.: Café Torrado e Moído II
:.
Objetivo
Justificativa
Normas e Documentos de Referência
Laboratório Responsável pelos
Ensaios
Marcas Analisadas
Ensaios Realizados e Resultados
Observados
Resultado Geral
Posicionamentos
Conclusões
Consequências
Objetivo
A apresentação
dos resultados obtidos nos ensaios realizados em amostras de Café
Torrado e Moído é parte integrante dos trabalhos do
Programa de Análise de Produtos, coordenado pela Divisão
de Orientação e Incentivo à Qualidade, e que
tem por objetivos:
a) prover mecanismos para que o Inmetro mantenha
o consumidor brasileiro informado sobre a adequação
dos produtos aos Regulamentos e às Normas Técnicas,
contribuindo para que ele
faça escolhas
melhor fundamentadas, tornando-o mais consciente de seus direitos
e responsabilidades;
b) fornecer subsídios para a indústria
nacional melhorar continuamente a qualidade de seus produtos, tornando-a
mais competitiva;
c) diferenciar os produtos disponíveis no mercado
nacional em relação a sua qualidade, tornando a concorrência
mais equalizada;
d) tornar o consumidor parte efetiva deste processo
de melhoria da qualidade da indústria nacional.
Deve ser destacado que estes ensaios não se destinam a aprovar
marcas ou modelos ou lotes de produtos. O fato das amostras analisadas
estarem ou não de acordo com as especificações
contidas em uma norma/regulamento técnico, indica uma tendência
do setor em termos de qualidade, em um determinado tempo. Além
disso, a análise coordenada pelo Inmetro tem caráter
pontual, ou seja, ela é uma "fotografia" da realidade,
ela retrata a situação do mercado naquele período
de tempo em que as análises são conduzidas.
Justificativa
Atualmente, o café é uma das
bebidas mais consumidas em todo o mundo e o Brasil tem a responsabilidade
de ser o maior exportador mundial deste produto, além de
ser um país privilegiado por ser o único a possuir
todos os tipos de grãos de café que, combinados em
proporções precisas, satisfazem todos os gostos, com
infinitas variedades.
Acredita-se que o café seja conhecido há mais de mil
anos no Oriente Médio, mais especificamente na região
de Kafa (daí o termo 'Café'), tendo sido os árabes
os primeiros a cultivá-lo, o que deu origem ao nome 'Coffea
Arabica', uma das mais importantes espécies de café.
O café chegou ao Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro,
por volta de 1730, mas a partir do início do século
XIX, a cultura do café tornou-se a principal atividade agrícola
do país, sendo responsável por mais da metade das
divisas oriundas das exportações brasileiras. Desta
forma, os cafezais logo se espalharam por São Paulo, sul
de Minas Gerais e, meio século mais tarde, já cobriam
extensa faixa que vai do Paraná ao Espírito Santo.
Estabelecia-se, então, o ciclo econômico que foi, certamente,
propulsor da urbanização e industrialização
do país, e que fez o Brasil reinar no cenário mundial,
nas primeiras cinco décadas deste século, como o responsável
por 70% da produção mundial de café.
Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná
produzem, juntos, 83% do café brasileiro, sendo que Bahia
e Rondônia também têm se destacado na produção
de café.
Para se ter idéia da importância brasileira, no que
se refere a este produto no mercado mundial, o Brasil é o
maior produtor e exportador de café no mundo, fechando o
ano de 2001 com o recorde de 23,5 milhões de sacas (26% de
participação nos embarques mundiais), segundo dados
da Organização Internacional do Café (OIC),
regulamentadora das transações deste produto. O governo
estima uma safra para 2002/2003 de 40 milhões de sacas de
60 kg, o que significaria 42% acima do volume obtido na safra 2001/2002
e representaria a segunda maior safra de café da história,
tendo sido a primeira a de 1987/1988, com 42,9 milhões de
sacas.
Apesar de já ter apresentado alguns ciclos de expansão
e de crises, em função das oscilações
da economia mundial, o café tem conseguido se manter imponente
no mercado, gerando grandes receitas e milhões de empregos
durante sua produção, industrialização,
comércio interno e externo e transporte. Anualmente, comemora-se
o Dia Internacional do Café (21 de Abril), ratificando a
representatividade da comercialização deste produto
em todo o mundo; no corrente ano, os produtores brasileiros tiveram
bons motivos para comemorar esta data, por terem conquistado a recente
liberação de recursos para colheita, custeio e pesquisas,
a prorrogação de dívidas e a própria
modernização do agronegócio.
