.: Campo de Futebol :.
Objetivo
Justificativa
Metrologia
Normas e Documentos de Referência
Responsabilidade pelas
Medições
Estádios Participantes
Medições Realizadas
Resultado Geral
Posicionamento da CBF
Posicionamento do Ministério
de Esporte
Conclusões
Conseqüências
Objetivo
A apresentação
dos resultados obtidos nas análises realizadas em diversos
produtos e serviços consiste em uma das etapas do Programa
de Análise de Produtos, coordenado pela Diretoria de Avaliação da Conformidade
do Inmetro e que tem por objetivos:
-
prover mecanismos para
que o Inmetro mantenha o consumidor brasileiro informado sobre
a adequação dos produtos e serviços aos
Regulamentos e às Normas Técnicas, contribuindo
para que ele faça escolhas melhor fundamentadas, levando
em consideração outros atributos o produto além
do preço, tornando-o mais consciente de seus direitos
e responsabilidades;
-
fornecer subsídios
para a indústria nacional melhorar continuamente a
qualidade de seus produtos, tornando-a mais competitiva;
-
diferenciar os produtos
disponíveis no mercado nacional em relação
à sua qualidade, tornando a concorrência mais
equalizada;
-
tornar o consumidor
parte efetiva deste processo de melhoria da qualidade da indústria
nacional.
Deve ser destacado que as análises
coordenadas pelo Inmetro, através do Programa de Análise
de Produtos, não têm caráter de fiscalização,
e que esses ensaios e verificações não se destinam
à aprovação de um produto ou serviço.
O fato de um produto ou serviço
analisado estar ou não de acordo com as especificações
contidas em uma norma/regulamento técnico indica uma tendência
em termos de qualidade. Além disso, as análises têm
caráter pontual, ou seja, são uma "fotografia"
da realidade, pois retratam a situação naquele período
em que as mesmas são conduzidas.
Justificativa
O Programa de Análise
de Produtos foi criado em 1996, sendo um desdobramento do Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividade, mais especificamente de
um de seus subprogramas, denominado Conscientização
e Motivação para a Qualidade e Produtividade, que
refletia a necessidade de criar, no país, uma cultura voltada
para orientação e incentivo à Qualidade, e
que tinha por objetivo promover a educação do consumidor
e a conscientização dos diferentes setores da sociedade.
Nesse contexto, o Programa de Análise
de Produtos cumpre sua função de disseminar informações
técnicas de interesse da sociedade ao coordenar, em parceria
com a Confederação Brasileira de Futebol – CBF, entidade
máxima do futebol brasileiro, e a Comissão Paz no Esporte,
do Ministério do Esporte, uma análise que envolve a
medição das dimensões de campos de futebol em
estádios utilizados no campeonato brasileiro da primeira divisão.
O objetivo é mostrar
a importância de se realizar medições de forma
correta, utilizando como meio um assunto de grande importância
para os brasileiros: o futebol. Além disso, esta análise
deve ser entendida como parte integrante de um contexto mais amplo,
que envolve a qualidade do espetáculo oferecido ao torcedor.
Existem, atualmente dois projetos
voltados para a melhoria dos estádios brasileiros. Um, da
CBF, tem ênfase no estabelecimento de um processo de inspeção
padronizada nos estádios. O outro, da Comissão Paz
no Esporte, pretende minimizar a violência que afasta os torcedores
dos estádios estudando a prevenção de suas
causas: a falta de infra-estrutura, conforto e segurança,
entre outros fatores.
Este relatório apresenta
a descrição das principais etapas desta análise,
os ensaios e os resultados obtidos e as conclusões do Inmetro
sobre o assunto.
Metrologia
A
palavra metrologia deriva do grego, da junção das
palavras metron (medida) e logos (ciência).
Metrologia é, portanto, a ciência que abrange todos
os aspectos teóricos e práticos relativos às
medições.
No Brasil,
cabe ao Inmetro atuar em duas áreas da Metrologia:1
A Metrologia
Científica tem por atribuição principal
manter as unidades fundamentais de medida, realizar sua rastreabilidade
- ou seja, sua comparação aos padrões internacionais
- e disseminar esses padrões até as indústrias
e o comércio.
A Metrologia
Legal, por sua vez, objetiva assegurar garantia metrológica
aos relacionamentos econômicos, ou seja, proteger o consumidor,
durante as relações de consumo, no que se refere às
unidades de medida.
