.: Martelo de Aço - Ferramenta Manual
(III) :.
Objetivo
Justificativa
Normas e Documentos de Referência
Marcas Analisadas
Informações sobre
as Marcas analisadas
Laboratório Responsável
pelos Ensaios
Ensaios Realizados e Resultados
Obtidos
Providências
Objetivo
A apresentação dos resultados
obtidos nos ensaios realizados em Ferramentas Manuais
Martelo de Aço é parte integrante dos trabalhos do Programa
de Análise de Produtos desenvolvido pelo Inmetro e que tem por objetivos:
- prover mecanismos para que o Inmetro
mantenha o consumidor brasileiro informado sobre a adequação
dos produtos aos Regulamentos e às Normas Técnicas, contribuindo
para que ele faça escolhas melhor fundamentadas, tornando-o
mais consciente de seus direitos e responsabilidades;
- fornecer subsídios para a indústria
nacional melhorar continuamente a qualidade de seus produtos;
- diferenciar os produtos disponíveis
no mercado nacional em relação à sua qualidade, tornando a concorrência
mais equalizada;
- tornar o consumidor parte efetiva deste
processo de melhoria da qualidade da indústria nacional.
Deve ser destacado que estes ensaios não
se destinam a aprovar marcas ou modelos de produtos. O fato das
amostras analisadas estarem ou não em conformidade com as especificações
contidas em uma norma/regulamento técnico, indica uma tendência
do setor em termos de qualidade, em um determinado tempo. A partir
dos resultados obtidos, são definidas, em articulação com as partes
interessadas, as ações necessárias de apoio aos setores produtivos
na busca da melhoria da qualidade dos produtos, tornando o produto
nacional mais competitivo e contribuindo para que o consumidor tenha,
a sua disposição no mercado, produtos adequados às suas necessidades.
Justificativa:
A análise de conformidade realizada no
produto Martelo de Aço vai ao encontro do Procedimento Geral
do Programa de Análise de Produtos do Inmetro quanto à seleção dos
produtos, priorizando aqueles de consumo intensivo e extensivo pela
sociedade e que estejam relacionados à questões que envolvam a segurança
dos usuários.
O Inmetro selecionou para essa análise os três tipos de Ferramentas
Manuais mais comuns, que podem ser encontrados em toda residência
e que se destinam a realizar pequenos trabalhos caseiros. São elas:
o alicate universal, a chave de fenda e o martelo de aço.
Outro dado apresentado nesse relatório
será um comparativo entre os desempenhos dos produtos nacionais
e os de origem estrangeira durante os ensaios realizados, com o
objetivo de avaliar o comportamento da indústria nacional do setor
de ferramentas em resposta à entrada de produtos importados.
Com a divulgação dos resultados das análises
de conformidade realizadas, o Inmetro espera fornecer informações
que poderão orientar os consumidores em suas futuras decisões de
compra e subsídios suficientes para que o setor identifique possíveis
falhas no processo produtivo e adote medidas visando a melhoria
da qualidade dos produtos.
Normas e Documentos de Referência
Para a realização dos ensaios foram utilizadas
as seguintes normas de referência:
- NBR 10.760, de outubro de 1989: Martelo
de Aço - Especificações
- NBR 10.762, de outubro de 1989: Cabos
de Madeira para Martelos Especificação
- NBR 10.764, de outubro de 1989: Cabos
de Madeira para Martelos até 2 kg - Dimensões
- NBR 10.761, de outubro de 1989: Olhal
de Martelo Dimensões
As normas NBR 10.762 e NBR 10.764 estabelecem
parâmetros para cabos de madeira para martelos de aço de até 2kg
comercializados separadamente da cabeça do martelo, considerando-os
como peças individuais e não como parte de um conjunto. Segundo
o laboratório, ao separar o cabo do restante da ferramenta, este
sofre deformações que o descaracterizam, inviabilizando a realização
de determinados ensaios. Portanto, alguns dos ensaios descritos
nessas normas não puderam ser realizados pois aplicam-se apenas
ao cabo e não à ferramenta montada.
Esse relatório contém observações que darão
maiores detalhes sobre os ensaios e sua aplicabilidade.
Laboratório Responsável pelos Ensaios
Os ensaios nas amostras de martelo de
aço foram realizados pelo Laboratório de Ensaios Mecânicos
e Metalurgia e pelo Laboratório de Metrologia Dimensional
do Instituto de Pesquisas e Estudos Industriais da Faculdade de
Engenharia Industrial - FEI, localizada em São Bernardo do Campo,
São Paulo.
Cabe ressaltar que o laboratório responsável
pela realização dos ensaios dimensionais possui credenciamento junto
à Rede Brasileira de Calibração - RBC do Inmetro.
Os laboratórios integrantes da RBC têm
assegurada a rastreabilidade de suas medidas a padrões nacionais,
através da calibração dos seus padrões de referência diretamente
pelo Laboratório Nacional de Metrologia - LNM.
Marcas Analisadas
A análise foi precedida de uma pesquisa
de mercado realizada em 11 (onze) Estados: Goiás, Pará, Rondônia,
Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito
Santo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná, e identificou 51 (cinqüenta
e uma) diferentes marcas de Martelo de Aço do tipo Unha,
dentre as quais, 17 (dezessete) importadas.