A razão do sucesso deste produto, em todo o mundo, está
no hábito das pessoas em tomar café pela manhã,
em função do consumo diário matinal de café
fazer com que o cérebro permaneça mais atento e capaz
para as atividades intelectuais diárias, além de estimular
a atenção, memória e concentração;
isto se dá pelo fato da cafeína, um de seus principais
componentes, se ingerida na quantidade adequada, atuar de forma
benéfica, estimulando o sistema de vigília do cérebro.
O café contém ainda lactona, um componente que atua
quase que na mesma proporção da cafeína, contribuindo
para manter um elevado nível de atenção nas
ações do ser humano. Além disso, o café
ainda diminui a incidência de apatia e depressão e
pode ajudar a prevenir o consumo de drogas e do álcool.
Para que o café possa nos trazer todos estes benefícios,
é preciso que tenhamos a certeza de estar consumindo um café
puro, sem adulterações (milho ou cevada, por exemplo,
misturados aos grãos de café). Pensando nisto, a Associação
Brasileira da Indústria do Café - ABIC lançou,
em 1989, o Programa de Controle de Pureza do Café Torrado
e Moído, que concede às marcas de café que
têm a sua pureza comprovada, através da análise
de amostras coletadas aleatória e permanentemente nos pontos
de venda de todo o país, o Selo de Pureza da ABIC. Entretanto,
a possibilidade de se encontrar no mercado um café de má
qualidade, em função da mistura de diversos tipos
de impurezas, ainda é bastante real. Em 1998, o Inmetro realizou
uma análise em CAFÉ TORRADO E MOÍDO, através
da qual constatou-se a presença de marcas no mercado que
apresentaram fraudes na composição do produto, devido
à adição de matérias estranhas ao café,
tais como milho, cevada, cascas e paus.
Frente ao exposto, e de acordo com o procedimento do Programa de
Análise de Produtos, que prevê a repetição
de ensaios em um produto, após um determinado período
de tempo, e que seleciona para análise produtos intensiva
e extensivamente consumidos pela população e que envolvam
questões relacionadas à saúde dos consumidores,
o Inmetro considerou de fundamental importância a realização
de uma nova análise em CAFÉ TORRADO E MOÍDO,
na qual foram realizados ensaios em amostras de 55 (cinqüenta
e cinco) marcas deste produto, tendo sido verificadas suas características
microbiológicas, microscópicas e físico-químicas.
Normas e Documentos de Referência
- Portaria nº 377, de Abril de 1999,
da Secretaria de Vigilância Sanitária, do Ministério
da Saúde
Aprova Regulamento Técnico para Café Torrado
em Grão e Café Torrado e Moído.
- Portaria nº 42, de 14 de janeiro de 1998, da Secretaria de
Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde
Aprova Regulamento Técnico para Rotulagem de
Alimentos Embalados.
- Resolução-RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001,
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
do Ministério da Saúde
Aprova Regulamento Técnico sobre padrões
microbiológicos para alimentos.
Laboratório Responsável pelos Ensaios
Os ensaios foram realizados pelo Laboratório
Central Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de
São Paulo , integrante da Rede Nacional de Laboratórios
Oficiais de Controle da Qualidade em Saúde, credenciado pelo
Ministério da Saúde e laboratório de referência
na área de análise de produtos alimentícios.
Marcas Analisadas
Com relação às informações
contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, você vai observar
que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um
período de 90 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
- As informações geradas pelo Programa
de Análise de Produtos são pontuais, podendo ficar desatualizadas
após pouco tempo. Em vista disso, tanto um produto analisado e
julgado adequado para consumo pode tornar-se impróprio, como o
inverso, desde que o fabricante tenha tomado medidas imediatas
de melhoria da qualidade, como temos freqüentemente observado.
Só a certificação dá ao consumidor a confiança de que uma determinada
marca de produto está de acordo com os requisitos estabelecidos
nas normas e regulamentos técnicos aplicáveis. Os produtos certificados
são aqueles comercializados com a marca de certificação do Inmetro,
objetos de um acompanhamento regular, através de ensaios, auditorias
de fábricas e fiscalização nos postos de venda, o que propicia
uma atualização regular das informações geradas.
