.: Queijo Minas tipo Frescal
:.
Resumo da Análise
Normas e Documentos de Referência
Metodologia da Análise
Laboratórios
Resultado das Análises
Informações sobre as Marcas Analisadas
Conseqüências
Resumo da Análise
Em 24/03/97, foi concluída análise em queijo
de minas tipo frescal, em um total de 13 marcas, compradas em 5
estados do país, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro
e São Paulo. De cada marca foram compradas 3 amostras e realizadas
análises quanto a presença de Salmonella sp, Staphylococcus Aureos
e Coliformes fecais.
Normas e Documentos de Referência
Foi verificada a conformidade das amostras
em relação aos ensaios previstos na Portaria 001/87 DINAL/M.S.,
que estabelece padrões de identidade e qualidade para os queijos
de minas, tipo frescal.
Metodologia da Análise
Foram realizados, ensaios em três amostras
de queijo de minas de cada fabricante. Em cada amostra, foram realizadas
pesquisas de Salmonella sp, Staphylococcus Aureos e Coliformes fecais,
sendo que estas bactérias, dependendo dos níveis nas quais forem
encontradas, podem causar riscos à saúde.
A bactéria Staphylococcus Aureos produz
uma toxina que, quando ingerida, causa, em um prazo de tempo que
varia de 30 minutos à 8 horas, intoxicação alimentar, provocando
náuseas, vômitos e diarréia. Além disso essa bactéria pode causar
as feridas, vulgarmente conhecidas como furúnculos.
A presença de coliformes fecais, denota
que ocorreu, no produto, contaminação de origem fecal, sendo esta
bactéria encontrada nas fezes do homem ou em animais de sangue quente.
Esta bactéria pode ser veículo de transmissão de doenças como a
hepatite ou a cólera ou agente causador de problemas gastro-intestinais.
A bactéria Salmonella sp que é ,dentre as
pesquisadas, a causadora de problemas mais graves a saúde, não foi
encontrada em nenhuma das amostras.
Laboratório
Os ensaios foram efetuados no Laboratório
da Baktron Microbiologia, localizado nas dependências da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, com tradição em análise microbiológica.
Resultado das Análises
1. Coliformes Fecais
2. Staphylococcus Aureos
3. Salmonella sp
Queijo de Minas Frescal
|
Marca
|
Amostra 1 (bactérias detectadas acima do nível permitido)
|
Amostra 2 (bactérias detectadas acima do nível permitido)
|
Amostra 3 (bactérias detectadas acima do nível permitido)
|
A
|
Produto Impróprio para o Consumo
|
1
|
Produto Impróprio para o Consumo
|
1
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
B
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
C
|
Produto Impróprio para o Consumo
|
1
|
Produto em condições higiênicas insatisfatórias
|
1
|
Produto inaceitável para o consumo direto
|
1
|
D
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
E
|
Produto Impróprio para o Consumo
|
1
|
Produto de Acordo com os Padrões legais
vigentes
|
----
|
Produto de Acordo com os Padrões legais
vigentes
|
-----
|
F
|
Produto Impróprio para o Consumo
|
1
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
G
|
Produto em condições higiênicas insatisfatórias
|
1
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto de Acordo com os Padrões legais
vigentes
|
----
|
H
|
Produto de Acordo com os Padrões legais
vigentes
|
----
|
Produto de Acordo com os Padrões legais
vigentes
|
----
|
Produto em condições higiênicas insatisfatórias
|
2
|
I
|
Produto Impróprio para o Consumo
|
1,2
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto Impróprio para o Consumo
|
1,2
|
J
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto em condições higiênicas insatisfatórias
|
1,2
|
L
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
M
|
Produto em condições higiênicas insatisfatórias
|
1
|
Produto Impróprio para o Consumo
|
1
|
Produto em condições higiênicas insatisfatórias
|
1
|
N
|
Produto Potencialmente capaz de causar
toxinfecção alimentar
|
1,2
|
Produto Impróprio para o Consumo
|
1
|
Produto Impróprio para o Consumo
|
1
|
Cabe esclarecer que a amostra classificada,
pela Portaria do Ministério da Saúde, como "Produto em Condições
Higiênicas Insatisfatórias", não a torna imprópria para o consumo,
ou seja o consumidor que ingerisse esta amostra não estaria pondo
em risco a sua saúde. O resultado dessa amostra serve de alerta
ao fabricante, ao distribuidor e ao comerciante, para que maiores
cuidados sejam tomados.
