.: Inmetro contribui para desenvolvimento da bioindústria na Amazônia :.

A Amazônia é a região de maior biodiversidade do planeta, com potencial de desenvolvimento de biotecnologias que podem ser aplicadas em diversas áreas, desde a produção de novos medicamentos até a melhoria de alimentos e a reprodução de espécies animais. O Inmetro, por meio da gestão do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), atua para que os produtos da região tenham cada vez mais valor agregado e superem barreiras técnicas ao comércio, oferecendo mais qualidade e confiança à indústria e ao mercado.

O CBA é um centro tecnológico que visa contribuir para o desenvolvimento da bioindústria no país, para a geração de conhecimento e de tecnologia de ponta, funcionando como um elo entre diversas instâncias governamentais, setor produtivo e comunidade científica. O Centro foi criado no âmbito do Ministério do Meio Ambiente (MMA), sendo gerido inicialmente pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Em 2015, o Inmetro assumiu a administração do CBA, a partir da assinatura de um Termo de Execução Descentralizada (TED). Desde então, foram contratos 62 bolsistas para alavancar a atuação do centro tecnológico.

De acordo com o pesquisador da Diretoria Aplicada às Ciências da Vida (Dimav), José Mauro Granjeiro, o trabalho volta-se, hoje, à recuperação da infraestrutura predial e de laboratórios do CBA, além da manutenção de equipamentos e da garantia de insumos essenciais para as atividades de pesquisa.

“A recuperação do CBA está fortemente focada na capacidade de prestação de serviço qualificado para a Amazônia, na identificação, na caracterização e na qualificação dos potenciais produtos da região”, afirmou Granjeiro, que é o representante do Inmetro no Comitê Gestor do CBA.

Entre os serviços especializados estão, por exemplo, a análise da qualidade da água e de alimentos, como o açaí, da composição química da castanha da Amazônia. Outra vertente potencial é a disponibilização de biomoléculas de produtos naturais para cosméticos, alimentos e medicamentos.

De acordo com Granjeiro, um dos testes fundamentais para a avaliação de alguns potenciais produtos é o toxicológico e o Inmetro, por meio da Dimav, contribui para a implantação de métodos alternativos ao uso de animais nesses processos. A Diretoria de Metrologia Científica e Tecnologia (Dimci), por sua vez, auxilia na caracterização físico-química dos produtos. “A missão é associar as competências técnicas do Inmetro às locais, do CBA, visando à melhor caracterização e agregando valor aos produtos da Amazônia. Os avanços atuais só estão sendo possíveis devido ao compromisso claro e forte do presidente do Instituto com esse projeto”, reforçou o pesquisador.