.: Lâmpada Incandescente :.
Resumo da Análise
Normas e Documentos de Referência
Responsáveis pelos Ensaios
Marcas Analisadas
Informações sobre as Marcas Analisadas
Ensaios Realizados
Conclusões
Resumo da Análise
Em tempo de dificuldades econômicas, as
famílias repensam seus orçamentos domésticos, sendo bastante comum
a racionalização do uso da energia elétrica, através de uma menor
utilização de equipamentos elétricos e de um maior controle no uso
de lâmpadas. Este maior controle passa pela escolha mais adequada,
da potência e do número de lâmpadas, para iluminar cada ambiente,
bem como na observância de maiores cuidados no sentido de evitar-se
o habito de deixar lâmpadas acesas desnecessariamente.
Em resumo, uma lâmpada de 100W ilumina mais
do que uma de 60W, mas consome mais energia e portanto gasta-se
mais dinheiro com a conta de luz. Isto leva a necessidade de seleção
de potência de lâmpada que permita luminosidade mais adequada ao
conforto ambiental requerido.
Produto, essencial em nossas vidas, a lâmpada
está de tal forma incorporada em nosso dia a dia, que muitas vezes
só sentimos falta, quando elas queimam.
Um dos principais motivos que leva a queima
de uma lâmpada é a variação da tensão de fornecimento de energia
elétrica em nossas casas. Em nosso país, esta tensão pode variar
entre 116 e 132 volts, segundo esclarecido em Portaria do DNAEE
nº 47/78, ligado ao Ministério de Minas e Energia, porém na prática
são observadas variações maiores. Outro fator que também influencia
no tempo de vida das lâmpadas é a frequente falta de energia elétrica,
pois, quando a energia retorna, o faz com uma tensão acima de 132
volts e, caso a lâmpada esteja acesa, é exposta a uma sobrecarga,
podendo queimar.
Dentre os diversos tipos de lâmpadas existentes
em nosso mercado, a incandescente é uma das mais utilizadas, talvez
por ser mais antiga e mais barata (o preço da lâmpada em si), do
que as demais.
Esse tipo de lâmpada vem sofrendo, junto
às páginas na imprensa especializadas na defesa do consumidor, um
elevado índice de reclamação por parte dos consumidores, devido,
principalmente, à queima excessiva, à pouca iluminação, e ficarem
presas na luminária como consequência da oxidação da rosca.
Pelos motivos acima expostos o Inmetro decidiu
analisar as Lâmpadas Incandescentes, de 60W, sendo estes concluídos
em 30/12/97.
Normas e Documentos de Referência
Os ensaios verificaram a conformidade das
amostras de lâmpada incandescente de acordo com os seguintes documentos:
- NBR IEC 64 Lâmpadas com filamento
de tungstênio para uso doméstico e iluminação geral similar
Requisitos de desempenho;
- NBR IEC 4321 Especificações
de segurança para lâmpadas incandescentes;
- NBR 6816 Base de lâmpadas incandescentes
Medição da elevação da temperatura;
- Portaria Inmetro nº 41 de 25 de março
1996;
- Portaria DNAEE 47/78 - Ministério de
Minas e Energia
Responsáveis pelos Ensaios
Decidiu-se efetuar os ensaios no Laboratório
do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica - CEPEL - credenciado
junto a Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio - RBLE - para
ensaios em equipamentos elétricos.
Marcas Analisadas
A seleção das marcas a serem analisadas
foi precedida de uma pesquisa de mercado, realizada em seis estados
(Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia,
Pará). Essa pesquisa procurou abranger marcas de grande, média e
pequena participação no mercado.
Com relação às informações
contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, você vai observar
que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um
período de 90 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
- As informações geradas pelo Programa
de Análise de Produtos são pontuais, podendo ficar desatualizadas
após pouco tempo. Em vista disso, tanto um produto analisado e
julgado adequado para consumo pode tornar-se impróprio, como o
inverso, desde que o fabricante tenha tomado medidas imediatas
de melhoria da qualidade, como temos freqüentemente observado.
Só a certificação dá ao consumidor a confiança de que uma determinada
marca de produto está de acordo com os requisitos estabelecidos
nas normas e regulamentos técnicos aplicáveis. Os produtos certificados
são aqueles comercializados com a marca de certificação do Inmetro,
objetos de um acompanhamento regular, através de ensaios, auditorias
de fábricas e fiscalização nos postos de venda, o que propicia
uma atualização regular das informações geradas.