Na prática,
isso tem efeitos profundos na vida do consumidor, pois é
através da Metrologia que se procede à verificação
de produtos relacionados a medições em saúde,
segurança e no comércio.
Seguem alguns
exemplos de como a Metrologia Legal impacta na vida cotidiana:
Produtos
pré-medidos |
São
os produtos que apresentam indicação de quantidade
que não é medida na presença do consumidor.
Isso é o que garante que uma embalagem de 1kg de arroz,
por exemplo, tenha o peso indicado, dentro das tolerâncias
permitidas. |
Produtos
relacionados à saúde |
Instrumentos
como termômetros clínicos, medidores de pressão,
seringas, eletroencefalógrafos, eletrocardiógrafos
necessitam de confiança metrológica, sem a qual
podem induzir a diagnósticos errados, comprometendo
a saúde das pessoas. |
Produtos
relacionados à segurança |
Medidores
como velocímetros de automóveis, radares, bafômetros
e tacógrafos, entre outros, são usados para
garantir a segurança dos usuários. |
Comércio |
Equipamentos
como bombas de combustível, taxímetros, balanças,
medidores de energia elétrica e hidrômetros servem
para padronizar as relações comerciais, no que
diz respeito às unidades de medida. |
1
Site do Inmetro: www.inmetro.gov.br
Normas e Documentos de Referência
Responsabilidade pelas Medições
As medições foram realizadas
por técnicos da Divisão de Instrumentos de Medição
no âmbito da Segurança e do Trânsito, vinculada
à Diretoria de Metrologia Legal do Inmetro.
Estádios Participantes
Foram convidados para participar da análise,
dentre os indicados pela CBF, 09 estádios utilizados para
jogos da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. São
eles:
Tabela 1 – Estádios Participantes
|
Estádio
|
Estádio A
|
Estádio B
|
Estádio C
|
Estádio D
|
Estádio E
|
Estádio F
|
Estádio G
|
Estádio H
|
Estádio I
|
3
As regras do futebol são estabelecidas pela International
Football Association Board, entidade fundada em 1886, com sede no
Reino Unido. http://www.fifa.com/en/history/history/0,1283,3,00.html
. A entidade é reconhecida pela Fifa como a guardiã
das regras do jogo;
Medições Realizadas
Medições das traves
A metodologia utilizada previu
a medição da distância entre os postes, que
deve ser de 7,32m, e a altura da trave em relação
ao solo, definida em 2,44m, de acordo com as regras do jogo, endossadas
pela Fifa.
De modo a obter uma medição
mais confiável, foram feitas 03 medições da
distância horizontal (entre os postes)e 05 medições
da distância vertical (entre o travessão e o solo),
conforme o esquema abaixo:
É importante lembrar
que toda medição tem um erro associado, referente
à precisão do instrumento utilizado, ao procedimento
do responsável pela medição e até pelas
circunstâncias em que a medição é realizada.
No caso das traves, o erro definido no procedimento de medição
é ± 5cm.
Os resultados obtidos foram
os seguintes:
Tabela 2– Medições horizontais
nas traves – Valores medidos
Valor oficial: 7,32m
|
Estádio
|
Medições na trave à
esquerda da cabine
|
Medições na trave à
esquerda da cabine
|
Medida
1-11
|
Medida
2-10
|
Medida
3-9
|
Medida
1-11
|
Medida
2-10
|
Medida
3-9
|
Estádio A
|
7,34
|
7,33
|
7,33
|
7,32
|
7,32
|
7,33
|
Estádio B
|
7,31
|
7,31
|
7,32
|
7,31
|
7,31
|
7,32
|
Estádio C
|
7,32
|
7,32
|
7,32
|
7,32
|
7,32
|
7,32
|
Estádio D
|
7,33
|
7,33
|
7,31
|
7,33
|
7,33
|
7,32
|
Estádio E
|
7,31
|
7,31
|
7,31
|
7,33
|
7,32
|
7,31
|
Estádio F
|
7,32
|
7,34
|
7,33
|
7,32
|
7,33
|
7,34
|
Estádio G
|
7,33
|
7,32
|
7,32
|
7,33
|
7,32
|
7,32
|
Estádio H
|
7,32
|
7,33
|
7,32
|
7,33
|
7,32
|
7,32
|
Estádio I
|
7,32
|
7,32
|
7,31
|
7,32
|
7,32
|
7,31
|
Nenhuma traves analisada,
dos estádios selecionados, apresentou diferença percentual
entre o valor medido e o oficial para a distância horizontal
entre os postes da trave(todos os erros inferiores à 1%).