Considerando que uma das diretrizes do
Programa é analisar a tendência da conformidade do produto, não
é necessário analisar todas as marcas disponíveis no mercado nacional.
Foram selecionadas, com base na dispersão geográfica e na tradição
e participação no mercado nacional, 15 (quinze) marcas de Martelo
de Aço, 08 (oito) nacionais e 07 (sete) importadas para serem
submetidas aos ensaios de conformidade.
A tabela I relaciona os fabricantes/importadores
que tiveram amostras de seus produtos analisadas.
Tabela
I
Marca/Modelo
|
Tipo do Cabo
|
Origem
|
A
|
Madeira
|
Espanha
|
B
|
Plástico com punho
de borracha
|
China
|
C
|
Madeira
|
SP
|
D
|
Madeira
|
MG
|
E
|
Madeira
|
RS
|
F
|
Madeira
|
G
|
Plástico com punho
de borracha
|
Importada |
H |
Madeira
|
Importada |
I |
Metal com punho
de borracha
|
China
|
J |
Madeira
|
China
|
K |
Madeira
|
SP
|
L |
Madeira
|
MG
|
M |
Madeira
|
RS
|
N |
Madeira
|
RS
|
O |
Madeira
|
China
|
Observações:
- Os martelos de aço identificados
como "B" e "H" não traziam nenhuma marca que
os identificasse e foram nomeados, respectivamente, com base no
ponto de venda onde as amostras foram adquiridas e no fornecedor
do produto no Brasil.
- O fabricante ou importador das
amostras de martelo de aço "H" não pôde ser identificado
e seguindo orientação do Código de Defesa do Consumidor que declara,
em seu artigo 13, que "O comerciante é igualmente responsável
... quando o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador
não puderem ser identificados", a responsabilidade pelo produto
recaiu sobre o ponto de venda.
Com relação às informações
contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, você vai observar
que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um
período de 90 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
- As informações geradas pelo Programa
de Análise de Produtos são pontuais, podendo ficar desatualizadas
após pouco tempo. Em vista disso, tanto um produto analisado e
julgado adequado para consumo pode tornar-se impróprio, como o
inverso, desde que o fabricante tenha tomado medidas imediatas
de melhoria da qualidade, como temos freqüentemente observado.
Só a certificação dá ao consumidor a confiança de que uma determinada
marca de produto está de acordo com os requisitos estabelecidos
nas normas e regulamentos técnicos aplicáveis. Os produtos certificados
são aqueles comercializados com a marca de certificação do Inmetro,
objetos de um acompanhamento regular, através de ensaios, auditorias
de fábricas e fiscalização nos postos de venda, o que propicia
uma atualização regular das informações geradas.
- Após a divulgação dos resultados, promovemos
reuniões com fabricantes, consumidores, laboratórios de ensaio,
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnica e outras entidades
que possam ter interesse em melhorar a qualidade do produto em
questão. Nesta reunião, são definidas ações para um melhor atendimento
do mercado. O acompanhamento que fazemos pode levar à necessidade
de repetição da análise, após um período de, aproximadamente,
de 1 ano. Durante o período em que os fabricantes estão se adequando
e promovendo ações de melhoria, julgamos mais justo e confiável,
tanto em relação aos fabricantes quanto aos consumidores, não
identificar as marcas que foram reprovadas.
- Uma última razão diz respeito ao fato
de a Internet ser acessada por todas as partes do mundo e informações
desatualizadas sobre os produtos nacionais poderiam acarretar
sérias conseqüências sociais e econômicas para o país.
Ensaios Realizados e Resultados Obtidos
A partir da seleção das marcas e da solicitação
do laboratório responsável pelos ensaios, foi enviada orientação
de compra para os órgãos pertencentes à Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ (Institutos de Pesos e Medidas e Superintendências
do Inmetro) para que fossem adquiridas 04 (quatro) unidades de cada
marca de Martelo de Aço tipo Unha, a fim de submetê-las aos
ensaios de conformidade descritos pelas normas técnicas pertinentes.
Verificação das
Marcações
De acordo com o artigo 6º, do Código de
Defesa do Consumidor, é direito básico do consumidor ter acesso
à "informação adequada e clara sobre os diferentes produtos
e serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade e preço ...".
Segundo a norma NBR 10.764, específica
para cabos de madeira, nos cabos devem constar as seguintes informações:
- O termo "Cabo"
- Comprimento do cabo, em milímetros
- Classificação da qualidade do cabo (A,
B, C)
- Acabamento da superfície do cabo
- Número da norma
Por exemplo:
A designação de um cabo de madeira para martelo até 2kg, de comprimento
l=320mm, classe de qualidade B, pintado, é: Cabo 320 x B x pin x
NBR 10.764.
A norma não deixa claro se tais informações
devem constar nos cabos apenas quando são comercializados separadamente,
ou se elas também devem estar presentes quando fixados à cabeça
de aço, compondo o conjunto da ferramenta manual, como geralmente
é encontrada no mercado.
Nenhuma das marcas analisadas apresentaram
todas as informações descritas pela norma. A única informação que
foi encontrada em 10 (dez) das 15 (quinze) marcas analisadas refere-se
ao comprimento do cabo.
Outra dificuldade detectada refere-se à
verificação da classe da qualidade da madeira utilizada para fabricação
do cabo. Além de não trazer essa marcação, os ensaios descritos
pela norma que definem as propriedades físicas e mecânicas da madeira
só podem ser realizados no cabo, antes do processo de encabamento
(fixação do cabo ao olhal do martelo).