- Após a divulgação dos resultados, promovemos
reuniões com fabricantes, consumidores, laboratórios de ensaio,
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnica e outras entidades
que possam ter interesse em melhorar a qualidade do produto em
questão. Nesta reunião, são definidas ações para um melhor atendimento
do mercado. O acompanhamento que fazemos pode levar à necessidade
de repetição da análise, após um período de, aproximadamente,
de 1 ano. Durante o período em que os fabricantes estão se adequando
e promovendo ações de melhoria, julgamos mais justo e confiável,
tanto em relação aos fabricantes quanto aos consumidores, não
identificar as marcas que foram reprovadas.
- Uma última razão diz respeito ao fato
de a Internet ser acessada por todas as partes do mundo e informações
desatualizadas sobre os produtos nacionais poderiam acarretar
sérias conseqüências sociais e econômicas para o país.
Ensaios Realizados
Foram compradas 25 unidades de cada marca
de lâmpada incandescente, que foram submetidas aos seguintes ensaios:
- verificação das características elétricas
e fotométricas;
- ensaios de verificação da vida útil;
- ensaios de verificação de presença de
materiais ferrosos, no bocal da lâmpada.
Os ensaios verificaram, basicamente, questões
como o consumo de energia elétrica, os riscos de choque elétrico
para o consumidor, o tempo de vida da lâmpada e a quantidade de
luz proporcionada pela lâmpada.
A Associação Brasileira da Indústria de
Iluminação ABILUX em documento datado de 14/02/96,
informa que os fabricantes nacionais de lâmpada incandescente, a
partir de maio de 1996 passaram a produzir lâmpadas incandescentes
na tensão de 120 volts, com a finalidade de diminuir os riscos de
queima e os gastos de energia. Baseado nesta decisão, o Inmetro,
para fins desta análise, utilizou o valor de 120 volts como sendo
o valor da tensão de fornecimento de energia elétrica.
Resultados observados no ensaio de verificação
da potência
Neste ensaio é verificado se a lâmpada de
60 W não gasta mais energia do que deveria. Neste caso, quanto menor
o valor de potência obtido, melhor para o consumidor, pois se todos
os demais requisitos da norma forem atendidos, significa que esta
lâmpada consumirá menos energia, mantendo a eficiência exigida pela
norma.
Resultados observados nos ensaios de
fluxo luminoso inicial
Ao adquirir uma lâmpada, o consumidor escolhe,
dentre as diversas potências padronizadas (40W, 60W, 100, 150W ou
200W), a mais adequada a sua necessidade de iluminação. Além disso,
espera que a lâmpada escolhida emita uma quantidade mínima de luz,
desde o início de seu uso até o fim de sua vida.
Quando a lâmpada não emite a quantidade
mínima de luz exigida pela norma no ensaio de fluxo luminoso inicial,
significa que nem no início, nem durante a vida da lâmpada, esta
irá iluminar de acordo com o mínimo exigido.
Resultados observados nos ensaios de
vida útil
Neste ensaio é verificado se a lâmpada tem
duração (vida útil) adequada, ou seja, se ela não queimará com pouco
tempo uso.
Resultados observados no ensaio de verificação
da presença de material ferroso
Segundo as normas aplicáveis, a rosca das
lâmpadas deve ser fabricada de material não ferroso.
Neste ensaio é verificado se a rosca da
lâmpada é feita de material ferroso, mais barato que os demais utilizados,
como por exemplo o latão. A importância deste ensaio está no fato
de que o material ferroso pode oxidar dentro do bocal da luminária,
diminuindo a durabilidade da lâmpada e deixando-a presa na luminária.
A tentativa de retirá-la, pode levar a acidentes como cortes, devido
a quebra do bulbo, ou choques elétricos.
Conclusões
Os resultados gerais observados evidenciaram
que, as lâmpadas incandescentes de 60W nacionais, são melhores que
as importadas.
Apesar do alto índice de reclamações, por
parte dos consumidores, com relação ao curto tempo de vida útil
das lâmpadas, constatamos que das onze marcas analisadas, apenas
uma, foi considerada não conforme neste ensaio.
Das sete marcas importadas reprovadas, seis
tiveram como causa de reprovação o ensaio de fluxo luminoso inicial,
ou seja, apesar de consumirem energia como uma lâmpada de 60W, iluminam
menos do que deveriam, trazendo prejuízo para o consumidor já que
a lâmpada de mesma potência, de um concorrente, poderá iluminar
de acordo com o exigido, pelo mesmo custo individual da lâmpada.
DATA
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AÇÕES
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18/01/1998
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Divulgação no Programa Fantástico da
Rede Globo de Televisão
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Previsão de repetição da análise
de conformidade em 2001
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