- Após a divulgação dos resultados, promovemos
reuniões com fabricantes, consumidores, laboratórios de ensaio,
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnica e outras entidades
que possam ter interesse em melhorar a qualidade do produto em
questão. Nesta reunião, são definidas ações para um melhor atendimento
do mercado. O acompanhamento que fazemos pode levar à necessidade
de repetição da análise, após um período de, aproximadamente,
de 1 ano. Durante o período em que os fabricantes estão se adequando
e promovendo ações de melhoria, julgamos mais justo e confiável,
tanto em relação aos fabricantes quanto aos consumidores, não
identificar as marcas que foram reprovadas.
- Uma última razão diz respeito ao fato
de a INTERNET ser acessada por todas as partes do mundo e informações
desatualizadas sobre os produtos nacionais poderiam acarretar
sérias conseqüências sociais e econômicas para o país.
Ensaios Realizados e Resultados Obtidos
6.1.Características Microscópicas
Os ensaios microscópicos visam verificar a contaminação
do produto pela presença de elementos estranhos, sujidades,
larvas e parasitas.
Esta classe de ensaios está diretamente vinculada à
análise de rotulagem, pois verifica se o fabricante declara
no rótulo do produto, todos os ingredientes encontrados,
que são identificados microscopicamente através de
seus elementos histológicos padrões.
O ensaio de Características Microscópicas, também
é realizado com o objetivo de identificar possíveis
fraudes praticadas por fabricantes, através da utilização
de ingredientes que não são permitidos pela legislação
que, por serem mais baratos são adicionados ao produto buscando
baixar o custo de sua fabricação.
Todas as marcas analisadas não apresentaram presença
de sujidades, larvas ou parasitas, sendo consideradas conformes
neste item. Além disso, as amostras em questão apresentaram,
em sua composição, elementos histológicos característicos
do produto, ou seja, grãos de café.
Entretanto, foram encontradas as não conformidades listadas
a seguir, referentes à presença de ingredientes não
característicos e não permitidos pela legislação
para o produto (milho, centeio e/ou cevada) e/ou à presença
de cascas e paus acima do valor máximo permitido (1%).
Marcas
|
Identificação de Elementos
Histológicos
(Ausência de substâncias não características)
|
Cascas e
Paus de Café
(Máximo de 1%)
|
Q
|
-
|
2,5%
|
D1
|
Presença de centeio
|
-
|
G1
|
Presença de centeio e cevada
|
-
|
P1
|
Presença de milho
|
1,5%
|
Q1
|
Presença de milho
|
-
|
A2
|
Presença de centeio e cevada
|
-
|
B2
|
Presença de centeio e cevada
|
-
|
As
demais marcas foram consideradas conformes nos ensaios microscópicos
realizados, sendo interessante salientar que 13 (treze) delas não
possuem o selo de pureza ABIC.
6.2.Características
Físico-Químicas
Este ensaio tem o objetivo de verificar
se o produto atende aos parâmetros de qualidade e identidade
definidos na legislação e confirmar a presença
de elementos histológicos detectados no ensaio microscópico.
Foram realizados os seguintes ensaios neste item:
- Substâncias voláteis a 105 ºC : Limite Máximo
de Umidade de 5 %
- Resíduo Mineral Fixo : Limite Máximo de 5 %
- Resíduo Mineral Fixo Insolúvel em Ácido Clorídrico
a 10% : Limite Máximo de 1 %
- Extrato Aquoso : Limite Mínimo de 25 %
- Extrato Etéreo : Limite Mínimo de 8 %
- Trimetilxantina (Cafeína) : Limite Mínimo de 0,7
%
Foram encontradas não conformidades nos ensaios de Substâncias
voláteis a 105 ºC
(Teor de Umidade), Teor de Extrato Etéreo e Teor de Cafeína,
referentes às seguintes marcas:
Marcas
|
Substâncias
Voláteis a 105 ºC
(Teor de Umidade: Máximo de 5%) |
Teor de Extrato
Etéreo
(Mínimo de 8%) |
Teor de Cafeína
(Mínimo de 0,7%) |
B
|
7,88%
|
-
|
-
|
A2
|
-
|
6,72%
|
0,54%
|
B2
|
-
|
-
|
0,63%
|
Q1
|
-
|
-
|
0,54%
|
O ensaio de Substâncias Voláteis
verifica o teor de umidade referente aos grãos de café,
ou seja, é a relação entre a quantidade de
água e a soma dos outros componentes que constituem os grãos
(matéria seca). Na prática, o teor de umidade acima
do limite máximo permitido representa um prejuízo
para o consumidor, pois este estará pagando por uma menor
quantidade de café em detrimento de uma maior quantidade
de água. A marca B foi a única que apresentou teor
de umidade acima do limite máximo permitido, sendo considerada
não conforme neste item.