Durante o processo de encabamento, a madeira
sofre deformações que a descaracterizam. Retirar o cabo do olhal
significa deformá-la ainda mais, o que impede que sejam avaliados
segundo os parâmetros normativos.
Em função do descrito, a conformidade das
amostras não pôde ser avaliada, conferindo aos resultados do ensaio
de Verificação das Marcações caráter meramente informativo.
Estado e Acabamento
das Superfícies
Esse ensaio verifica através de inspeção
visual, se a superfície das amostras de martelo de aço tipo unha
oferecem algum risco à segurança do usuário, principalmente, durante
o manuseio da ferramenta.
Em relação a esse critério, as amostras
de martelo de aço devem apresentar as seguintes características:
Cabeça:
- Ausência de defeitos como trincas, porosidade
ou rebarbas;
- Superfície polida;
- Proteção com verniz ou anticorrosivo
equivalente.
Nesse ensaio, das 15 (quinze)
marcas analisadas, 04 (quatro) foram consideradas não conformes,
pois apresentavam polimento apenas na região da face
do martelo, superfície que entra em contato com o material a ser
trabalhado, ou seja, local com o qual são dadas as pancadas.
Todas as amostras foram consideradas
conformes em relação aos demais requisitos desse ensaio.
Cabo de Madeira:
- Deve ser fabricado de madeira
- Ausência de cascas, rachaduras ou pontos
afetados por insetos
- Deve ser usinado, alisado (lixado)
- Deve ser oleado, envernizado, pintado
ou alguma proteção anticorrosiva
Das 15 (quinze) marcas analisadas,
o cabo de 03 (três) delas foram considerados não conformes, pois
não apresentavam proteção anticorrosiva em suas superfícies.
As demais marcas foram consideradas
conformes em relação a esse requisito.
Os cabos de todas as marcas apresentavam
sua superfície alisada (lixada) e, portanto, foram consideradas
conformes.
As amostras da marca "H"
foram consideradas não conformes, pois seus cabos apresentam pontos
afetados por insetos, o que é indicativo de que o fabricante não
exerce controle da qualidade eficaz da matéria-prima (madeira) utilizada
para fabricação do produto. A madeira que apresenta irregularidades
dessa natureza tem sua resistência mecânica reduzida nesses pontos
e nas áreas próximas a eles.
Cabe ser ressaltado fato observado pela
análise dos resultados obtidos e pelas características das amostras
submetidas a esse ensaio. Das 15 (quinze) marcas analisadas, 12
(doze) possuem o cabo feito de madeira, 02 (duas) têm cabo de plástico
e empunhadura de borracha e 01 (uma), tem cabo de metal e empunhadura
de borracha.
De acordo com os parâmetros normativos,
que determinam que os cabos têm de ser feitos de madeira, essas
03 (três) marcas deveriam ser consideradas não conformes. Entretanto,
por não se tratar de característica que esteja relacionada a questões
que envolvam a segurança do usuário, essa não conformidade foi desconsiderada.
A presença de martelos com cabos feitos
de materiais diferentes da madeira pode ser um indício de uma nova
tendência do setor de ferramentas manuais. Como a norma foi elaborada
a mais de 10 (dez) anos, a comissão de estudos da Associação Brasileira
de Normas Técnicas ABNT deve ser reativada com o objetivo
de avaliar se essa modificação representa evolução tecnológica do
setor e, portanto, a possibilidade de revisão desse parâmetro na
norma é um ponto a ser considerado.
Montagem do Cabo
Encabamento
A realização desse ensaio visa verificar
a fixação do cabo, independente do material utilizado na fabricação,
à cabeça do martelo de aço, processo denominado encabamento.
De acordo com a norma técnica: "O cabo deve ser rigorosamente
fixado ao martelo através do olhal, por meio de uma cunha de metal
... de tal forma que não haja escorregamento, nem vestígios de oscilação".
A fixação adequada do cabo diminui o risco
da cabeça do martelo se soltar, oferecendo riscos à segurança do
usuário, principalmente, nos movimentos bruscos empreendidos durante
a realização de trabalhos com ferramentas manuais dessa natureza.
A conformidade aos parâmetros é verificada
pela dificuldade oferecida pelas amostras em se retirar o cabo do
interior do olhal do martelo. Das 15 (quinze) marcas, 03 (três)
foram consideradas não conformes:
- As amostras das marcas"L"
e "O",
ambas com cabo de madeira, apresentaram oscilações do cabo
na região do olhal do martelo.
- Na marca "I",
com cabo de metal, a irregularidade detectada pode ser
considerada mais crítica, pois o cabo pôde ser removido apenas
utilizando-se a força das mãos.
As demais marcas foram consideradas
conformes.
Nesse ensaio cabe uma observação relacionada
ao método utilizado pelos fornecedores dos produtos (nacionais e
importados) para fixação do cabo ao martelo e a sua conformidade
aos parâmetros normativos.
Segundo a norma técnica, essa fixação deve
ser feita "... por meio de uma cunha de metal ...",
objeto utilizado para abrir fendas em pedra e madeira e com o auxílio
do qual fixa-se o cabo ao martelo. Entretanto, das 15 (quinze) marcas
analisadas, 08 (oito) utilizam resina como método para fixação
do cabo ao olhal que foi considerado pelo laboratório mais eficiente
do que o método descrito na norma e, por isso, a não conformidade
foi desconsiderada.