Todos os fabricantes, que entraram em contato
com o Inmetro, enviaram laudos microbiológicos, de laboratórios
Públicos ou Privados, nos quais os seus produtos, coletados dentro
da fábrica, estão de acordo com os parâmetros da Portaria 001/87
da Secretaria de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde. Na
análise, gerenciada pelo Inmetro, as amostras compradas nos pontos
de venda, apresentaram-se, na grande maioria, em desacordo com a
Portaria citada. Portanto, os resultados das análises apontam indícios
de deficiências no sistema de distribuição e comercialização desses
produtos, ou seja, fica claro a presença de impropriedades nas amostras
analisadas, mas o consumidor deve atentar para o fato de que, a
mesma marca que teve as suas amostras não conformes, pode ser encontrada
em situação de conformidade, dependendo dos cuidados adotados na
distribuição e comercialização.
Por isso, o consumidor deve verificar as
condições nas quais esse produto lhe é oferecido, ou seja, verificar
se no ponto de venda o produto está refrigerado adequadamente, se
está sendo oferecido dentro do prazo de validade, assim como se
a sua embalagem está inviolada, e também o consumidor não deve deixar
o produto, por ele comprado, exposto a temperatura ambiente por
tempo prolongado.
De um modo geral fica clara a existência
de dificuldades quanto ao cumprimento do Código de Defesa do Consumidor,
pelo setor. Ressalta-se o fato de que, segundo este Código, os fabricantes,
distribuidores e comerciantes são responsáveis pelo produto, até
a compra pelo consumidor final.
Cabe ao Inmetro, juntamente com o Ministério
da Saúde e o Ministério da Agricultura, reunir os fabricantes, distribuidores
e comerciantes, com vistas à implementar um programa de melhoria
da qualidade neste setor
Os indícios de problemas na distribuição
e comercialização significam que as não conformidades encontradas
nas amostras analisadas podem ser extensivas às marcas não analisadas.
Esse tipo de esclarecimento se faz necessário no sentido de informar
que a simples troca da marca comprada não resolverá o problema,
mas sim um aprimoramento das práticas de distribuição e comercialização,
para garantir que a qualidade do produto seja mantida das fábricas
até o consumidor final.
Com relação às informações
contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, você vai observar
que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um
período de 90 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
- As informações geradas pelo Programa
de Análise de Produtos são pontuais, podendo ficar desatualizadas
após pouco tempo. Em vista disso, tanto um produto analisado e
julgado adequado para consumo pode tornar-se impróprio, como o
inverso, desde que o fabricante tenha tomado medidas imediatas
de melhoria da qualidade, como temos freqüentemente observado.
Só a certificação dá ao consumidor a confiança de que uma determinada
marca de produto está de acordo com os requisitos estabelecidos
nas normas e regulamentos técnicos aplicáveis. Os produtos certificados
são aqueles comercializados com a marca de certificação do Inmetro,
objetos de um acompanhamento regular, através de ensaios, auditorias
de fábricas e fiscalização nos postos de venda, o que propicia
uma atualização regular das informações geradas.
- Após a divulgação dos resultados, promovemos
reuniões com fabricantes, consumidores, laboratórios de ensaio,
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnica e outras entidades
que possam ter interesse em melhorar a qualidade do produto em
questão. Nesta reunião, são definidas ações para um melhor atendimento
do mercado. O acompanhamento que fazemos pode levar à necessidade
de repetição da análise, após um período de, aproximadamente,
de 1 ano. Durante o período em que os fabricantes estão se adequando
e promovendo ações de melhoria, julgamos mais justo e confiável,
tanto em relação aos fabricantes quanto aos consumidores, não
identificar as marcas que foram reprovadas.
- Uma última razão diz respeito ao fato
de a Internet ser acessada por todas as partes do mundo e informações
desatualizadas sobre os produtos nacionais poderiam acarretar
sérias conseqüências sociais e econômicas para o país.
Conseqüências
DATA
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AÇÕES
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30/03/1997
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Divulgação no Programa Fantástico
da Rede Globo de Televisão
|
31/03/1997
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Divulgação no Jornal O Estado de São
Paulo/SP
|
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Criação do Programa da Qualidade Leite
Brasil, objetivando a melhoria da qualidade dos produtos
de leite e derivados.
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Fevereiro/1999
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Repetição da análise de conformidade
de amostras de Leite e Queijos
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