.: Cadeiras Plásticas :.
Resumo da Análise Resumo da AnáliseA iniciativa de ensaiar Cadeiras Plásticas vai ao encontro das diretrizes do PAQP, que priorizam a seleção de produtos relacionados à saúde e à segurança da população. Produto utilizado intensiva e extensivamente pela sociedade, as Cadeiras Plásticas são encontradas em estabelecimentos comerciais bares, restaurantes e residências sítios, casas de veraneio, varandas de apartamentos e são utilizadas até mesmo como peças de decoração, ou seja, o aumento no consumo desse produto deve-se, principalmente, ao seu baixo preço e à versatilidade de sua utilização. De acordo com levantamento realizado pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário ABIMÓVEL o faturamento de todo o setor moveleiro, incluindo madeira, metais, plástico, vime, etc, atingiu, em 1996, a cifra significativa de 6 (seis) bilhões de dólares. As exportações do setor cresceram rapidamente nos últimos anos. De um total exportado, em 1990, de, aproximadamente, 40 (quarenta) milhões de dólares, atingiu-se, em 1997, a marca dos 390 (trezentos e noventa) milhões de dólares. O Estado de Santa Catarina ficou em primeiro lugar, sendo responsável por cerca de 50% das exportações do setor. As importações também cresceram. Em 1997, elas ficaram em torno dos 165 (cento e sessenta e cinco) milhões de dólares, contra os 100 (cem) milhões do ano anterior. Dentre os produtos mais importados do setor moveleiro, as Cadeiras Plásticas aparecem em primeiro lugar, movimentando, em 1996, cerca de 13 (treze) milhões de dólares. Porém, as estatísticas demonstram que as importações deste produto têm sofrido uma redução nos últimos anos. A seleção deste produto também baseou-se no fato de ser objeto constante de reclamações por parte dos consumidores e solicitações de profissionais ligados à área da medicina ortopédica, relatando acidentes domésticos envolvendo esse tipo de produto. Com o aumento da demanda dessas cadeiras, o setor tornou-se altamente competitivo, fazendo com que esse produto seja encontrado a preços cada vez mais baixos. Segundo os fabricantes, na tentativa de baixar os preços, seus concorrentes utilizam métodos que variam desde a redução da utilização de aditivos que confeririam melhores propriedades mecânicas ao produto final, até a redução da quantidade da resina (polipropileno) utilizada na fabricação das cadeiras, reduzindo a espessura do plástico e, conseqüentemente, sua resistência mecânica. Outro método utilizado com a finalidade de diminuir o custo de fabricação das cadeiras plásticas é reduzir a utilização dos estabilizantes, aditivos que retardam a degeneração do polipropileno, ocasionada pela exposição aos raios solares. Normas e Documentos de ReferênciaOs ensaios verificaram a conformidade das amostras de Cadeiras Plásticas com a norma americana da ASTM (American Society for Testing & Materials) F 1561/96: Standard Performance Requirements for Plastic Chairs for Outdoor Use (Requisitos Padrões de Desempenho para Cadeiras Plásticas para Uso Externo). Laboratório Responsável pelos EnsaiosOs ensaios foram realizados no Laboratório de Propriedades Físicas e Mecânicas da Madeira do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo IPT. Marcas AnalisadasCom relação às informações contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, você vai observar que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um período de 90 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
Informações sobre as marcas analisadasCom relação às informações contidas na Home Page sobre o resultados dos ensaios, você vai observar que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um período de 30 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
Ensaios RealizadosOs ensaios descritos e os parâmetros estabelecidos pela Norma americana determinam a adequação ao uso e a estabilidade das cadeiras analisadas em um ambiente que simula as condições de utilização do produto. Os ensaios são realizados em dois tipos de superfícies:
Estes ensaios objetivam simular situações de uso deste produto, desde sua utilização normal, até situações de risco praticadas pelos usuários. Os dois primeiros ensaios simulam o ato de sentar, enquanto o terceiro simula a ação do usuário em empinar a cadeira para trás usando as pernas. Embora a Norma americana refira-se às Cadeiras Plásticas destinadas ao uso externo, ela distingue a utilização, classificando-as como Residenciais (Classe A) e Não-Residenciais (Classe B). As cargas utilizadas nos ensaios para as Cadeiras Classe B, ou seja, utilizadas em estabelecimentos comerciais (bares, restaurantes), são mais elevados, pois visam simular o maior desgaste sofrido por elas que, além de estarem sujeitas aos fatores climáticos (chuva, sol, umidade), também são mais exigidas mecanicamente, devido à maior rotatividade de pessoas nestes estabelecimentos. Resultados ObtidosForam compradas 06 (seis) amostras para cada uma das marcas analisadas. Foram utilizadas 03 (três) amostras para a realização dos ensaios e as demais foram guardadas como contraprova, no caso do fabricante, ou importador, fornecer argumentos tecnicamente convincentes que conduzam à repetição dos ensaios. A presença de avarias físicas, recuperáveis ou não, tais como fraturas, rupturas, rachaduras ou empenos, indica que aquela amostra, não é adequada para a categoria em que está sendo ensaiada. Apenas as amostras que conseguiram suportar os ensaios mecânicos seqüenciais para categoria Classe A (residencial), sem apresentar nenhuma avaria ou danos físicos, foram submetidas à mesma série de ensaios, utilizando os parâmetros estabelecidos para a Classe B (não-residencial). Das 12 (doze) marcas analisadas, 07 (sete) foram consideradas Não Adequadas, tanto para uso residencial, quanto para uso não residencial; 02 (duas) foram não adequadas para uso não residencial e 03 (três) marcas foram consideradas adequadas para Classe A e para Classe B. ConclusõesOs resultados dos ensaios evidenciam que há problemas quanto à qualidade das Cadeiras Plásticas encontradas no mercado nacional é de não estarem de acordo com os requisitos da Norma. Das 12 (doze) marcas analisadas, apenas 3 (três) foram consideradas adequadas para uso residencial e para uso não residencial. Duas marcas foram consideradas adequadas apenas para uso residencial, enquanto as demais foram consideradas não adequadas para uso residencial e para uso não residencial. A elevada incidência de não conformidades indica a necessidade de ser agendada reunião com as partes interessadas (importadores, fabricantes, representantes dos consumidores, laboratórios independentes e Associação Brasileira de Normas Técnicas) objetivando definir ações aplicáveis, como, por exemplo, a possibilidade de criação de Norma Brasileira específica para o produto e a conveniência de estabelecer um programa de certificação voluntária deste produto. Conseqüências
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