Outro fato que deve ser relatado é que
as amostras consideradas não conformes nesse ensaio apresentavam
fixação por meio de cunha de metal, com exceção da marca "i",
em que o cabo não era fixado, apenas encaixado no olhal.
Portanto, a utilização da resina parece
ser uma tendência do setor e que deve ser levada em consideração
no caso de uma revisão da norma vigente.
Teor de
Umidade
Outra característica verificada nesse ensaio
foi a determinação do teor de umidade da madeira utilizada para
fabricação do cabo, a fim de verificar sua higroscopicidade, ou
seja, a sua propriedade de absorver vapor de água do ambiente. Caso
a madeira seja muito higroscópica, ou seja, absorva muita água,
ela tende a inchar e a perder resistência mecânica.
Todas as amostras analisadas
foram consideradas conformes.
Cabe observar que somente as amostras com
cabo de madeira puderam ser submetidas a esse ensaio.
Dureza (Unha e
Face)
Esse ensaio determina a dureza das amostras
analisadas, ou seja, a resistência oferecida pelas partes principais
do martelo, unha e face, à deformação permanente. A unha
é a área do martelo que possui forma de "garra" e é habitualmente
utilizada para retirar pregos e outros objetos fincados em madeira.
A face é a região com a qual se dá as pancadas.
A determinação da dureza dos metais é um
método de controle da qualidade muito importante na indústria para
verificação das condições de fabricação, tratamento térmico, uniformidade
dos materiais utilizados, etc.
Segundo a norma técnica: "As durezas
... devem estar entre 50 HRC, no mínimo, e 58 HRC, no máximo, constatadas
em três pontos distintos. A profundidade de tratamento deve ser
de 3mm no mínimo, ao fim da qual deve ter uma dureza de 44 HRC no
mínimo", ou seja, até a profundidade de 3 mm, o aço deve
ter uma dureza entre 50 e 58 HRC e, para profundidades maiores,
a dureza mínima deve ser de 44 HRC. Em ambos os casos, a dureza
é medida em três diferentes pontos.
A tabela II descreve os parâmetros normativos
e os resultados obtidos pelo ensaio de dureza, considerando as incertezas
das medições.
Tabela
II
|
Valores das
Durezas Medidas (HRC)
|
|
Unha (profundidade
até 3mm)
|
Unha (profundidade
> 3mm)
|
Face (profundidade
até 3mm)
|
Face (profundidade
> 3mm)
|
|
50 HRC <
dureza
< 58 HRC)
|
dureza >
44 HRC
|
50 HRC <
dureza
< 58 HRC)
|
dureza >
44 HRC
|
Marcas
|
1º Ponto
|
2º Ponto
|
3º Ponto
|
1º Ponto
|
2º Ponto
|
3º Ponto
|
1º Ponto
|
2º Ponto
|
3º Ponto
|
1º Ponto
|
2º Ponto
|
3º Ponto
|
A
|
54,5
|
55,0
|
55,1
|
54,2
|
54,0
|
53,8
|
54,5
|
55,0
|
54,5
|
56,0
|
55,0
|
55,5
|
B
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
45,0
|
58,5
|
43,0
|
45,5
|
43,5
|
48,5
|
C
|
20,0
|
24,0
|
26,5
|
45,0
|
45,4
|
43,0
|
55,5
|
50,8
|
55,8
|
51,0
|
44,5
|
50,3
|
D
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
E
|
50,0
|
50,5
|
50,0
|
58,0
|
56,0
|
51,8
|
59,0
|
60,0
|
60,0
|
58,0
|
57,0
|
47,0
|
F
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
51,5
|
53,0
|
50,0
|
47,5
|
47,2
|
49,0
|
G
|
51,8
|
50,5
|
52,2
|
51,0
|
50,0
|
50,8
|
54,5
|
54,0
|
54,1
|
52,9
|
50,5
|
53,5
|
H
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
I
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
J
|
46,0
|
47,0
|
46,0
|
24,5
|
21,0
|
20,0
|
56,0
|
51,0
|
33,0
|
30,2
|
<
20,0
|
<
20,0
|
K
|
30,0
|
33,0
|
35,8
|
27,2
|
27,8
|
23,0
|
49,5
|
51,0
|
46,0
|
46,8
|
50,0
|
44,5
|
L
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
<
20,0
|
M
|
49,5
|
51,5
|
50,0
|
49,5
|
50,5
|
52,5
|
53,2
|
51,2
|
52,0
|
52,0
|
52,0
|
50,0
|
N
|
49,0
|
51,5
|
54,5
|
55,2
|
57,2
|
56,8
|
57,5
|
57,8
|
58,0
|
57,0
|
57,0
|
56,5
|
O
|
20,0
|
20,0
|
20,0
|
22,0
|
20,8
|
22,2
|
58,0
|
56,8
|
57,1
|
56,5
|
56,5
|
55,8
|
Observação:
As células hachuradas correspondem
aos valores de dureza que ficaram abaixo do valor mínimo da escala
utilizada para medição, indicando que o metal utilizado para fabricação
da ferramenta pode apresentar deformação quando submetido a esforços
de trabalho.
