.: Chupetas :.
Resumo da Análise
Normas e Documentos de Referência
Metodologia da Análise
Laboratórios
Informações
das Marcas Analisadas
Resultado das Análises
Informações sobre as Marcas
Analisadas
Conseqüências
Resumo da Análise
Em 26/04/96 foi concluída análise em oito
marcas de chupeta. A decisão de avaliar este produto partiu de uma
solicitação recebida da Associação Brasileira dos Fabricantes de
Artigos de Puericultura - ABRAPUR, que denunciou a existência no
mercado de diversas marcas em desacordo com as normas.
Foram analisadas oito marcas nacionais e
duas marcas importadas, e apenas uma marca foi aprovada em todos
os requisitos.
Normas e Documentos de Referência
Os ensaios foram realizados através da norma
brasileira ABNT- NBR 10334.
Metodologia da Análise
A norma NBR 10334 prevê os seguintes
ensaios:
Embalagem
Toda embalagem deve conter as seguintes
recomendações, nesta ordem de prioridade:
a) ferver a chupeta antes de usar;
b) não colocar laços ou fitas para prender
a ponta da chupeta ao pescoço;
c) examinar regularmente, jogando-a fora
quando estiver danificada;
d) não mergulhar a chupeta em substâncias
doces, para prevenir cáries.
Além disso, de acordo com a norma, a embalagem
deve conter os dizeres:
a) "Esta chupeta está de acordo com
a NBR 10334"
b) o nome e/ou símbolo e C.G.C. do fabricante.
Material
Os materiais empregados na fabricação de
chupetas, que podem ser de borracha ou plástico, não devem soltar
mais que 8,0 mg/dm² de resíduos, quando deixados de molho
por dez dias em água destilada e este resíduo não pode conter metais
pesados como chumbo, arsênico, mercúrio, cádmio, antimônio, bário
e cromo.
Construção
Nesta etapa são analisados detalhes de construção
da chupeta, como por exemplo:
A superfície externa deve ser lisa, sem
falhas, fendas ou outros defeitos visíveis;
O tamanho do bico, que não deve ser maior
do que 30 mm, pois pode sufocar a criança;
O tamanho do disco, que não pode ser muito
pequeno, de forma que a criança não engula a chupeta;
O disco deve conter pelo menos dois furos
para ventilação, com diâmetro de no mínimo 5,0mm, e afastados do
bulbo no intervalo entre 5,0 mm e 6,0 mm. Estes furos servem para
evitar que, caso a criança engula a chupeta, o ar passe através
dos furos evitando a asfixia;
São também especificados detalhes de construção
da argola ou pino.
Ensaios Físicos
Estes ensaios simulam as condições de uso
da chupeta :
Deve permanecer intacta, sem sinais visíveis
de fratura e/ou rachaduras, quando submetidas a uma carga de 130N,
durante 10 segundos. Desta forma simula-se que a criança pisou ou
deitou por cima da chupeta.
Não pode mostrar sinais visíveis de fratura
e/ou rachadura no escudo, anel e pino e não deve existir dano permanente
no bulbo que possa tornar a chupeta insegura para uso, quando submetida
a um ensaio que simula a mordida.
A chupeta deve permanecer intacta, não devendo
apresentar distorções permanentes, nem qualquer sinal de dano no
bulbo, quando submetida ao ensaio de tração ( aplica-se, no bulbo,
uma carga de 60N na direção vertical durante 10 s). Este ensaio
é combinado com o ensaio de fervura ( ferver por 5 min.), e repetido
10 vezes. Isto é: ferve, submete a tração, ferve, submete à tração,
etc.... Neste ensaio busca-se simular as condições normais de uso
em que a criança usa, a chupeta é fervida, aí a criança usa de novo,
e a chupeta é novamente fervida.
Laboratórios
LABORATÓRIO
|
TEL
|
FAX
|
CONTATO
|
ENDEREÇO
|
SGS
DO BRASIL |
(
011) 533-0722 |
(
011) 542-7700 |
Angela
Pellegrino |
Rua
Visconde Aguiar Toledo, 73 Vila Congonhas - SP CEP 04612-100
|
Com relação às informações
contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, você vai observar
que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um
período de 90 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
- As informações geradas pelo Programa
de Análise de Produtos são pontuais, podendo ficar desatualizadas
após pouco tempo. Em vista disso, tanto um produto analisado e
julgado adequado para consumo pode tornar-se impróprio, como o
inverso, desde que o fabricante tenha tomado medidas imediatas
de melhoria da qualidade, como temos freqüentemente observado.