O ensaio que verifica o teor de extrato
etéreo consiste na extração dos óleos
essenciais presentes nos grãos de café, e que são
responsáveis pelo aroma e o sabor do café. Portanto,
a qualidade do café pode ficar comprometida, se o teor de
extrato étereo estiver abaixo do limite mínimo especificado
no ensaio. Neste item, somente a marca A2 foi considerada não
conforme.
Das marcas analisadas, 3 (três) foram consideradas não
conformes por apresentarem teor de cafeína abaixo do limite
mínimo: A2, B2 e Q1. Este ensaio indica se o que está
sendo consumido é realmente café ou se os grãos
estão misturados a outras substâncias não características
do café, ou seja, que não contém cafeína.
Às vezes, o baixo teor de cafeína encontrado em marcas
de café fraudadas pode ser explicado através da torra
excessiva dos grãos, praticada pela torrefadora, com o intuito
de encobrir a fraude, o que acaba provocando a volatilização
da substância, por causa da alta temperatura durante o processo
de torra.
Nos demais ensaios
físico-químicos, todas as marcas foram consideradas
conformes.
6.3.Características
Microbiológicas (Coliformes Totais)
Esta classe de ensaios visa determinar as
possíveis contaminações microbiológicas
que o produto pode sofrer durante o processo produtivo, pelas bactérias
do tipo fecal, tanto pela utilização de matéria-prima
inadequada, quanto por questões que envolvam a manipulação,
armazenamento e transporte do produto, seja por parte do fabricante,
ou do estabelecimento que o comercializa. Essas bactérias
são encontradas nas fezes de animais de sangue quente, inclusive
o homem, e pode ser veículo de transmissão de doenças,
como hepatite, ou agente causador de problemas gastro-intestinais.
Parâmetro: Limite Máximo: 10 Coliformes a 45ºC/g
Todas as
marcas analisadas foram consideradas Conformes.
Resultado Geral
A tabela abaixo descreve os resultados
obtidos pelas amostras de cada uma das marcas analisadas e a conclusão
final de cada uma delas.
Café Torrado e
Muido
|
|
Ensaios
|
|
Marcas
|
Microscópicos
|
Microbiológicos
|
Físico-Químicos
|
Conclusão
|
A
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
B
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
C
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
F
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
I
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
J
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
L
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
O
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
P
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
G
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Q
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
R
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
S
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
T
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
U
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
V
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
X
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Z
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
A1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
B1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
C1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
D1
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
E1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
F1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
G1
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
H1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
J1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
L1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
M1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
N1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
O1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
P1
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
R1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
S1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
T1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
D
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
M
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
U1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
V1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
E
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
I1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
X1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Z1
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
A2
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
B2
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
C2
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
H
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Q1
|
Não
Conforme
|
Conforme
|
Não
Conforme
|
Não
Conforme
|
D2
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
E2
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
F2
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
N
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
G2
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
H2
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
I2
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Conforme
|
Posicionamentos
Após a conclusão
dos ensaios, os fabricantes que tiveram amostras de seus produtos
analisadas receberam cópia dos laudos enviada pelo Inmetro,
tendo sido dado um prazo de 08 (oito) dias para que se manifestassem
a respeito dos resultados obtidos.
A seguir, são relacionados os fabricantes/importadores
que se manifestaram formalmente, através de fax enviado
ao Inmetro, e trechos de seus respectivos posicionamentos, além
do posicionamento da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária - ANVISA, que recebeu cópias dos laudos
de todas as marcas analisadas.
Fabricante J (Marca: J)
"Acusamos o recebimento do Laudo de Análise nº
3697.00/2002, expedido pelo Instituto Adolfo Lutz e constatamos
o resultado satisfatório das análises realizadas
em nossas amostras, assim como, as observações
apontadas para os rótulos das embalagens.
Desta forma, agradecemos as recomendações apresentadas
por V.Sªs, as quais serão prontamente levadas ao
conhecimento do nosso departamento responsável e, aproveitamos
o ensejo para cumprimentá-los pela iniciativa deste Programa,
que contribui sobremaneira com o desenvolvimento de nossos trabalhos."
Fabricante
Q (Marca: Q)
"Acusamos o recebimento do Fax em 09/09/2002 a respeito
da analise do CAFÉ Marca Q, realizada em 22/03/2002."
"Quando recebíamos café do IBC, era café
selecionado muito limpo, hoje todo café em grão
cru que circula no mercado contém bastante paus e cascas
de café, que ao torrar o maquinário separa e as
joga em um coletor, onde ficam depositados e são queimados.