Das 15 (quinze) marcas analisadas,
10 (dez), o que corresponde a cerca de 67% (sessenta e sete por
cento) do total, foram consideradas não conformes, pois apresentaram,
pelo menos, um dos valores de dureza abaixo do limite mínimo estabelecido
pela norma.
Esse resultado indica que o metal utilizado
para fabricação das amostras de martelo analisadas tende a apresentar
deformações, ou seja, a amassar, quando submetido aos esforços de
trabalho para ferramentas dessa natureza, principalmente se o material
com o qual se trabalha apresentar dureza mais elevada que a da amostra.
Dentre essas marcas, cabe destacar aquelas
cujo valor numérico da dureza encontrado não pôde ser expresso,
pois apresentava-se fora da escala de medição utilizada. Sete
marcas, ou seja, 70% (setenta por cento) das marcas consideradas
não conformes apresentaram valor da dureza abaixo de 20 HRC.
As demais marcas foram consideradas
conformes.
Massa do Martelo
Este ensaio determina a massa das amostras
de martelo analisadas. Neste caso, entende-se por martelo apenas
a cabeça de aço.
Com a padronização da massa, em conjunto
com o estabelecimento das dimensões padrões, pretende-se definir
a ferramenta manual que ofereça melhor manejabilidade e empunhadura,
com a qual o usuário exerça o menor esforço físico possível.
Destacamos o fato de que apenas as amostras
que indicavam a massa puderam ser submetidas a esse ensaio. Como
a indicação dessa característica não é obrigatória, outro ponto
que indica a necessidade de revisão da norma, pois essa informação
deveria ser obrigatória, as demais marcas não foram consideradas
não conformes, e sim, não aplicáveis ao ensaio em questão. Para
essas marcas, a indicação da massa obtida durante o ensaio passa
a ter caráter meramente informativo.
Das 15 (quinze) marcas analisadas, apenas
03 (três) indicavam a massa da cabeça do martelo. Para elas, os
resultados obtidos são conclusivos.
Das 03 (três) marcas aptas para serem
submetidas a esse ensaio, 02 (duas) foram consideradas não conformes,
pois a massa determinada pelo ensaio estava acima da tolerância
máxima estabelecida pela norma, ou seja, os martelos eram mais pesados.
A tabela III descreve as tolerâncias estabelecidas
pela norma para cada faixa de massa do martelo.
Tabela
IV
Massa do Martelo (M)
|
Tolerâncias Admissíveis (g)
|
Até 200g
|
± 0,1 x M
|
200g < M £ 1.000g
|
± (10 + 0,05 x M)
|
1.000g < M £ 2.000g
|
± (20 + 0,04 x M)
|
M > 2.000g
|
± (30 + 0,035 x M)
|
A tabela V a seguir descreve a massa declarada
pelos fornecedores do produto, as tolerâncias, os resultados do
ensaio para todas as marcas e a conclusão.
Tabela V
Marcas
|
Massa Declarada
pelo Fornecedor (g)
|
Tolerância (g)
|
Massa Determinada
pelo Ensaio (g)
|
Diferença (g)
|
Conclusão
|
A
|
¾
|
¾
|
426,2
|
¾
|
Não Aplicável
|
B
|
¾
|
¾
|
679,6
|
¾
|
Não Aplicável
|
C
|
¾
|
¾
|
438,5
|
¾
|
Não Aplicável
|
D
|
¾
|
¾
|
369,9
|
¾
|
Não Aplicável
|
E
|
¾
|
¾
|
347,2
|
¾
|
Não Aplicável
|
F
|
¾
|
¾
|
356,8
|
¾
|
Não Aplicável
|
G
|
16oz
|
453,6
|
± 32,68
|
462,1
|
+
8,5
|
Conforme
|
H
|
¾
|
¾
|
394,2
|
¾
|
Não Aplicável
|
I
|
¾
|
¾
|
362,6
|
¾
|
Não Aplicável
|
J
|
16oz
|
453,6
|
± 32,68
|
502,7
|
+
49,1
|
Não Conforme
|
K
|
7oz
|
198,5
|
± 19,85
|
221,1
|
+
22,65
|
Não Conforme
|
L
|
¾
|
¾
|
364,6
|
¾
|
Não Aplicável
|
M
|
¾
|
¾
|
410,7
|
¾
|
Não Aplicável
|
N
|
¾
|
¾
|
425,0
|
¾
|
Não Aplicável
|
O
|
¾
|
¾
|
277,5
|
¾
|
Não Aplicável
|
Verificação
das Dimensões Básicas
Este ensaio verifica se as dimensões das
amostras de martelo de aço analisadas atendem às especificações
da norma no que diz respeito à fabricação de uma ferramenta com
dimensões padrão. Cabe destacar que as normas vigentes definem parâmetros
dimensionais para o cabo de madeira e para o olhal da cabeça do
martelo. As demais dimensões não são previstas.
A norma brasileira determina que o comprimento
total do cabo do martelo de aço seja usado com dimensão de
referência para as demais dimensões, ou seja, a partir do comprimento
do cabo, define-se os parâmetros para as demais dimensões e suas
respectivas tolerâncias.
Os desenhos a seguir descrevem o posicionamento
de cada uma das dimensões medidas.