Só a certificação dá ao consumidor a confiança de que uma determinada
marca de produto está de acordo com os requisitos estabelecidos
nas normas e regulamentos técnicos aplicáveis. Os produtos certificados
são aqueles comercializados com a marca de certificação do Inmetro,
objetos de um acompanhamento regular, através de ensaios, auditorias
de fábricas e fiscalização nos postos de venda, o que propicia
uma atualização regular das informações geradas.
- Após a divulgação dos resultados, promovemos
reuniões com fabricantes, consumidores, laboratórios de ensaio,
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnica e outras entidades
que possam ter interesse em melhorar a qualidade do produto em
questão. Nesta reunião, são definidas ações para um melhor atendimento
do mercado. O acompanhamento que fazemos pode levar à necessidade
de repetição da análise, após um período de, aproximadamente,
de 1 ano. Durante o período em que os fabricantes estão se adequando
e promovendo ações de melhoria, julgamos mais justo e confiável,
tanto em relação aos fabricantes quanto aos consumidores, não
identificar as marcas que foram reprovadas.
- Uma última razão diz respeito ao fato
de a Internet ser acessada por todas as partes do mundo e informações
desatualizadas sobre os produtos nacionais poderiam acarretar
sérias conseqüências sociais e econômicas para o país.
Resultado das Análises
Foram analisadas dez marcas e apenas uma
marca foi aprovada em todos os requisitos. Foram analisados os seguintes
ensaios:
Embalagem
As marcas analisadas tiveram um bom desempenho,
uma vez que quatro marcas foram aprovadas e três foram reprovadas
apenas por não respeitarem a ordem de prioridade estabelecida na
norma. Foi verificado que duas marcas omitem informações relativas
a instruções de uso e uma outra marca não indicava o nome do fabricante.
Além disso, duas outras marcas não contêm os dizeres "Esta
chupeta está de acordo com a NBR 10334".
Material
Duas marcas foram reprovadas neste ítem
por apresentarem excesso de resíduos desprendidos, o que implica
que durante o uso a criança estará ingerindo materiais estranhos
ao organismo. A análise deste resíduo não identificou presença de
metais pesados.
Construção
Foi verificado que em uma marca, em seis
das cinquenta chupetas testadas, a distância entre o bico e o início
do furo de ventilação é de 3,5 mm, quando o exigido é de 5 à 6mm.
Outra marca estava com a distância entre 8 e 9mm e numa outra marca
a distância está entre 2,5 e 4mm. A inadequada distância entre o
bico e o início do furo de ventilação pode provocar asfixia da criança
caso venha a engolir a chupeta e, foi observado ainda, que o disco
apresentava rebarbas que são consideradas como pontas agudas que
podem cortar peles muito delicadas, o que implica na reprovação
dessa marca.
Ensaios Físicos
Três marcas foram reprovadas por não terem
resistido aos ensaios de tração alternados por fervuras. Estes ensaios
simulam as condições normais de uso e a reprovação indica que a
chupeta pode romper-se durante o uso, com riscos de ingestão das
partes pela criança.
Conseqüências
DATA
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AÇÕES
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27/04/1996
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Divulgação de Nota no Jornal O Globo/RJ
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28/04/1996
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Divulgação no Programa Fantástico
da Rede Globo de Televisão
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12/06/1996
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Reunião com representantes do setor industrial
(fabricantes e importadores), da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, do Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC, do laboratório
responsável pela realização dos ensaios
e do INMETRO, com o objetivo de definir medidas de melhoria
para o produto.
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Principais Definições: Revisão da
Norma Técnica brasileira e Estabelecimento de Programa
de Certificação Compulsória
para o Chupetas e Mamadeiras.
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17 a 31/08/1996
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Divulgação de Matéria no Jornal
A Folha do Consumidor/RJ
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13/04/1998
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Publicação da Portaria INMETRO nº 60
que aprova o projeto que estabelece a certificação
compulsória para chupetas e mamadeiras.
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21/05/1999
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Publicação da Norma Técnica NBR
10.334: Segurança de Chupetas
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