Tabela 3– Medições verticais
nas traves – Valores medidos
Valor oficial: 2,44m
|
Estádio
|
Medições na trave à
esquerda da cabine
|
Medições na trave à
direita da cabine
|
Medida 4 -solo
|
Medida 5 - solo
|
Medida 6 - solo
|
Medida 7 - solo
|
Medida 8 - solo
|
Medida 4 -solo
|
Medida 5 - solo
|
Medida 6 - solo
|
Medida 7 - solo
|
Medida 8 - solo
|
Estádio A
|
2,45
|
2,44
|
2,44
|
2,45
|
2,44
|
2,45
|
2,44
|
2,44
|
2,45
|
2,45
|
Estádio B
|
2,44
|
2,42
|
2,41
|
2,40
|
2,39
|
2,43
|
2,41
|
2,41
|
2,39
|
2,39
|
Estádio C
|
2,43
|
2,42
|
2,42
|
2,42
|
2,43
|
2,42
|
2,41
|
2,42
|
2,42
|
2,43
|
Estádio D
|
2,51
|
2,50
|
2,47
|
2,47
|
2,47
|
2,47
|
2,48
|
2,45
|
2,45
|
2,47
|
Estádio E
|
2,44
|
2,43
|
2,43
|
2,43
|
2,42
|
2,43
|
2,44
|
2,43
|
2,43
|
2,43
|
Estádio F
|
2,41
|
2,41
|
2,37
|
2,38
|
2,41
|
2,44
|
2,42
|
2,41
|
2,41
|
2,41
|
EstádioG
|
2,42
|
2,42
|
2,41
|
2,41
|
2,42
|
2,42
|
2,42
|
2,41
|
2,41
|
2,42
|
Estádio H
|
2,44
|
2,43
|
2,43
|
2,42
|
2,44
|
2,43
|
2,42
|
2,43
|
2,44
|
2,44
|
Estádio I
|
2,39
|
2,39
|
2,39
|
2,40
|
2,40
|
2,40
|
2,41
|
2,39
|
2,38
|
2,40
|
A seguir, é apresentada a tabela com os erros percentuais
para a distância vertical entre o travessão e o solo.
Em termos de diferenças percentuais,
temos a seguinte configuração:
Tabela 4– Medições verticais
nas traves – Diferenças percentuais entre os valores
medidos e os oficiais
|
Estádio
|
Medições na trave à
esquerda da cabine
|
Medições na trave à
direita da cabine
|
Medida 4 -solo
|
Medida 5 - solo
|
Medida 6 - solo
|
Medida 7 - solo
|
Medida 8 - solo
|
Medida 4 -solo
|
Medida 5 - solo
|
Medida 6 - solo
|
Medida 7 - solo
|
Medida 8 - solo
|
Estádio A
|
0%
|
0%
|
0%
|
0%
|
0%
|
0%
|
0%
|
0%
|
0%
|
0%
|
Estádio B
|
0%
|
1%
|
1%
|
2%
|
2%
|
0%
|
1%
|
1%
|
2%
|
2%
|
Estádio C
|
0%
|
1%
|
1%
|
1%
|
0%
|
1%
|
1%
|
1%
|
1%
|
0%
|
Estádio D
|
3%
|
2%
|
1%
|
1%
|
1%
|
1%
|
2%
|
0%
|
0%
|
1%
|
Estádio E
|
0%
|
0%
|
0%
|
0%
|
1%
|
0%
|
0%
|
0%
|
0%
|
0%
|
Estádio F
|
1%
|
1%
|
3%
|
2%
|
1%
|
0%
|
1%
|
1%
|
1%
|
1%
|
Estádio G
|
1%
|
1%
|
1%
|
1%
|
1%
|
1%
|
1%
|
1%
|
1%
|
1%
|
Estádio H
|
0%
|
0%
|
0%
|
1%
|
0%
|
0%
|
1%
|
0%
|
0%
|
0%
|
Estádio I
|
2%
|
2%
|
2%
|
2%
|
2%
|
2%
|
1%
|
2%
|
2%
|
2%
|
Dos 09 estádios,
08 apresentaram diferença percentual de, pelo menos, 1% em
uma das medidas da altura da trave. São eles: Estádio
B, Estádio C, Estádio D, Estádio E, Estádio
F, Estádio G, Estádio H e Estádio I.
