.: Cachaça :. Resumo da Análise Resumo da AnáliseEm 14/11/96, foi concluída a análise em
aguardente de cana ou cachaça, que na verdade, segundo a legislação
aplicável, são produtos similares porém distintos. A decisão de
ensaiar aguardentes ou cachaças foi motivada por algumas denúncias
de que, eventualmente, poderiam estar contaminadas, em particular
com metanol ou cobre, ou "batizadas", o que significa
possuírem teor alcoólico abaixo do exigido pela legislação em vigor,
devido a mistura com água. Buscou-se, portanto, fazer uma análise
da tendência em termos de qualidade desse produto. Normas e Documentos de ReferênciaDecreto 73.267, de 06/12/73, estabelecido pelo Presidente da República Portaria 371 do Ministério da Agricultura, publicada no D.O.U. de 19/09/74. Metodologia da AnáliseOs ensaios verificaram a conformidade das aguardentes de cana e das cachaças segundo a legislação aplicável. A diferença básica entre a aguardente de cana e a cachaça está na origem da matéria prima. Enquanto a aguardente de cana é feita diretamente a partir do destilado da cana, a cachaça é feita a partir do melaço resultante da produção de açúcar de cana. Foram analisados os seguintes requisitos estabelecidos na legislação: a) Teor alcoólico (entre 38 e 54° GL). Este requisito está relacionado à quantidade de água adicionada à cachaça. A legislação permite a adição de água potável, dentro de certos limites. Muita água implica em baixo teor alcoólico, ou seja, o consumidor está comprando água como cachaça. b) Impurezas Totais Voláteis "Não Álcool" ( não podem ser inferior a 0,200g e nem superior a 0,650 g por 100 ml). As impurezas totais representam a soma de aldeídos, ácidos voláteis, ésteres, furfural e álcoois superiores. O limite máximo está associado ao fato de constituírem impurezas, ao passo que o limite inferior está associado ao fato de que tais impurezas na verdade constituem o chamado "bouquet" da aguardente ou cachaça. O "bouquet" influência no aroma, no sabor e na consistência do produto. O enquadramento nos limites de impurezas totais, exigidos na legislação, é alcançado pelos chamados "cortes", que são feitos pela mistura com destilados de igual natureza unicamente na proporção necessária. c) Aditivos Incidentais. São eles o álcool metílico, que não pode ser superior a 0,25 ml (mililitros) por 100 ml de álcool anidro e o cobre, que não pode ser superior a 5 mg (miligramas) por litro. Ambos são extremamente tóxicos ao organismo humano, sendo que o metanol provoca além de lesões hepáticas a intoxicação neurológica, que pode variar desde um nível de sedação até o estado de convulsão, dependendo da dose ingerida, e o cobre a cirrose hepática, que em função de um dos seus sintomas é popularmente conhecida como "pé inchado". d) Rotulagem. A análise da rotulagem foi feita em relação aos requisitos do Decreto 73.267, que faz exigências específicas em relação às cachaças e às aguardentes de cana, e em relação ao Código de Defesa do Consumidor - CDC. Laboratórios
Marcas Analisadas
Com relação às informações contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, você vai observar que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um período de 90 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
Resultado das AnálisesAs análises efetuadas revelaram que a tendência
do mercado de aguardente é de atender aos requisitos de qualidade
exigidos pela legislação. Das dezesseis marcas ensaiadas, 3 marcas apresentaram não-conformidades físico-químicas e uma de rotulagem. Uma amostra apresentou teor alcoólico abaixo do exigido, o que denota adição exagerada de água, as outras duas marcas apresentaram teor de cobre acima do permitido, o que põe em risco a saúde dos consumidores, e uma outra marca informava, no rótulo, tratar-se de aguardente envelhecida, o que não foi confirmado na análise laboratorial. Conseqüências
|