Como pode ser observado, o cabo do martelo
tem a forma da figura geométrica denominada elipse. Essa
figura possui dois eixos principais, um maior e um menor, a partir
dos quais as linhas são traçadas. Outro ponto a ser destacado é
que como as medidas são feitas no início e no final do cabo, teremos
duas elipses de tamanho diferente e, consequentemente, quatro eixos.
Elipse interna: formada pelo eixo maior
a1 e pelo eixo menor b1 e pelos raios r1
e r2
Elipse externa: formada pelo eixo maior a2 e pelo
eixo menor b2 e pelos raios r3 e r4
O quadro I relaciona as dimensões definidas
como de referência para o comprimento do cabo do martelo, suas dimensões
correspondentes e tolerâncias.
Quadro I
Comprimento do Cabo
|
Elipse Interna
|
Elipse Externa
|
Dimensões do Olhal (m
x n)
|
Eixos
|
Raios
|
Eixos
|
Raios
|
m
|
n
|
Maior (a1)
|
Menor (b1)
|
r1
|
r2
|
Maior
(a2)
|
Menor
(b2)
|
r3
|
r4
|
Dimensões
|
Tolerâncias
|
Dimensões
|
Tolerâncias
|
L
|
Tolerâncias
|
Tolerâncias
|
Tolerâncias
|
Máx.
|
Mín.
|
Máx.
|
Mín.
|
Máx.
|
Mín.
|
Máx.
|
Mín.
|
Máx.
|
Mín.
|
250
(1)
|
258
|
242
|
13,5
|
12,5
|
22
|
21,4
|
3,2
|
12,5
|
20
|
15
|
6,9
|
15
|
12,5
|
12,7
|
12,3
|
7,1
|
7,2
|
7
|
260
(2)
|
268
|
252
|
17,3
|
16
|
10
|
9,2
|
4
|
16
|
23
|
16
|
6,9
|
17
|
16
|
16,2
|
15,8
|
9
|
9,1
|
8,9
|
280
(3)
|
288
|
272
|
19,6
|
18,1
|
11,2
|
10,4
|
4,3
|
17
|
25
|
19
|
8,5
|
17
|
18
|
18,3
|
17,7
|
10
|
10,2
|
9,8
|
300
(4)
|
309
|
291
|
21,6
|
20,4
|
12,6
|
11,6
|
4,9
|
19
|
28
|
20
|
8,4
|
19
|
20
|
20,3
|
19,7
|
11,2
|
11,4
|
11
|
310
(5)
|
319
|
301
|
24,2
|
22,8
|
12,7
|
13
|
5,4
|
21
|
30
|
21
|
8,7
|
21
|
22,4
|
22,7
|
22,1
|
12,5
|
12,7
|
12,3
|
320
(6)
|
330
|
310
|
26,9
|
25,4
|
15,6
|
14,5
|
6,1
|
24
|
33
|
23
|
9,3
|
22
|
25
|
25,4
|
24,6
|
14
|
14,2
|
13,8
|
330
(7)
|
340
|
320
|
28,6
|
27
|
16,8
|
15,4
|
6,5
|
25
|
34
|
25
|
11,4
|
26
|
26,5
|
26,9
|
26,1
|
15
|
15,2
|
14,8
|
350
(8)
|
360
|
340
|
30,3
|
28,5
|
18
|
16,6
|
7,1
|
27
|
37
|
27
|
11,9
|
26,5
|
28
|
28,4
|
27,6
|
16
|
16,2
|
15,8
|
360
(9)
|
371
|
349
|
32,5
|
30,6
|
19,1
|
17,7
|
7,3
|
27,5
|
38
|
28
|
12,5
|
27,5
|
30
|
30,5
|
29,5
|
17
|
17,3
|
16,7
|
380
(10)
|
391
|
369
|
34,2
|
32,2
|
20,4
|
18,8
|
7,7
|
28
|
39
|
29
|
13,1
|
28
|
31,5
|
32
|
31
|
18
|
18,3
|
17,7
|
400
(11)
|
412
|
388
|
38,6
|
36,4
|
22,5
|
21,2
|
8,9
|
34
|
40
|
30
|
13,7
|
30
|
35,5
|
36
|
35
|
20
|
20,3
|
19,7
|
Unidades em milímetros
(mm)
Portanto, observa-se que, além do comprimento
total do cabo, é prevista a realização de mais 10 (dez) medições:
dos quatro eixos e quatro raios que formam as elipses interna e
externa, que são medidas no cabo do martelo, e dos eixos que formam
o olhal, medidos na cabeça do martelo.
Em relação a essas medidas, cabem algumas
considerações:
- As normas técnicas NBR 10.761 e NBR 10.764
estabelecem parâmetros diferentes para a mesma medida, a do raio
r1 da elipse interna. Enquanto na primeira a
medição é feita no olhal da cabeça do martelo, na segunda ela
deve ser efetuada no cabo de madeira. Supõe-se que, como as dimensões
descritas para o cabo têm valores numéricos maiores, se comparadas
àquelas para o olhal, isto se deva à necessidade do cabo ter espessura
ligeiramente maior para garantir melhor fixação.
- Durante o ensaio, foram utilizados os
parâmetros descritos para as medições dos raios r1
e r2 realizadas no olhal, pois o cabo, ao ser
retirado, sofre deformações que impossibilitam a leitura precisa
das medidas.
