O presidente do Inmetro, Carlos Augusto de Azevedo, reuniu-se, na última quinta-feira (29.06), com o reitor do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Antonio Venâncio Castelo Branco, para discutir possibilidades de atuação conjunta entre dois órgãos.

Durante a reunião, começou a ser planejada a celebração de um Termo de Cooperação entre o Inmetro, o IFAM e o Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem-AM), que abarque diferentes planos de trabalho.

Um deles é a acreditação do laboratório do IFAM para ensaio de partes e peças de bicicletas. De acordo com o presidente Azevedo, o laboratório já conta com três importantes condições para o funcionamento – local equipamentos instalados e demanda – sendo importante passar pelo processo de acreditação para oferecer esse serviço à indústria. O presidente explica, ainda, que futuramente a estrutura pode evoluir para realizar, também, ensaios de componentes de motocicletas.

No encontro, também foi discutida a acreditação de laboratório para realização de ensaios na área de construção civil, em parceria com o Ipem-AM.
Outra provável linha de ação conjunta é a criação de cursos de graduação na área de saúde em São Gabriel da Cachoeira, no noroeste do Estado. O primeiro deverá ser de Enfermagem, que é a principal demanda apontada pela população local (composta, em grande parte, por tribos indígenas).

A ideia é que esses cursos sejam os primeiros do Brasil a terem, em sua grade curricular, disciplinas voltadas ao sistema de gestão da qualidade. “O curso já nasce com um diferencial enorme ao colocarmos conteúdos relacionados a metrologia, avaliação da conformidade, acreditação e superação de barreiras técnicas e ao serem voltados para a área indígena”, diz Azevedo, que defende que as aulas sejam ministradas em uma língua compreendida pela maior parte dos povos da região.

De acordo com o reitor do IFAM, já existe um curso técnico de Enfermagem e um centro de idiomas indígenas em São Gabriel da Cachoeira, que podem facilitar a execução do novo projeto. “A missão do Instituto é juntar o conhecimento tradicional ao científico”, afirmou.