de:
- padrões metrológicos;
- regulamentos;
- normas técnicas;
- laboratórios de ensaios credenciados;
- laboratórios de calibração
credenciados; e
- organismos de avaliação
da conformidade credenciados.
Esse mapeamento de necessidades no
médio prazo será de fundamental importância
para que se planejem ações e se aloquem recursos.
As ações representarão uma importante contribuição
para a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio
Exterior do Brasil. Estão também previstos o desenvolvimento
de estudos de viabilidade técnica sobre os temas abordados
no item "Outras Questões Estratégicas" e
os compromissos a serem assumidos para sua implementação
no âmbito do SBAC.
- AAQG -
American Aerospace Quality Group
- BCQ - Associação
Brasileira de Controle da Qualidade
- ABNT -
Associação Brasileira de Normas Técnicas
- ABNT/CB-25
Comitê Brasileiro da Qualidade
- ABNT/CB-38
Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental
- AC - Avaliação
da Conformidade
- APPCC -
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle
- CBAC -
Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade
- Cerflor
- Programa Brasileirode Certificação Florestal
- Conmetro
- Conselho Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial
- DPDC
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor
Ministério da Justiça
- EA - European
Cooperation for Accreditation
- Eurepgap
Euro Retailer Produce Working Group Good Agricultural Practice
- FGV - Fundação
Getúlio Vargas
- GNV - Gás
Natural Veicular
- IAAC
Interamerican Accreditation Cooperation
- IAF - International
Accreditation Forum
- IAQG -
International Aerospace Quality Group
- IATCA
International Auditor Training Certification Accreditation
- ILAC
International Laboratory Accreditation Cooperation
- Inmetro
- Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial
- ISO - International
Organization for Standardization
- ISO/CASCO
- Conformity Assessment Committee
- MEC - Ministério
da Educação
- MPE - Micro
e Pequenas Empresas
- Nace -
Nomenclatura Estatística de Atividades Econômicas
- OAC - Organismo
de Avaliação da Conformidade
- OCA - Organismo
de Certificação de Sistemas de Gestão Ambiental
- OCC
Organismo de Certificação Acreditado
- OCS - Organismo
de Certificação de Sistemas da Qualidade
- PBAC -
Programa Brasileiro de Avaliação da Conformidade
- PEE- Programa
de Incentivos às Exportações
- PEFC -
Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes
- RBMLQ -
Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - Inmetro
- SBAC -
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade
- SGA - Sistema
de Gestão Ambiental
- SGQ - Sistema
de Gestão da Qualidade
- Sinmetro
- Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial
- TIB
Tecnologia Industrial Básica
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