Para que se tenha idéia
de quantos centímetros correspondem os erros percentuais
da tabela anterior, segue uma referência:
1% = trave com diferença
de 1cm a 3cm;
2% = trave com diferença
de 4cm a 6cm;
3% = trave com diferença
de aproximadamente 7cm.
Esses resultados, entretanto,
não indicam que as traves estejam mal colocadas, pois deve-se
levar em consideração a irregularidade do solo sob
o travessão, como no exemplo abaixo:
Medições do
campo de jogo
O campo de jogo do futebol
é retangular, tendo sua extensão e largura limites
máximos e mínimos definidos pelo documento Regras
do Jogo, estabelecendo-se os seguintes valores:
Extensão:
valor máximo:
120m
valor mínimo:
90m
Largura:
valor máximo:
90m
valor mínimo:
75m
Como esses valores variam para
cada estádio, a medição limitou-se a verificar
se as diagonais do campo são iguais, de forma que ele seja
realmente um retângulo e não um paralelogramo.
Da mesma forma, verificou-se
se o campo está dividido em duas metades iguais e se o ponto
central está realmente no centro do campo.
Quanto às dimensões
da grande área e da pequena área, estas são
definidas por valores fixos, conforme o desenho abaixo:
Nota: É importante
lembrar que toda medição tem um erro associado, referente
à precisão do instrumento utilizado, ao procedimento
do responsável pela medição e até pelas
circunstâncias em que a medição é realizada.
No caso das traves, o erro definido no procedimento de medição
é ± 5cm.
Resultado Geral
As tabelas apresentadas a seguir
descrevem os resultados obtidos nas medições realizadas
em cada estádio:
Tabela 5– Resultado geral
|
Estádio
|
Traves
|
Campo de jogo
|
Apresentou diferença maior ou igual
a 1%
|
Apresentou diferença maior ou igual
a 1%
|
Estádio A
|
Não
|
Sim
|
Estádio B
|
Sim
|
Sim
|
Estádio C
|
Sim
|
Sim
|
Estádio D
|
Sim
|
Sim
|
Estádio E
|
Sim
|
Sim
|
Estádio F
|
Sim
|
Sim
|
Estádio G
|
Sim
|
Sim
|
Estádio H
|
Sim
|
Sim
|
Estádio I
|
Sim
|
Sim
|
Estes resultados mostram
que todos os estádios apresentaram diferença em alguma
dimensão de, pelo menos, 1% entre o valor medido e o valor
oficial, estabelecido no documento de regras do jogo de futebol.
Após discutir os resultados,
o Inmetro e a CBF entenderam que os valores iguais ou maiores que
1% são excessivos, podendo ser corrigidos. Não são
considerados, entretanto, não conformidades, pois a Fifa
não define, oficialmente, padrões de tolerância
para as medidas.
Além disso, é
necessário avaliar o que significa cada marcação
no campo. Cada uma tem sua função e relevância.
Eventuais erros no tamanho da grande área ou na marcação
do pênalti podem ter conseqüências, durante uma
partida de futebol, diferentes daquelas provocadas por erros na
marcação do grande círculo ou na correta divisão
do campo em duas metades.
Posicionamento da CBF
A CBF, na qualidade de parceira
do Inmetro nesta análise, emitiu posicionamento a respeito
dos resultados encontrados:
"Diante das medições
realizadas, a CBF recomendará às federações
envolvidas que providenciem, junto aos correspondentes administradores
dos estádios, as correções das marcações
que revelaram valores com variações iguais ou superiores
a 1%, em particular no caso das marcações mais críticas,
como linhas da grande área e dimensões das traves.
Observamos ainda que apenas
dois estádios (Moisés Lucarelli e Pacaembu) dos nove
indicados, representam um quadro de grande incidência de valores
acima de 1% (mais de 19 medições); os demais têm
de três a seis dimensões acima, em um total de 36 medições
realizadas em cada um dos estádios. Ressalve-se que tais
variações porcentuais não representam tecnicamente
uma não conformidade.
A CBF também deverá
consultar a FIFA sobre a possibilidade de serem estabelecidas faixas
de variações para cada dimensão, dentro do
conceito de especificações técnicas (valores
máximo e mínimo aceitáveis, em cada parâmetro)."