- As medições dos eixos da elipse interna
a1 e b1 também não foram realizadas
pelo mesmo motivo, ratificando a suspeita comentada anteriormente
de que não as normas atuais não contemplam a ferramenta, martelo
de aço, como um conjunto único, analisando suas partes separadamente.
- As normas técnicas NBR 10.761 e NBR 10.764
não estabelecem tolerâncias, nem máxima e nem mínima, para os
parâmetros das seguintes medidas: a2, b2,
r1, r2, r3
e r4. Esse fato dificulta a fabricação da ferramenta
e levanta, mais uma vez, a questão da necessidade de revisão das
normas para o produto.
A tabela VI descreve os resultados das
dimensões medidas, considerando-se as incertezas das medições. Os
valores numéricos em negrito representam as não conformidades encontradas.
Tabela
VI
Marcas
|
Comprimento
L
|
Eixos
|
Raios
|
Dimensões do Olhal
|
a2
|
b2
|
r1
|
r2
|
r3
|
r4
|
m
|
n
|
A(3)
|
283,05
|
32,15
|
25,46
|
-
|
-
|
10,61
|
20,22
|
22,25
|
12,98
|
B(7)
|
326,89
|
36,63
|
29,14
|
-
|
-
|
17,28
|
24,76
|
24,83
|
16,57
|
C(7)
|
322,06
|
38,67
|
29,57
|
-
|
-
|
12,85
|
33,54
|
27,71
|
25,93
|
D(5)
|
308,50
|
35,98
|
26,28
|
5,15
|
25,37
|
12,09
|
30,12
|
-
|
-
|
E(7)
|
322,17
|
34,19
|
28,46
|
-
|
-
|
12,12
|
19,57
|
25,78
|
14,99
|
F(7)
|
322,20
|
29,30
|
37,32
|
-
|
-
|
16,21
|
26,36
|
27,56
|
15,36
|
G(6)
|
319,40
|
37,71
|
30,17
|
-
|
-
|
11,99
|
29,39
|
25,59
|
14,29
|
H(4)
|
294,61
|
32,55
|
26,35
|
7,38
|
18,01
|
10,61
|
25,27
|
-
|
-
|
I(4)
|
292,33
|
32,45
|
28,56
|
-
|
-
|
13,40
|
20,34
|
-
|
-
|
J(7)
|
331,42
|
39,38
|
31,27
|
-
|
-
|
15,87
|
32,40
|
25,72
|
13,91
|
K(3)
|
283,05
|
32,15
|
25,46
|
-
|
-
|
10,61
|
20,22
|
22,25
|
12,98
|
L(5)
|
307,40
|
35,80
|
26,10
|
5,97
|
24,47
|
12,20
|
38,44
|
-
|
-
|
M(6)
|
315,03
|
38,57
|
31,07
|
-
|
-
|
14,09
|
32,50
|
25,75
|
14,73
|
N(6)
|
314,77
|
38,25
|
31,42
|
-
|
-
|
15,27
|
29,69
|
25,65
|
15,55
|
O(4)
|
298,37
|
28,13
|
23,48
|
-
|
-
|
9,22
|
13,90
|
20,65
|
11,65
|
Unidades em milímetros
(mm)
Como pode ser observado, todas as
amostras analisadas apresentaram não conformidades em relação à
verificação dimensional em, pelo menos, uma das dimensões verificadas.
Em relação aos resultados e com o objetivo
de dar melhor entendimento à tabela VI, são feitas as seguintes
considerações:
- Apenas 03 (três) marcas, dentre as analisadas,
possuem olhal em forma de elipse.
Portanto, apenas nessas amostras, os 04 (quatro) raios puderam
ser determinados. Nas demais, o olhal possui forma retangular,
com exceção das amostras da marca JS019 que possuem olhal redondo,
e apenas os raios r3 e r4
foram medidos.
Cabe esclarecer que o fato da amostra
não apresentar olhal elíptico já representa uma irregularidade
e caracteriza a não conformidade e, portanto, os valores numéricos
obtidos para as dimensões do olhal, m e n, para essas marcas,
passam a ter caráter meramente informativo.
- O laboratório responsável pelos ensaios
não pôde medir as dimensões do olhal, m e n, para
as 03 (três) marcas que possuem olhal elíptico, pois a norma técnica
NBR 10.761 não deixa claro como devem ser medidas tais dimensões.
A revisão das normas deve considerar que
os requisitos dimensionais não estão relacionados a questões que
envolvam a segurança dos usuários. Portanto, deve-se buscar soluções
alternativas para a normalização desse requisito, pois exigir tamanha
precisão inviabilizaria a fabricação do produto, aumentando seu
custo, tornando-o pouco atrativo para o consumidor.
Resultado Geral
Marcas
|
RESULTADO GERAL
DOS ENSAIOS REALIZADOS
|
Conclusão
|
Verificação das
Marcações
|
Acabamento das
Superfícies
|
Montagem do Cabo
|
Dureza
|
Massa do
Martelo
|
Verificação
Dimensional
|
Cabeça
|
Cabo
|
Encabamento
|
Teor de Umidade
|
A
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não Conforme
|
B
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
C
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
D
|
Desconsiderado
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
E
|
Desconsiderado
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
F
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
G
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
H
|
Desconsiderado
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
I
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
J
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
K
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
L
|
Desconsiderado
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
M
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
N
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
O
|
Desconsiderado
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Aplicável
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
Conclusões
De acordo com a análise dos resultados
obtidos pelas amostras de martelo de aço, conclui-se que a tendência
da conformidade do produto disponível no mercado é a se apresentar
fora dos parâmetros normativos vigentes, pois detectou-se índice
de não conformidade de 100% (cem por cento) durante a análise de
conformidade realizada, ou seja, todas as amostras analisadas apresentaram
irregularidades em, pelo menos, um dos ensaios realizados.
