Edição 13 - maio de 2018
Editorial
A Diraf em 2018: Cidades Inteligentes, gestão de pessoas, infraestrutura e muito mais
ALEX ASSIS
Diretor de Administração e Finanças
Até o final deste ano, quem circular pelo campus de Xerém deve começar a ver a mobilização para criação do Ambiente de Demonstração de Tecnologia para Cidades Inteligentes. Finalizamos o projeto básico e, em seguida, faremos o chamamento público para seleção das iniciativas.
Este é um projeto grande, protagonizado pelo Inmetro, juntamente com a ABDI, com o objetivo de trazer ganhos significativos para todo o País. A ideia por trás de sua concepção é otimizar recursos e usar a tecnologia em benefício das pessoas, constituindo um ecossistema que ofereça uma infraestrutura econômica, sustentável e humana.
Um dos objetivos do projeto é construir um show room no campus, aberto à visitação de prefeitos e gestores públicos, para verem na prática, o funcionamento em tempo real de tecnologias disponíveis às cidades. Nós ofereceremos insumos para que os chefes do executivo municipal tenham clareza do que é uma cidade inteligente, de quais serviços ela pode ter e de quais são os melhores fornecedores para esses serviços.
Também incluímos no escopo do projeto a transformação de prédios antigos em prédios inteligentes, com a inserção de tecnologias que permitam, por exemplo, controle de água, de eletricidade e de acesso. Faremos do prédio 20 um modelo desta iniciativa.
O grande trunfo do projeto é a relação de “ganha-ganha” que ele engendra. O setor produtivo tem interesse na iniciativa (já temos 143 soluções registradas, de mais de 110 empresas), bem como o setor público e os cidadãos.
Este não é, no entanto, o único projeto importante que será desenvolvido pela Diraf ao longo do ano. Na área de gestão de pessoas, iniciamos um grande projeto que pretende ser benchmark no serviço público brasileiro: o programa de incentivo à liderança feminina. Ele foi criado a partir da análise de que há no Inmetro, poucas mulheres ocupando posições de liderança formal, apesar de muitas serem reconhecidamente líderes em suas áreas.
A primeira ação foi o Painel de Liderança Feminina que discutiu questões como preconceito, dupla jornada, assédio moral, entre tantas outras dificuldades que as mulheres atravessam no dia a dia. Nossa ideia é trazer uma nova visão aos homens e às mulheres, rompendo as barreiras que dificultam a ascensão delas às posições de liderança.
Outra iniciativa importante em andamento é o dimensionamento da força de trabalho, com a primeira etapa concluída em fevereiro e que terá andamento com a publicação da Portaria Presi nº231, no dia 15 de maio.
Ainda no que diz respeito à gestão de pessoas, fizemos pedido de novo concurso público com 435 vagas e temos por objetivo implementar avanços estruturais em toda a carreira - para tanto, investiremos aproximadamente R$550 mil só neste ano. Pois uma mudança de mentalidade começa com treinamento e capacitação do nosso principal patrimônio: a força de trabalho. Vale lembrar que é um montante significativo, se levarmos em consideração que nos últimos 3 anos foi de R$ 265 mil – menos da metade de 2018 -, por conta do contingenciamento. Teremos ainda, um novo processo seletivo para estagiários em junho, programa que foi reativado no ano passado por nossa gestão.
É importante ressaltar que, em 2017, aumentamos a arrecadação em R$ 90 milhões e a economia em R$ 49 milhões, o que significa um ganho real de quase R$140 milhões ao erário. E, apesar das restrições orçamentárias, obtivemos grandes resultados.
Na área de infraestrutura, por exemplo, resolvemos problemas de umidade e de refrigeração nos laboratórios da Dimci e da Dimel e adquirimos uma nova central telefônica. Também trabalhamos na infraestrutura elétrica do campus e fizemos a contratação para construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Esses são só alguns exemplos, entre tantos outros que poderíamos citar das ações realizadas e planejadas para melhorar a estrutura de trabalho.
Para atender demandas recentes e importantíssimas no serviço público, criamos dois novos núcleos de trabalho na Diraf. Um deles chamamos de Centro de Inovação e Sustentabilidade (CIS) e desenvolverá ações relacionadas a ecologia, meio ambiente e integração com a comunidade, além de ficar à frente da implementação do Plano de Logística Sustentável do Governo Federal. Um projeto que temos para o futuro é a criação de um jardim botânico no terreno que fica na saída do Inmetro, do lado direito, para acesso à comunidade do entorno.
Outro núcleo planejado é o Centro de Integridade e Transparência (CIT), que irá atender todo o Inmetro, verificando se as diversas etapas dos processos foram instruídas corretamente, oferecendo mais segurança aos gestores na assinatura de contratos e convênios. Nesta seara, criaremos uma sala filmada de pregões eletrônicos, com transmissão ao vivo, pelo site do Instituto, dando mais transparência aos processos.
Por fim, vale pontuar que o edital da licitação para contratação de um restaurante para atender o campus será lançado em julho. Nós entendemos o anseio de toda a força de trabalho e o tempo decorrido deve-se ao tamanho do desafio de criar um projeto viável, que atenda o Inmetro e seus funcionários da forma que eles merecem.