Posicionamento do Ministério do Esporte
O Ministério do Esporte,
através da Comissão Paz no Esporte, apresentou as
seguintes considerações sobre a análise em
campos de futebol:
A
Comissão Paz no Esporte
Esta Comissão foi criada pelo decreto presidencial nº
4960/2004 e seus membros designados pela portaria interministerial,
Ministério do Esporte e Ministério da Justiça,
nº 21 de 03/03/2005.
É composta por 11 membros sendo dois do Ministério
do Esporte, a quem cabe a coordenadoria executiva, dois do Ministério
da Justiça, um do CONDEC - Conselho Nacional da Defesa Civil
e cinco da Sociedade Civil, sendo um deles o Ouvidor do Campeonato
Brasileiro. Mais o Ministro do Esporte, presidente ora em exercício.
O resultado de um ano de pesquisas, no Brasil e exterior, e de reuniões
com os representantes de órgãos oficiais, torcidas
organizadas, administradores de estádios, diretores de federações
e outras personalidades envolvidas com espetáculos esportivos,
está no "Relatório Final da I Fase" de 2006.
No Relatório, a Comissão aborda todos os aspectos
direta e indiretamente envolvidos com os eventos esportivos e faz
uma série de recomendações para a prevenção
da violência, de modo a aumentar a segurança dos torcedores
e participantes.
Com base nas recomendações do Relatório, a
Federação Paulista de Futebol e a Comissão
Paz no Esporte colocam em prática Projeto Piloto, com vigência
a partir do segundo semestre de 2006.
A parceria com Inmetro e CBF
A Comissão Paz no Esporte desenvolveu um programa de avaliação
dos estádios nos itens diretamente relacionados com os aspectos
de acomodação, acesso e dispersão, bem como
de toda infraestrutura operacional necessária para a segurança
e conforto dos torcedores.
O trabalho desenvolvido pelo Inmetro, também com apoio da
CBF, complementa e subsidia de forma muito importante o trabalho
da Comissão Paz no Esporte.
A qualidade e o apuro das técnicas utilizadas pelo Inmetro
e a precisão dos dados apresentados, cuja apuração
a Comissão Paz no Esporte teve a oportunidade de acompanhar,
demonstra de forma objetiva as diferenças e pequenas distorções
existentes nos campos de futebol oficiais, que são utilizados
para os mais importantes torneios nacionais e estaduais.
As diferenças constatadas nos ítens analisados mostram
a necessidade de ajustes e correções e a continuidade
deste Programa em todos os estádios utilizados nas séries
A, B e C do Campeonato Brasileiro e nos principais torneios estaduais,
bem como do estabelecimento dos padrões mínimos de
variações aceitáveis.
Como sugestão, entendemos que deve ser analisada também
a questão do nivelamento dos gramados, pois observamos em
vários estádios que em muitos pontos há elevações
e depressões significativas, além de buracos, o que
coloca em risco a integridade física dos atletas e influi
negativamente na qualidade técnica do jogo, prejudicando,
pois, o torcedor que paga para ver o espetáculo.
Conclusão
O trabalho do Inmetro - apoiado pela CBF e pelo Ministério
do Esporte - é norteado pelo atendimento às leis e
às regras oficiais do futebol quanto à qualidade da
infraestrutura dentro do campo; em prol do torcedor e do futebol
cinco vezes campeão do mundo.
Marco Aurelio Klein
Coordenador Executivo da Comissão Paz no Esporte
Conclusões
Os resultados da análise
em estádios de futebol, no que diz respeito às dimensões
dos campos de jogo, permitem concluir que, apesar dos administradores
de estádio procurarem seguir as orientações
internacionais definidas no documento normativo Regras do Jogo,
da International Football Association Board, todos os 09
estádios apresentaram diferença percentual igual ou
maior que 1% em alguma medida, sendo que dois deles com grande incidência
(pelo menos 19 das 36 medições com erro percentual).
Como não foi identificada
a existência de padrões oficiais de tolerância
para as dimensões dos campos de futebol, os resultados não
são considerados não conformidades. Nesse contexto,
torna-se necessário que a CBF, entidade máxima do
futebol brasileiro, defina os padrões aceitáveis.
A CBF informou que iniciará
um estudo em âmbito nacional, consultando, inclusive, a Fifa,
para saber sobre a possibilidade de serem definidas faixas de variações
para as medidas.
Conseqüências
DATA
|
AÇÕES
|
13/08/2006
|
Divulgação no Programa "Fantástico" - Rede Globo
de Televisão
|
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de Futebol
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