.: Inmetro e Ibama fecham acordo para uso do ARLA 32 :.

Aditivo para motores a diesel reduz emissão de gases poluentes terá certificação compulsória


O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) assinaram hoje, 13 de setembro, o Termo de Cooperação Técnica para a regulamentação da produção, comercialização e uso do ARLA 32, aditivo para motores a diesel que reduz as emissões de gases poluentes. A parceria foi assinada pelos presidentes das entidades, Abelardo Bayma Azevedo, do Ibama, e João Jornada, do Inmetro.

O ARLA 32 será introduzido no mercado brasileiro com base na Instrução Normativa nº 23/2009 do Ibama. Trata-se de uma solução aquosa de ureia técnica, não tóxica, produzida em laboratório, que reduz as emissões de óxido de nitrogênio (NOx) dos veículos equipados com motores a diesel. Esta redução ocorre por meio de uma reação química entre a ureia e o gás do motor decorrente do funcionamento.

“É muito importante para o Inmetro estar engajado em um projeto de grande importância, sobretudo que atenda à preocupação da sociedade com a questão do meio ambiente. Vamos definir os padrões e atuar na regulamentação dos detalhes técnicos, além de acompanharmos a fiscalização em todo o país. O produto que não estiver em conformidade não poderá ser comercializado”, comentou Jornada.

O ARLA 32 está classificado na categoria dos fluidos transportáveis de baixo risco, pois não é explosivo nem nocivo ao meio ambiente. A partir de 1º de janeiro de 2012, todos os veículos novos classificados como comerciais leves, pesados, semipesados e ônibus terão de usar o Arla 32. O produto estará disponível em postos de abastecimento, concessionárias e até mesmo em supermercados.

"O acordo firmado ontem para o Arla 32 é o primeiro de uma série de outras parcerias a serem firmadas com o Inmetro", afirmou Bayma Azevedo.

A certificação será obrigatória e, portanto, o produto deverá apresentar selo do Inmetro e do Ibama. “Sem esta solução o veículo não vai andar ou vai andar em condições bem precárias. A proporção é de que a cada cinco tanques de diesel será preciso usar um de ureia. É uma solução barata, que não vai impactar no preço do diesel. Nossa expectativa é uma significativa redução de NOx. A indústria já sabe das mudanças há um ano e prepara as adaptações para atender às exigências”, explicou Paulo Macedo, coordenador de resíduos e emissões do Ibama.

A Diretoria de Metrologia Científica e Industrial do Inmetro trabalha na definição do material de referência do Arla 32, assim como a Diretoria da Qualidade se encarrega do planejamento desde o processo de certificação até a fiscalização do produto. O acordo entre o Inmetro e o Ibama viabilizará a implementação das atividades de regulamentação, registro e fiscalização do ARLA 32, além da utilização da infraestrutura do Inmetro para análises técnicas a serem realizadas para a liberação da produção e da comercialização do agente. Devido à alta inovação tecnológica, a produção do ARLA 32 vai causar impacto em diversos setores da economia, incluindo as indústrias automobilística, química e de derivados de petróleo e combustíveis.

O mecanismo de Avaliação da Conformidade a ser utilizado será o de Certificação Compulsória de 3ª parte, com foco na proteção do meio ambiente e conforme ensaios previstos na Norma Internacional ISO 22241-2:2006 – Diesel Engines – NOx reduction agent AUS 32 – Part 2: Test methods.