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PLATAFORMA BRASILEIRA DE NORMAS VOLUNTÁRIAS DE SUSTENTABILIDADEA Plataforma Brasileira de Normas Voluntárias de Sustentabilidade foi criada para ser um Centro de Referência no País para as discussões sobre as Normas Voluntárias de Sustentabilidade – NVS ou Voluntary Sustainability Standards – VSS, em inglês, também conhecidas como Padrões Privados ou Private Standards, em inglês. Conheça outros objetivos da plataforma:
O INMETRO E A PLATAFORMA BRASILEIRAO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é responsável por diferentes atividades no sistema da qualidade brasileiro. O Inmetro exerce tanto as atividades de metrologia científica e industrial como as de metrologia legal. Além disso, é também o Organismo Nacional de Acreditação e tem competência para implementar regulamentos técnicos de qualidade e de avaliação da conformidade para muitos produtos e setores produtivos. O Inmetro atua, ainda, como Ponto Focal Brasileiro para o Acordo sobre Barreiras Técnicas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Ponto de Contato para o Programa Conjunto de Normas de Alimentos (Codex Alimentarius) da Organização para Alimentos e Agricultura das Nações Unidas (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Nesta condição, desenvolve uma ampla gama de serviços para empresas brasileiras para superar barreiras técnicas ao comércio, assim como, desempenha muitas das obrigações do país junto à OMC tais como a notificação de regulamentos técnicos emitidos pelas Agências Reguladoras do Brasil e as respostas aos questionamentos feitos por interessados brasileiros e do exterior sobre os regulamentos técnicos e procedimentos de avaliação da conformidade brasileiros. O Inmetro exerce também a Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), assim como, de alguns comitês assessores deste conselho, tais como: o Comitê Brasileiro de Barreiras Técnicas ao Comércio (CBTC), de Regulamentação (CBR), de Metrologia (CBM), de Avaliação da Conformidade (CBAC), de Normalização (CBN) e do Codex Alimentarius (CCAB). O Comitê Brasileiro de Barreiras Técnicas ao Comércio (CBTC) será uma peça-chave para as atividades da Plataforma Brasileira apoiada pelo Fórum das Nações Unidas sobre Normas de Sustentabilidade (UNFSS), já que reúne regularmente representantes relevantes de importantes organizações públicas e privadas preocupadas com o impacto de regulamentos técnicos estrangeiros sobre as exportações brasileiras. Por essa mesma razão, as atividades do UNFSS também podem ser relevantes para o Comitê do Codex Alimentarius do Brasil (CCAB). Responsável por todas as funções mencionadas, o Inmetro e o CBTC têm atuação fundamental no Sistema Brasileiro da Qualidade e uma relação permanente e profunda com as entidades mais importantes e interessadas, sejam do setor público ou privado, na área de atuação do UNFSS.
FORUM DAS NAÇÕES UNIDAS
National Multi-stakeholder Platform Declaração Conjunta (Joint Declaration) NORMAS VOLUNTÁRIAS DE SUSTENTABILIDADEAs Normas Voluntárias de Sustentabilidade - NVS não são um fenômeno novo, nem uma abordagem nova para aumentar os impactos ao comércio ou restringir acesso a mercados. Desde as primeiras negociações relacionadas com requisitos técnicos e seus efeitos sobre o comércio, como às da Rodada Tóquio durante os anos 70, a discussão sobre padrões privados tem evoluído, algumas vezes de forma menos, outras vezes de forma mais explícita. O que não parece tão claro é o efeito real dessas normas sobre o comércio internacional e, especialmente, sobre as exportações de países em desenvolvimento. Estudos mostram que a maioria das VSS são desenvolvidas por vários atores em países desenvolvidos e contribuem crescentemente no acesso ao mercado destes países. Outra questão importante e que permanece não esclarecida está relacionada com as regras ou acordos internacionais que podem ser aplicados para enquadrar ou fornecer incentivos e desincentivos para estas normas, se houver algum, e qual o nível de responsabilidade que tem os governos sobre as VSS desenvolvidas dentro de seus territórios e seus efeitos sobre o comércio internacional. Um grande esforço foi feito pelos países em desenvolvimento em fóruns internacionais, tais como a Organização Mundial do Comércio, para trazer estas normas para a órbita das regras da organização, mas pode-se observar que não foram alcançados muitos resultados concretos para esses esforços. Existem alguns relatórios que concluem que as VSS podem realmente facilitar o comércio. Existem, ainda, argumentos que defendem a falta de regulamentação sobre tais normas, alegando que, neste sentido, as VSS podem ser mais inovadoras e, não havendo restrições à dinâmica do mercado, organizações não governamentais e empresas poderiam decidir sobre como e quais normas deveriam ser escolhidas e quais normas são as mais relevantes para seus negócios. Ao mesmo tempo, possíveis aspectos negativos destas normas são relacionados com a proliferação das mesmas, a falta de interoperabilidade e os custos relativamente altos de múltiplas certificações; a geração de confusão para os produtores e consumidores; a marginalização de pequenos produtores, assim como, de países menos desenvolvidos; como também ressaltam a falta de capacidade; a falta de participação adequada dos produtores de países em desenvolvimento no processo de preparação/revisão das normas; e a falta de informação sobre a necessidade científica; justificação e os dados científicos relativos ao desenvolvimento das VSS, entre outros. Outro item importante relacionado às VSS é o espaço deixado nos países para o desenvolvimento de políticas industrial e setorial. Enquanto um número de VSS tendem a estimular o progresso tecnológico, aumentar a competitividade e atrair investimento estrangeiro direto, podendo facilitar assim mudanças estruturais e transformacionais, este não parece ser o caso geral. Contra este cenário, é pertinente estudar e avaliar o espaço para políticas e como as VSS podem facilitar e apoiar a industrialização e mudanças estruturais concomitantes. Resumindo, acredita-se que estas normas técnicas realmente afetam o comércio internacional de algum modo e em muitos casos os exportadores (pequenos ou grandes produtores) de países em desenvolvimento como o Brasil que têm que se adaptar e cumprir com os requisitos destas normas se desejam exportar para países desenvolvidos. Enquanto continua a discussão sobre se a matéria necessita de uma regulação internacional, sobre o modo no qual essas normas são desenvolvidas e implementadas, a base científica usada, a legitimidade dos desenvolvedores, e o apoio recebido por eles dos governos nacionais, também é importante, ao mesmo tempo, fornecer suporte técnico e informação apropriada para os produtores nacionais sobre estas normas e as regras necessárias de serem cumpridas, assim como, fortalecer a capacidade dos governos para lidarem proativamente, baseados em políticas bem informadas sobre a matéria.
CONTATORogerio de Oliveira Corrêa Dolores Teixeira de Brito
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