Devido nosso maquinário ser bastante antigo, certamente
não está coletando normalmente todos os paus e
cascas contidas no café em grão cru. Colocamos
ainda que já estamos providenciando corrigir o defeito
para que não mais aconteça."
Fabricante
X1. (Marca: X1)
" Informamos o recebimento do laudo da análise do
nosso produto, da marca X1, avaliado por este instituto no programa
em referência."
"Agradecemos as informações que nos foram
passadas, desta análise, que só enfatizam ainda
mais o fato de que buscar a qualidade é fator determinante
para o sucesso e a permanência de uma marca no mercado.
Nos colocamos `a disposição para qualquer esclarecimento,
que venha agregar valor a este Instituto, que realiza um trabalho
sério e ético para os consumidores."
Agência
Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa
Tendo recebido fax do Inmetro com os resultados das análises,
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
- Anvisa manifestou-se da seguinte forma:
"Em atenção ao fax (...) solicitando um posicionamento
com respeito aos resultados dos laudos analíticos efetuados
em produto alimentício café torrado e moído,
informamos que os resultados das análises conforme a
Resolução RDC ANVISA nº12 de 02/01/2001 indicam
que os produtos estão de acordo com o padrão microbiológico.
Quanto aos laudos analíticos que apresentaram resultados
insatisfatórios para os exames físico-químicos,
microscópicos e de rotulagem a situação
encontrada não oferece risco à saúde, do
ponto de vista do consumo. Nesses casos estamos enviando esses
laudos aos serviços de vigilância sanitária
da Secretaria Estadual de Saúde das respectivas unidades
federadas onde estão localizadas as unidades fabris dos
produtos, para que sejam tomadas as devidas providências,
no tocante à realização de inspeção
sanitária no estabelecimento produtor e notificação
às empresas para procederem com a devida adequação."
Conclusões
De acordo com os resultados
encontrados, podemos concluir que a tendência das marcas
de café comercializadas no mercado nacional são
de estarem conformes com as legislações vigentes.
Das 55 (cinqüenta e cinco) marcas analisadas, 8 (oito)
marcas, que não possuem o selo de pureza ABIC, apresentaram
não conformidades (cerca de 15% do total).
Dentre estas 8 (oito) marcas, as que apresentaram mais problemas
foram as marcas A2, B2 e Q1. Nas marcas A2 e B2 constatou-se
a presença de centeio e cevada, enquanto que na marca
Q1 constatou-se a presença de milho na composição
do café, segundo os ensaios microscópicos realizados.
Essas 3 (três) marcas apresentaram também não
conformidades nos ensaios físico-químicos, onde
foram constatados teores de extrato etéreo (marca A2)
e cafeína (marcas A2, B2 e Q1) abaixo do permitido.
Segundo os resultados obtidos nas duas análises do produto
Café realizadas pelo Inmetro, em abril de 1998 e em Outubro
de 2002, ficou claro que as marcas que possuem o selo de pureza
da ABIC estampado em suas embalagens costumam estar de acordo
com os padrões exigidos pela legislação,
podendo ser uma boa referência para o consumidor em sua
decisão de compra, ressaltando que este deve ter a consciência
de que o referido selo atesta a pureza e não a qualidade
do produto, já que esta última contempla outras
análises, como por exemplo, das características
microbiológicas, físico-químicas, entre
outras, do café. Isto tudo sem deixar de considerar,
é claro, um fator mais subjetivo, que é a questão
do consumidor querer adquirir uma marca de café que melhor
atenda as suas exigências, no que diz respeito ao aroma
e ao paladar, por exemplo.
Os resultados desta análise servem como alerta para a
necessidade de uma constante monitoração do mercado,
no sentido de evitar que as empresas fraudem os seus produtos,
visto que esta prática, mesmo não trazendo maiores
consequências para a saúde do consumidor, prejudica
o bolso deste - bem como os concorrentes - que acredita estar
adquirindo café puro e, na verdade, está consumindo
uma mistura.
Os laudos dos ensaios e o relatório Inmetro serão
enviados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
- Anvisa, órgão regulador e fiscalizador do produto,
para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- MAPA, e para o Departamento de Proteção e Defesa
do Consumidor - DPDC, do Ministério da Justiça,
para que sejam tomadas as providências cabíveis.
Consequências
Data
|
Ações
|
01/12/2002
|
Divulgação no Programa
Fantástico - Rede Globo de Televisão
|
Veja
Também:
Café
Torrado e Moído
|