Foram verificadas seis diferentes características
do produto e, em quase sua totalidade, a necessidade de revisão
da norma técnica foi constatada, não só para tornar os parâmetros
mais claros, como também para incluir novos requisitos e atualizar
os já existentes. A norma é um instrumento dinâmico e deve acompanhar
as inovações tecnológicas, refletindo a realidade de cada setor,
não no sentido de se adequar às solicitações da indústria, mas no
sentido de manter-se atual para não restringir produtos com novas
características que tragam comprovados benefícios para a sociedade
como um todo.
Os principais pontos identificados pela
análise que indicam a necessidade de revisão das normas são:
- São consideradas antigas, pois têm mais
de 10 (dez) anos de publicação;
- A obrigatoriedade da utilização de madeira
como matéria-prima para fabricação do cabo;
- A obrigatoriedade da utilização do método
de fixação do cabo (encabamento) por cunha;
- A rigorosidade dos parâmetros dimensionais;
- O fato das normas tratarem o cabo de
madeira e a cabeça de aço como partes independentes e não como
um conjunto;
- Melhor definição das informações consideradas
obrigatórias para o cabo e para a cabeça de aço.
O principal responsável por essas revisões
é o próprio setor industrial. Essas solicitações deveriam partir
da indústria, pois é ela a principal usuária das normas e, portanto,
pelo menos, teoricamente, deveriam comunicar, com maior facilidade
e agilidade, à Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT
a necessidade de revisão de uma norma. Entretanto, o fato de não
existir uma associação que congregue os fabricantes do setor, ou
seja, de haver uma voz ativa que o represente e que tome a frente
de suas responsabilidades, direitos e deveres, pode contribuir para
essa realidade.
Essa necessidade foi identificada nas duas
análises realizadas anteriormente nas amostras de alicate universal
e chave de fenda e ratificada pela análise dos resultados obtidos
nas amostras de martelo de aço.
As normas são antigas e, segundo o posicionamento
dos fabricantes, não contemplam, por exemplo, a existência de duas
linhas de ferramenta no mercado, uma destinada para o usuário comum,
para ser utilizada em trabalhos domésticos e de forma esporádica
e, portanto, mais barata e de qualidade inferior, e outra denominada
"profissional", fabricada para um público específico,
mais cara e que suporta esforços mecânicos mais rigorosos. A criação
dessas duas linhas foi motivada, em grande parte, pela concorrência
desleal que se observou após a invasão de produtos importados evidenciada
no início dos anos 90, muitos deles de baixa qualidade e custo inferior
aos nacionais, os conhecidos produtos denominados popularmente como
"um e noventa e nove".
Entretanto, assim como nas análises anteriores,
o percentual de conformidade das amostras de martelo de aço analisadas
de origem nacional manteve-se maior que o das de origem estrangeira,
demonstrando que a indústria nacional, apesar das dificuldades,
tem conseguido colocar no mercado produtos mais competitivos economicamente,
ou seja, mais baratos, e com qualidade superior.
Os gráficos a seguir ilustram os percentuais
de conformidade dos produtos nacionais e dos produtos importados
analisados.
De um modo geral, a realidade do setor de
ferramentas no Brasil é preocupante, principalmente, no que diz
respeito à normalização dos produtos. As normas necessitam de revisão
e o setor necessita de uma supervisão atuante, questões que podem
ser resolvidas pela criação de uma associação que congregue os fabricantes
ou pela reativação da extinta Associação Brasileira dos Fabricantes
de Ferramentas ABF, pois a continuidade da fabricação de
produtos abaixo dos padrões mínimos de qualidade, pode levar à degradação
do setor.
Diante do exposto, o Inmetro convocará
as partes interessadas, fabricantes e importadores de ferramentas
em geral, institutos de pesquisas, laboratórios, representantes
de organismos de defesa dos consumidores e a ABNT, especificamente,
o Comitê Brasileiro 04, de Máquinas e Equipamentos Mecânicos, para
que sejam discutidas medidas que possam ser implantadas visando
a melhoria da qualidade do setor.
Conseqüências
Data
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Conseqüências
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11/03/2000
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Divulgação no Programa Fantástico - Rede Globo de Televisão
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11/05/2001 |
Reunião
com representantes do setor produtivo, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas, do Movimento das Donas
de Casa de Minas Gerais, entidade de defesa do consumidor
e do Inmetro, com o objetivo de definir medidas de melhoria
para o setor. |
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Principais
Definições: Revisão das normas técnicas
brasileiras, reativação da entidade representativa
dos fabricantes do setor. |
30/07/2001 |
Primeira
reunião da Comissão de Estudo da ABNT para
elaboração das normas. Principais Definições:
Criação de Grupos de Trabalho, um para cada
tipo de ferramenta analisada, e elaboração
de normas específicas para alicate, chave de fenda
e martelo de aço. |
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