.: Inmetro certifica Turismo de Aventura
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A cada ano cresce o número de turistas
interessados em praticar esportes. E a necessidade de fortalecer
a inserção do Brasil nos roteiros turísticos
internacionais, levou o Ministério do Turismo a criar o Projeto
de Normalização e Certificação em Turismo
de Aventura, para identificar os aspectos críticos da operação
responsável e segura dessa modalidade de turismo, além
de subsidiar o desenvolvimento de um sistema de normas para as diversas
atividades que compõem o setor.
Considerando o aumento contínuo, no País, de organizações
interessadas em implementar práticas de segurança
em turismo de aventura, de forma sistematizada e integrada aos seus
negócios, e a necessidade de dispor, para essas organizações
a possibilidade de ser certificada por um processo de avaliação
da conformidade, regulado pelo Sistema Brasileiro de Avaliação
da Conformidade (SBAC), o Inmetro publicou, de acordo com os requisitos
da norma ABNT NBR 15331, o regulamento de avaliação
da conformidade de sistema de gestão da segurança
em turismo de aventura, conforme a Portaria 159, de 29 de junho
de 2006. A certificação é voluntária.
Os riscos seriam minimizados se fosse tomada
uma série de cuidados
Levantamento feito pelo Instituto
da Hospitalidade, em 2005, sobre a normalização, certificação
e regulamentação em turismo de aventura no Brasil,
para subsidiar o Ministério do Turismo na formulação
de uma política de fomento para esse segmento no País,
analisou 2.039 organizações que trabalham em modalidades
de caminhada, cachoeirismo / canoismo, rafting, mergulho, rapel,
escalada, montanhismo, vôo livre, arvorismo e cavalgadas,
dentre outros. São atividades oferecidas comercialmente e
praticadas em ambientes naturais, rurais ou urbanos; a maioria por
empresas de pequeno e médio porte.
O IH não encontrou nenhum cadastro nacional com registros
de acidentes em turismo de aventura, a não ser levantamentos
de ocorrências registradas em delegacias e arquivo de imprensa
local, e dados disponíveis na Associação Férias
Vivas, referente a relatos pessoais e também da imprensa,
do período de 1993 a 2005.
Nesse levantamento verificou-se 57 ocorrências válidas,
com 82 vítimas. Cerca de 60% dos acidentes acontecem com
pessoas do sexo masculino; falhas humanas aparecem como o principal
fator de ocorrência de acidentes; 51% dos praticantes de atividades
turísticas de aventura preferem a prática por conta
própria; o procedimento mais comum de socorro é, geralmente,
no próprio local, e 40% são encaminhados ao hospital.
A principal conseqüência são lesões leves
sem necessidade de hospitalização, e um índice
de 4% de mortes ocorridas no local do acidente.
A segurança no turismo de aventura envolve os prestadores
de serviços, os clientes, procedimentos, sistemas de gestão
das empresas prestadores de serviços, logísticas locais
para buscas e salvamentos e atendimentos médicos, dentre
outros. Os riscos serão minimizados pela capacitação
das empresas, dos profissionais e também por uso de equipamentos
seguros.
O Ministério do Turismo define turismo de aventura como as
atividades turísticas decorrentes da prática de atividades
de aventura de caráter não competitivo.
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